Page 52 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 139
Inserção do enfermeiro em um programa de residência
multiprofissional
AUTOR PRINCIPAL: Talita Czekster | AUTORES: Angelica hey da Silva Bobato, Lucrecia Bakovicz, Mariana Lobregati Barreto | INSTITUIÇÃO:
Universidade Estadual do Centro-oeste do Paraná - Unicentro | Guarapuava - PR
As várias profissões da área de saúde são formadas com um objetivo em comum, tratar o ser humano em suas varias condições. Porém, sua
prática torna-se fragmentada, desde a rede de ensino ate sua atuação . No Brasil os currículos seguem a individualidade do conhecimento,
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tendendo a trabalhar de forma isolada, o que acaba por desvincular os futuros profissionais da realidade e da possibilidade de realizar a
associação entre os conteúdos a fim de compreender os indivíduos em sua totalidade, por este motivo a educação interprofissional contribui
para a formação e prepara os futuros profissionais para uma atuação integrada à equipe, interdependente das áreas predominantes . O
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enfermeiro, pelo seu perfil gerencial e de liderança, é apontado como o facilitador do trabalho em equipe multiprofissional, pois motiva
o trabalho em equipe, permitindo o crescimento e desenvolvimento profissional coletivo, removendo potenciais obstáculos no trabalho,
facilitando a comunicação e promovendo os processos de decisão na conduta adotada . O objetivo deste relato de experiência é mostrar
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a partir da visão da enfermagem a dificuldade dos profissionais de diversas áreas na atuação de saúde publica e o papel do enfermeiro na
mediação dos conhecimentos necessários. Como enfermeira, presente em uma equipe multiprofissional, foi possível perceber a dificuldade
desses profissionais se inserirem nos serviços de saúde, de forma integral, observar o indivíduo em sua totalidade e somar os conhecimentos
necessários para a sua saúde. Percebe-se que a enfermagem, faz papel mediador entre as profissões, integrando as profissões em um só
trabalho. Este papel se deve a sua formação curricular, que faz com que os enfermeiros formados como generalistas tenham uma visão mais
ampla dos cuidados ofertados. Percebe-se a partir da inserção da residência multiprofissional em saúde da família a melhora gradativa dos
profissionais em integrarem os conhecimentos, buscar aliar-se aos demais profissionais, deixando de lado a prática do encaminhamento, mas
trazendo a discussão dos casos e aprimoramento da assistência. Diante disso, vê-se a necessidade das universidades e serviços iniciarem
a integração entre ensino-serviço-comunidade, buscando alinhar os discursos, promovendo desde a graduação o pensamento crítico visando
o reconhecimento da integralidade dos usuários dos serviços.
Referências: 1- VEIGAS, S. M. F; PENNA, C. M. M; A construção da integralidade no trabalho cotidiano da equipe saúde da família. Esc Anna Nery (impr.)2013 jan
-mar; 17 (1):133 – 141. 2- MORAES, B. A; COSTA, N. M. S. C; Compreendendo os currículos à luz dos norteadores da formação em saúde no Brasil. Rev Esc Enferm
USP • 2016; 50(n.esp):009-016 3- PEDUZZI, M; NORMAN, I. J; GERMANI, A. C. C. G; SILVA, J. A. M; SOUZA, G. C; Educação interprofissional: formação de profissionais
de saúde para o trabalho em equipe com foco nos usuários. Rev Esc Enferm USP 2013; 47(4):977-83. 4- NEVES, M. M. A. M. C; O papel dos enfermeiros na equipa
multidisciplinar em Cuidados de Saúde Primários – Revisão sistemática da literatura. Revista de Enfermagem Referência - III - n.° 8 - 2012
Palavras-chave: Integralidade em Saúde; Saúde da Família; Enfermagem em Saúde Comunitária.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 140
Oficina terapêutica de reeducação alimentar e capoeira como
instrumento de melhora na qualidade de vida e melhor resposta a
reabilitação psicossocial
AUTOR PRINCIPAL: Rosangela Aparecida Pereira | INSTITUIÇÃO: CAPS II | Toledo - PR
Esse trabalho tem por finalidade abordar a questão da reeducação alimentar e atividades físicas com a capoeira para as pessoas acometidas
ANAIS 3ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
de transtorno mental severo e persistente através de oficinas terapêuticas no CAPS II Toledo PR. O estigma da doença mental é parte fundante
do desequilíbrio bio - físico – mental, o qual por anos marginalizou pessoas as deixando a deriva em prisões, asilos hospitais entre outros,
hoje é porta de entrada para novos debates voltados a reeducação alimentar e esse sujeito se ver enquanto ser singular. Processo esse que
vem sendo aprimorado para facilitar/ melhorar a estabilidade do quadro clinico e demais comorbidades (hipertensão, diabetes, obesidade),
que possam interferir no tratamento, porem é um processo além do processo medicação/ médico/ saúde, é um processo de reintegração
psicossocial que visa o autoconhecimento de si em sua singularidade. As atividades realizadas no CAPS II Toledo-PR vêm ao encontro de
minimizar as mazelas da questão social embutidas no processo saúde- doença no âmbito da saúde mental que perpassa a dificuldade de
acesso, o estigma e ainda o paradigma do ser obeso na sociedade elitizada da magreza. Assim sendo, o grupo de reeducação alimentar/
capoeira tem como objetivo propiciar melhor qualidade de vida e saúde para pacientes em sofrimento mental acometidos de graus variados
de obesidade, possuindo parcerias para propiciar o acesso e acompanhamento nutricional mensal, combinado com atividades físicas através
da capoeira cujas atividades respeitam os limites de cada um propiciando queima de calorias e maior condicionamento físico aos nossos
usuários obesos além da interação biopsicossocial primordial da reabilitação psicossocial do sujeito acometido de doença mental. São
desenvolvidos atendimentos voltados a trabalhar o “eu” enquanto pessoa, conhecimento de si e do ambiente que o circunda, momentos
esses destinados para a interação biopsicossocial dos mesmos com os profissionais, momentos esses de externalizar o intrínseco de anos.
Assim as atividades realizadas têm trazido resultados favoráveis com a melhora de qualidade de vida, saúde e tratamento psicoterápico,
demonstrando a esse grupo que existe a possibilidade de se ver enquanto ser social adoecido mentalmente, mais possível de melhoras e
estabilidade do quadro clínico, uma vez que possibilita a ressocialização psicossocial com o aumento da autoestima e o conhecimento de
si possibilitando a alteridade do sujeito e pertencimento ao meio.
Referências: FELIPPE, Flávia Maria. O peso social da obesidade. Revista Virtual Textos & Contextos, nº2, dez. 2003. Disponível em: http://revistaseletronicas.
pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/963/743. Acesso: junho 2017 GALLASSI, Almir. YAMASHITA, Aline Lamin Vieira. OBESIDADE MÓRBIDA, O PESO DA
EXCLUSÃO. Disponível em: revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/963/743. Acesso junho 2017.
Palavras-chave: Autoestima. Capoeira. Reeducação Alimentar. Saúde mental.
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