Page 57 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 162


                 Assistência ao neonato na atenção primária após alta hospitalar
                 frente implementação da Rede Mãe Paranaense

                 AUTOR PRINCIPAL: Carlos Henrique Ferreira Beltrame  |  AUTORES: Renata Andrade Teixeira, Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari,
                 Sebastião Caldeira, Mauren Teresa G. Mendes Tacla  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina |  Londrina - PR
                  Introdução: No cenário das políticas públicas de atenção à saúde da criança, muitos avanços ocorreram resultando em menores taxas de
                  morbidade e mortalidade por doenças consideradas preveníveis ao contrário da neonatal que permanece como um dos maiores desafios
                  a ser superado no país. Para o decréscimo da mortalidade neonatal e a melhoria da saúde das gestantes, em 2011, foi lançada a Rede
                  Cegonha. Essa rede foi incorporada em todo território nacional de acordo com as individualidades e diversidades de cada estado, assim
                  no Paraná, em 2012, implantou a Rede Mãe Paranaense. Objetivo: descrever a assistência prestada ao neonato após alta hospitalar
                  frente à implementação da Rede Mãe Paranaense, sob a perspectiva do gestor, enfermeiro e médico que atuam na atenção primária de
                  saúde. Método: estudo fenomenológico com 44 profissionais de 10 municípios de uma Regional de Saúde do estado do Paraná, por
                  meio de entrevista semiestruturada, realizada de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. Resultado: O cuidado da criança, nos discursos
                  dos profissionais, após o nascimento e alta das maternidades é sistemático em alguns municípios, pois os hospitais fazem a referência
                  de todos os recém-nascidos para as unidades básicas e, os nascidos em outras cidades a Declaração de Nascido Vivo é encaminhada.
                  A partir desta referência se desencadeia a organização da equipe para a visita domiciliária logo na primeira semana de vida pelo Agente
                  Comunitário de Saúde ou enfermeiro para avaliar as condições de saúde do binômio, estratificar o risco, agendar as consultas e vacinação.
                  Ao contrário, em outros municípios, gestores e enfermeiros revelam contrassenso sobre a importância da primeira visita, para alguns é
                  considerada desnecessária por incomodar mãe e criança e para outros é prioridade, mas nem sempre a captação é precoce devido grande
                  demanda de atendimentos na unidade retardando o acompanhamento preconizado pela Rede. Conclusão: A proposta da Rede trouxe
                  novos rearranjos da assistência na contínua busca de regionalização para garantir à criança acesso, integralidade e resolubilidade. Sendo
                  assim, a avaliação da Rede mediante olhar destes profissionais revela o quanto podem colaborar para a qualificação da assistência. Mas,
                  espera-se que estudiosos e gestores compreendam e considerem o mundo vivido e realidade experenciada dos profissionais no intuito de
                  melhorar a qualidade da assistência à criança na atenção primária à saúde.
                  Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento
                  / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 272 p.: il. – (Cadernos de Atenção
                  Básica, nº 33) BRASIL. Ministério da Saúde. Manual prático para a implementação da Rede Cegonha. Brasília, DF. 2011. Acesso em: 01 out. 2015. Mendes EV. As
                  redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011. Paraná. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Superintendência de Atenção
                  à Saúde. Linha Guia: Rede Mãe Paranaense. [Internet], 2014 [acesso em 1 out. 2015].



               Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 165

                 Rede Mãe Paranaense: análise da implementação em Regionais de Saúde

                 AUTOR PRINCIPAL: Carlos Henrique Ferreira Beltrame  |  AUTORES: Renata Andrade Teixeira, Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari, Ana
                 Tereza Bittencourt Guimarães, Sebastião Caldeira  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina |  Londrina - PR
                  Introdução: Os programas ou ações programáticas em saúde na área materno-infantil sempre tiveram um espaço relevante na agenda
                  de compromissos dos governantes no mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde reorganizou as ações de saúde materno-infantil e lançou
                  a Rede Cegonha. A implantação no Paraná deu-se através da criação da Rede Mãe Paranaense. Objetivo: Caracterizar a implementação
                  da Rede Mãe Paranaense em três regionais de saúde. Método: pesquisa multicêntrica de caráter quantitativa retrospectiva transversal
                  realizada em três Regionais de Saúde (RS) do Estado do Paraná: 9ª RS Foz do Iguaçu, 10ª RS Cascavel e 17ª RS Londrina, de 2010
                  a 2011 (antes) e entre 2012 e 2013 após implementação da Rede. As fontes de dados utilizadas foram: Sistema de Informação do
                  Programa de Humanização no Pré-Natal e no Nascimento (SISPRENATAL), Sistema de Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informação
                  de Avaliação do Programa de Imunizações (SI-API), Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação das RS. Os
                  dados foram analisados no programa XLStat2014. A pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 544.107/2014,
                  CAAE:26317614.8.1001.0107. Resultado: Foi possível verificar que houve diferenças estatísticas significativas na implementação antes
                  (2010 a 2011) e após (2012 a 2013) a RMP nas três RS. Em 2010 todas as RS apresentaram médias estatisticamente semelhantes
                  (p>0,05), demonstrando a equivalência de todos os municípios. De 2010 a 2011, a 10ª RS apresentou uma melhora dos indicadores
                  materno-infantis maior do que a da 9ª RS. A partir de então, a 9ª RS permaneceu com valores sempre menores que as outras regionais
                  avaliadas. De 2011 a 2012, os valores observados na 10ª e na 17ª RS foram considerados estatisticamente superiores ao da 9ª RS
                  (p<0,05), entretanto, a 10ª RS foi a única que não apresentou melhora do indicador em todo o ano. De 2012 a 2013, verificou-se que a
                  10ª RS apresentou elevado crescimento, voltando a apresentar valores estatisticamente semelhantes aos da 17ª RS (p>0,05) e superiores
                  aos valores observados na 9ª RS (p<0,05), sendo que nesse período foi a 9ª RS que não apresentou melhora do indicador. Conclusão:
                  Embora tenha sido identificada subnotificação de informações, em especial no Sisprenatal e na base regional, foi possível observar o
                  impacto positivo nos indicadores materno-infantis após a implementação da Rede nas Regionais de Saúde.
                  Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Manual prático para implementação da Rede Cegonha. Brasília: [Internet], 2011. [acesso em 1 out. 2015]; [s.n.].
                  Disponível em: www.saude.mt.gov.br/arquivo/3062 Huçulak MC, Paterlini OLG. Rede Mãe Paranaense - relato de experiência. Espaço para a saúde [periódicos
                  na  internet],  2014  abr.  Londrina  [acesso  em  1  out.  2015],  15(1):77-86.  Disponível  em:  http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/espacoparasaude/article/
                  viewFile/18347/pdf_22 Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011. Paraná. Secretaria de Estado da Saúde
                  do Paraná. Superintendência de Atenção à Saúde. Linha Guia: Rede Mãe Paranaense. [Internet], 2014 [acesso em 1 out. 2015].



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