Page 43 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 112
Grupo socialização
AUTOR PRINCIPAL: Angelita Aparecida Bornancin | AUTORES: Silvana Cristina Santi Cavali | INSTITUIÇÃO: CAPS Álcool e outras
Drogas | Ponta Grossa - PR
Os CAPS têm como característica buscar a reabilitação psicossocial de seus usuários no território onde constrói suas vidas. O CAPS AD
oferece atendimento para pessoas com transtorno decorrentes do uso abusivo de Crack, Álcool e outras Drogas. O Grupo Socialização
(G.S.) é um grupo aberto, participam apenas os usuários do CAPS AD Belas Tardes - Ponta Grossa Paraná. Acontece todas as Segundas
– feiras das 13:30h às 15:00h. Utiliza-se o G S como método de coleta de dados. O grupo já teve 25 encontros, no total de 263
participações: Citamos algumas atividades já realizadas: Oficina de leitura de jornal; Dinâmica e Discussão sobre a PEC 241 (PEC
do Teto de gastos); Dinâmica e Discussão da letra da música Ninguém = Ninguém - Engenheiros do Havaí; Dinâmica A teia das
Relações e Discussão da letra da música Que país é esse – Legião Urbana; Gincana com brincadeiras para proporcionar momentos de
descontração; Exercícios de raciocínio lógico para estimulação cognitiva; Dinâmica “Qual é a música”; Dinâmicas Salada de Fruta e o
“Feitiço Virou contra o Feiticeiro; Planejamento das atividades para 2017; Dinâmica “As seis Imagens”, para estimular a auto estima.
Discussão sobre a PEC 287; Dinâmica “Bola” Discussão sobre a Questão de gênero; Dinâmica do “Espelho” para estimular a autoestima;
Dinâmica “Coisas Boas e Coisas Ruins”; Dinâmica “Reforço Positivo”; Dinâmica “Dos Problemas” e Exercício de autoavaliação. Durante
o desenvolvimento de uma determinada dinâmica, os usuários puderam refletir sobre seus sentimentos e relataram: “Eles pensam
que eu não tenho força de vontade e que sou muito fraca”. O segundo usuário comenta que: “o morador de rua é considerado lixo do
mundo e escória de todos”, O terceiro diz “a droga é mais forte que eu” e o quarto: “vou morrer e não vou resolver meus problemas”.
Conforme relato da usuária cinco “Muitas vezes quando a gente está ansiosa, nervosa, chateada, quase caindo, mas participo do grupo
consigo ganhar forças para lutar… ajuda muito no meu tratamento, porque para mim entra como fator positivo para não recair”. Sabe-se
que, a terapêutica da dependência química é complexa e conforme a Reforma Psiquiátrica o tratamento a partir do isolamento social,
internações e o uso exclusivo de medicações não é satisfatório. Sendo importante as intervenções que contribua para que o usuário
possa se aceitar como pessoa, como cidadão, que tenha uma visão crítica do uso da substância e que seja empoderado para decidir
sobre sua vida.
Referências: BRASIL, Ministério da Saúde, Lei nº 10.216 de abril de 2001, Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm.
Acesso em 30 de maio de 2017. BRASIL, Ministério da Saúde, Portaria/ GM nº 336 de 19 de fevereiro de 2002. Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html. Acesso 30 de maio de 2017.
Palavras-chave: Socialização, dependência química, caps.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 114
Autopercepção de saúde e dependência de idosos residentes em
área coberta pela estratégia Saúde da Família
AUTOR PRINCIPAL: Mariana Pissioli Lourenço | AUTORES: Poliana Avila Silva; Eloise Panagio Silva; Ligia Carreira; Vanessa Denardi
Antoniassi Baldissera | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá (UEM) | Maringá - PR
Introdução: A autopercepção de saúde tem se mostrado um bom indicador das condições de vida e saúde dos idosos, e pode
estar relacionada com a capacidade funcional desta população . Objetivo: Analisar a relação entre autopercepção de saúde e a
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capacidade funcional de idosos. Método: Estudo quantitativo, descritivo, realizado no período de julho a dezembro de 2016, com
idosos dependentes de cuidados, vinculados a uma Unidade Básica de Saúde, localizada em Maringá - PR. Para a coleta de dados
foram utilizados dois instrumentos, o “Índice de Katz” e o “Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável” (VES-13) O primeiro avalia
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a funcionalidade para as Atividades Básicas de Vida Diária (ABVDs), sendo elas: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, locomover-se,
controle sobre suas eliminações e comer. Já o segundo possui como base uma avaliação multidimensional de quatro indicadores: idade,
autopercepção de saúde, presença de limitações físicas e incapacidades, mas para este estudo considerou-se apenas a autopercepção
de saúde. Os dados foram analisados utilizando estatística descritiva e frequência relativa, através do Microsoft Excel 2010®. A
pesquisa faz parte de um estudo mais abrangente, cujo projeto foi submetido à apreciação ética e obteve parecer favorável (nº
1.954.350). Resultados: Foram avaliados 26 idosos. Observou-se predominância do sexo feminino (n=17). A faixa etária variou entre
60 e 98 anos, com média de 80,2 anos. Quanto à capacidade funcional para as ABVDs, 17 foram classificados como dependentes e
nove como independentes. Do total de idosos entrevistados, nove consideraram sua saúde negativamente. Destes, cinco apresentaram
dependência para as ABVDs (55,5%). A frequência relativa apontou menor percentual de dependência associado a autopercepção
negativa de saúde (29,4%) do que entre os independentes que consideram sua saúde negativamente (44,4%). Conclusão: Não se
identificou relação entre a autopercepção de saúde e a dependência funcional de idosos. Acredita-se que este resultado seja restrito a
realidade local, por considerar o pequeno número amostral. Considera-se essencial que as redes de atenção à saúde criem estratégias
para fornecer o suporte necessário aos familiares e cuidadores dos idosos dependentes de cuidado, a fim de diminuir os riscos de
internação hospitalar ou em instituições de longa permanência e promover a manutenção da qualidade de vida desta população.
Referências: 1. Alves, L. C., Leite, I. D. C., & Machado, C. J. (2010). Fatores associados à incapacidade funcional dos idosos no Brasil: análise multinível.
Revista de Saúde pública, 44(3), 468-478. 2. de Oliveira Duarte, Y. A., de Andrade, C. L., & Lebrão, M. L. (2007). O Índex de Katz na avaliação da funcionalidade
dos idosos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 41(2), 317-325. 3. Luz, L. L., Santiago, L. M., Silva, J. F. S. D., & Mattos, I. E. (2013). Primeira etapa da
adaptação transcultural do instrumento The Vulnerable Elders Survey (VES-13) para o Português. Cadernos de Saúde Pública, 29(3), 621-628.
Palavras-chave: Saúde do Idoso. Idoso. Qualidade de Vida.
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