Page 47 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 129


                  Valoração dos espaços de construção do conhecimento entre
                  concluintes de odontologia


                  AUTOR PRINCIPAL: Amanda Borato  |  AUTORES: Marcos Vinícius de Souza Pereira, Danielle Bordin, Alessandra de Souza Martins,
                  Cristina Berger Fadel  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Ponta Grossa  |  Ponta Grossa - PR
                   Introdução: À importância da complementaridade e interdependência entre os pilares da educação superior é defendido por vários
                   autores. Na área da saúde, esse dispositivo triplo foi fortalecido pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e pelos princípios do Sistema
                   Único de Saúde (SUS), contudo as Instituições de Ensino Superior não conseguem assumir o mesmo grau de importância para o ensino,
                   pesquisa e extensão. Objetivo: Conhecer o valor atribuído às práticas de Ensino, Pesquisa e Extensão por acadêmicos concluintes
                   de Odontologia, relacionando as concepções que norteiam o tema proposto, assim obtendo subsídios para a discussão dos projetos
                   pedagógicos vigentes. Metodologia: Realizou-se um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualiquantitativa, desenvolvido junto
                   à totalidade de formandos de um curso de Odontologia (ano base: 2016) (n=54). A apreensão das informações de interesse para esse
                   estudo se deu por meio dequestões norteadoras. Os resultados foram tratados de acordo com a técnica de análise do discurso do sujeito
                   coletivo proposta Lefèvre e Lefèvre (2003). As ideias mais compartilhadas entre os entrevistados em relação a cada questão e seus
                   discursos foram descritos e discutidos com suporte da literatura científica. Resultados: Das informações obtidas foram extraídos cinco
                   temas e dezessete ideias centrais. As ideias mais compartilhadas entre os pesquisados, em relação a cada tema extraído, foram as de
                   que o ensino constitui-se a base de sua rede formadora educacional (66,7%); que a pesquisa é o fomento para a qualificação de seu
                   meio acadêmico (33,3%); que a extensão lhes oportuniza novas experiências (44,4%); que a sua instituição de ensino demonstra uma
                   importância superestimada à pesquisa (40%); e a de que existe uma conexão fortalecida entre os pilares educacionais de sua instituição
                   (61,2%). Conclusão: Os resultados alcançados evidenciam que o papel essencial das instituições de ensino superior no desafio da
                   consolidação de projetos integrados entre pesquisa, extensão e ensino nos cursos de formação mantém-se presente nas universidades.
                   Referências: Lefèvre F; Lefèvre AMC. O Discurso do Sujeito Coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (Desdobramentos). Caxias do Sul: EDUCS;
                   2003. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República
                   Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez 1996. Mazzilli S. Ensino, pesquisa e extensão: reconfiguração da universidade brasileira em tempos de redemocratização
                   do Estado. RBPAE. 2011;27(2): 205-221. Koifman L. A função da universidade e a formação médica. Rev. Bras. Educ. Med. 2011;35(2):145-6 Magalhães
                   HGD. Indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão: tensões e desafios. ETD - Educ. 2007;8(2):168-175.
                   Palavras-chave: Odontologia. Educação Superior. Pesquisa Qualitativa.




               Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 130

                  Os serviços de Atenção Domiciliar no Paraná

                  AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Rossetto  |  AUTORES: Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira Toso  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
                  do Oeste do Paraná  |  Cascavel - PR
                   Introdução: A atenção domiciliar (AD) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) foi redefinida com o lançamento do Programa
                   Melhor em Casa (PMC) para ampliar o atendimento domiciliar, assistindo usuários com necessidade de reabilitação motora, condição
                   crônica sem agravamento ou situação pós-cirúrgica (1). Seus objetivos são a redução da demanda hospitalar e da permanência nos
                   hospitais, humanização da assistência com a promoção da autonomia dos usuários, e desinstitucionalização e otimização das Redes
                   de Atenção à Saúde (RAS) (2). Objetivos: Caracterizar os SADs do Paraná. Método: Pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória.
                   Formulário via telefone, aos profissionais dos SADs paranaenses, 2016. Resultado: Dos oito municípios paranaenses que possuem
                   SAD (Cambé, Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Palotina, Paranavaí e Santa Terezinha de Itaipu), três (37,5%) possuem somente
                   Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) e cindo possuem também Equipe Multidisciplinar de Apoio (EMAP). No total,
                   nestes SADs são atendidos mais de 580 pacientes. Quanto ao horário de funcionamento, predominou o período diurno, em seis SADs
                   (75%), em dois (25%) há também atendimento noturno. Além disso, seis (75%) estão disponíveis também em fins de semana. Seis
                   (75%) são coordenados por enfermeiros e apenas dois (25%) por outros profissionais. No que se refere à área física, três (37,5%)
                   possuem sede própria e cinco (62,5%) são anexos a outros serviços. Apenas dois (25%) possuem ambiente mínimo, um ambientes
                   para a equipe e o outro para os materiais e equipamentos de atendimento, enquanto em seis (75%) há também salas de reunião, de
                   descanso, alimentação, sala administrativa, entre outros. Além disso, todos dispõem de linha telefônica própria do serviço. Somente um
                   SAD tem transporte sanitário próprio, os demais dependem do transporte do município, compartilhando-o por meio de agendamento.
                   Apenas dois serviços (25%) contra referenciam as unidades de origem durante o acompanhamento, visando o compartilhamento do
                   cuidado, os outros seis (75%) as comunicam somente sobre a elegibilidade ou não no SAD, e na alta ou óbito. Conclusão: Observamos
                   no Paraná SADs bem estruturados, e conduzindo grande número de pacientes, que puderam ser desospitalizados devido seu apoio. No
                   entanto a articulação dos SADs com as os outros pontosz das RAS ainda precisam ser fortalecidos, de modo a favorecer a organização
                   dos serviços e a qualificação desta rede.
                   Referências: BRASIL. Ministério da saúde. Caderno de atenção domiciliar. v. 1. Brasília: MS, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 825 de 25 de
                   abril de 2016. Brasília: MS, 2016.
                   Palavras-chave: Assistência Domiciliar, Sistema Único de Saúde, Saúde Pública.



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