Page 49 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 133
Boas práticas na atenção ao parto e nascimento no âmbito do SUS
em uma maternidade de risco habitual
AUTOR PRINCIPAL: Thais da Silva Capello | AUTORES: Janaina Ramos Martins, Keli Regiane Tomeleri da Fonseca Pinto, Catia Campaner
Ferrari Bernardy, Jad Ramen Kaue Domene | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR
Introdução: O processo de nascimento é um evento natural, de caráter íntimo e privado, além de experiência compartilhada entre as
mulheres e seus familiares. Em 1996, a Organização Mundial da Saúde publicou o guia Maternidade Segura, que recomenda o uso de boas
práticas na assistência obstétrica. Objetivo: Descrever as boas práticas na atenção ao parto e nascimento em uma maternidade de risco
habitual no âmbito do SUS. Método: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, realizado em uma maternidade no município de Cambé-
PR, no período de março a maio de 2017. Resultados: A maioria das práticas que devem ser estimuladas são realizadas, destacando-se:
respeito à escolha da mulher do local do parto, assistência obstétrica onde o parto for viável e seguro; respeito ao direito da mulher à
privacidade do local do parto; respeito à escolha do acompanhante; fornecimento sobre todas as informações e explicações que desejarem;
oferta de líquidos por via oral; monitoramento fetal por meio de cardiotocografia e ausculta intermitente; monitoramento cuidadoso do
progresso do parto com o uso do partograma; monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante o trabalho de parto e
parto e ao término do processo de nascimento; métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto,
como: massagem, música, banho de relaxamento, uso da bola de pilates para exercícios; liberdade de posição e movimento; estímulo
a posições não supinas; prevenção da hipotermia do bebê; contato cutâneo entre mãe e filho e estímulo ao início da amamentação na
primeira hora após o parto; exame rotineiro da placenta e membranas ovulares. Observou-se que as práticas que ainda não são realizadas
estão relacionadas ao fato de serem desenvolvidas de maneira conjunta com a atenção básica, como o plano de parto e a avaliação do
risco gestacional. Conclusão: Observamos que a atenção ao parto e nascimento realizada nessa maternidade atende em grande parte as
Recomendações: da Organização Mundial da Saúde que visa o processo fisiológico do parto, sem a realização rotineira de procedimentos
desnecessários, garantindo a autonomia e participação da mulher no processo de nascimento.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Humanização do Parto, Pré-natal e nascimento. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. 28p. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto.pdf. Acesso em: 11 de abril de 2016. BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual prático para
implementação do Programa Rede Cegonha. Brasília (DF): 2011b. 45p. MAIA, M. B. Humanização do parto: política pública, comportamento organizacional e
ethos profissional. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. OMS. Organização Mundial da Saúde. Tecnologia apropriada para partos e nascimentos. Recomendações da
Organização Mundial de Saúde. Maternidade Segura. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra; 1996. PARANÁ. Secretaria do Estado do Paraná -
SESA/PR. Programa Rede Mãe Paranaense. Linha guia. SESA-PR: Curitiba PR 2012.
Palavras-chave: Saúde Materno-infantil, Parto Humanizado, Parto.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 135
Proposta de ação de educação continuada na área do envelhecimento
para uma Unidade da Rede de Atenção ao Idoso em Curitiba
AUTOR PRINCIPAL: Isabel de Lima Zanata | AUTORES: Elaine Rossi Ribeiro, Priscilla Dal Prá, Paulo Henrique Coltro, Marcelo Costa
Benatto | INSTITUIÇÃO: Fundação Estatal de Atenção Especialziada em Saúde de Curitiba | Curitiba - PR
Caracterização do Problema: Através do Pacto Pela Vida, as esferas da gestão assumiram a prioridade da saúde da população idosa.
Dentre as ações elencadas está a implantação de programas de educação continuada na área do envelhecimento e saúde da pessoa
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idosa para os profissionais que atuam no SUS . Seguindo isso, o IEP da Feaes de Curitiba assumiu o desafio de implantar o Curso
de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde do Idoso. Fundamentação Teórica: O idoso necessita de um modelo de cuidado
diferenciado, de profissionais qualificados para atender às suas demandas, e de políticas de saúde que promovam o envelhecimento ativo
e saudável . Para tanto em 2006, foi instituída a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI). Dentre as diretrizes está a formação
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dos profissionais de saúde do SUS, que deve visar à qualificação contínua nas áreas de gerência, planejamento, pesquisa e assistência.
Essa diretriz perpassa as demais definidas na política, configurando mecanismo privilegiado de articulação interssetorial . Descrição da
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Experiência: O curso de aperfeiçoamento possui uma abordagem multiprofissional, tendo como objetivo desenvolver competências,
habilidades e atitudes nos profissionais participantes. O curso segue as normas do Ministério da Educação, com carga horária de 180 horas
e corpo docente com experiência na área de Gerontologia e Geriatria. As temáticas que integram o cronograma abrangem: epidemiologia do
envelhecimento, participação social, legislação e políticas públicas na atenção ao idoso, promoção de saúde e prevenção; rede de atenção
à saúde do idoso, avaliação global da pessoa idosa, principais agravos de saúde, síndromes geriátricas, cuidados paliativos e terminalidade,
tanatologia e luto, abordagem interdisciplinar gerontológica e gestão da qualidade. Efeitos alcançados: Qualificação técnica, humana e
gerencial dos participantes; constituição de espaço para a reflexão das necessidades da rede de atenção e da população idosa; adesão dos
profissionais às boas práticas em saúde voltadas ao idoso; ampliação da formação através de processos educativos pautados na realidade
e na busca permanente de melhoria da qualidade do cuidado. Recomendações: Considerando a escassez de equipes multiprofissionais
com formação em saúde do idoso e para que o SUS dê respostas efetivas e eficazes às necessidades e demandas da população idosa,
faz-se necessária a manutenção e ampliação de propostas de educação continuada nesta área.
Referências: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa
idosa e envelhecimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 2. PIEXAK, D. R. et al. Percepção de profissionais de saúde em relação ao cuidado a pessoas idosas
institucionalizadas. Rev. bras. geriatr. gerontol., v. 15, n.2, p. 201-208, 2012. 3. MINAYO, M.C.S. O envelhecimento da população brasileira e os desafios para
o setor saúde. Cad. Saúde Pública, v. 28, n. 2, p. 208-209, fev. 2012. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.528, de 19 de Outubro de 2006. Aprova a
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
Palavras-chave: Política de Saúde; Educação Continuada; Saúde do Idoso; Envelhecimento da População; Sistema Único de Saúde.
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