Page 39 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 103

                 Dificuldades e facilidades vivenciadas pelo Núcleo de Apoio à
                 Saúde da Família no desenvolvimento da Educação Permanente
                 em Saúde na atenção ao idoso

                 AUTOR PRINCIPAL: Iara Sescon Nogueira  |  AUTORES: Giselle Fernanda Previato, Ligia Carreira e Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera  |
                 INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá  |  Maringá - PR
                  Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) é considerada como ensino e aprendizagem no trabalho, capaz de transformar as práticas
                  profissionais e a organização do trabalho . Entretanto, percebe-se uma distância entre a EPS e sua concretização. Desafios são enfrentados
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                  pelos  profissionais  de  saúde,  dificultando  a  construção  da  EPS ,  sobretudo  na  atenção  à  saúde  do  idoso.  Sabendo  do  potencial  educador
                  dos profissionais do Núcleo de Apoio Saúde da família (NASF), que ao fornecerem apoio matricial às equipes de Estratégia Saúde da Família
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                  (ESF) garantem a construção de novos saberes e práticas , questionou-se: quais são as principais dificuldades e facilidades vivenciadas pelos
                  profissionais do NASF para desenvolver EPS junto às equipes de ESF acerca da atenção ao idoso? Objetivo: Analisar as facilidades e dificuldades
                  das práticas de EPS desenvolvidas pelo NASF no contexto de atenção ao idoso. Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório-descritivo, realizado
                  com 46 profissionais de oito equipes de NASF, atuantes no município de Maringá - PR. Os dados foram coletados de fevereiro a abril de 2017,
                  pela técnica de Grupo Focal . As discussões foram gravadas em áudio, transcritas e analisadas pela lexicografia básica utilizando o software
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                  IRaMuTeQ®, a partir da técnica de “Nuvem de palavras” . A pesquisa possui aprovação ética (nº 1.948.003/2017). Resultados: As palavras
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                  “não” (n=137) e “equipe” (n=62) foram as mais frequentes referentes às dificuldades de EPS junto à ESF acerca da saúde do idoso. A palavra
                  “não” significou o não apoio da gestão, falta ou ausência de ferramentas. Evidenciou-se também as dificuldades do trabalho em “equipe”, com
                  existência parcial de trabalho colaborativo entre NASF e ESF. A falta de entendimento da EPS e envolvimento da “equipe” de ESF dificultam
                  os momentos educativos. Como facilidades, destacou-se as palavras “equipe” (n=49) e “idoso” (n=33). A palavra “equipe” relacionou-se aos
                  relacionamentos positivos entre as equipes, ressaltando o vínculo com a ESF, a comunicação, a receptividade e parceria. A palavra “idoso”
                  relacionou-se a demanda elevada dessa população, e foi considerada uma facilidade, pois, as equipes de ESF, a partir de tal demanda, procuram
                  oNASF oportunizando momentos de EPS acerca da saúde do idoso. Conclusão: Analisou-se as facilidades e dificuldades da EPS desenvolvida
                  pelo NASF no contexto de atenção ao idoso, permitindo concluir que as dificuldades são mais vivenciadas pelos mesmos do que as facilidades.
                  Referências: 1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política
                  Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 2. Viana DM, Araújo RS, Vieira RM, Nogueira CA, Oliveira VC, Renno HMS.
                  A educação permanente em saúde na perspectiva do enfermeiro na estratégia de saúde da família. Rev. enferm. Cent.-Oeste Min. 2015. 5(2):1658-1668. 3.
                  Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica n 39. Núcleo de Apoio a Saúde da
                  Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 4. Backes DS, Colomé JS, Erdmann HE, Lunardi Vl. Grupo focal como técnica de coleta e análise de dados em
                  pesquisas qualitativas. O Mundo da Saúde. 2011; 35(4):438–442. 5. Camargo BV, Justo AM. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais.
                  Temas em Psicologia. 2013; 21(2);513-8.
                  Palavras-chave: Educação Continuada. Atenção Primária à Saúde. Políticas Públicas de Saúde.

               Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 104

                 Contribuições da implantação do Grupo Condutor Regional da
                 Rede Mãe Paranaense, exercitando a governança na 3ª Regional de
                 Saúde – Ponta Grossa - PR

                 AUTOR PRINCIPAL: Beatriz Moreira Vargas  |  AUTORES: Isaias Cantoia Luis; Fernanda Gomes da Silva; Darlene P.T. Blum  |  INSTITUIÇÃO:
                 Secretaria de Saúde do Estado do Paraná - 3ª Regional de Saúde  |  Ponta Grossa - PR
                  A Rede Mãe Paranaense propõe a organização da Rede de Atenção Materno Infantil no Estado do Paraná e tem como objetivo a qualificação do
                  atendimento no período gravídico e puerperal. Neste processo de atenção o balizamento das ações e condutas é utilizado como ferramenta de
                  trabalho na assistência ao binômio mãe e família. A caracterização do contexto de atendimento, bem como, do perfil epidemiógico da população
                  assistida se fazem importantes para organização dos serviços. Manter uma conduta linear nos diferentes pontos de atenção, quanto à estratificação
                  de risco, referências, fluxo de atendimento e competências das equipes de saúde envolvidas no processo do cuidado suscitou a criação de um
                  grupo de governança da 3ª Regional de Saúde – Ponta Grossa. Governança, aqui entendida, como componente da rede regionalizada e como
                  mesa de negociação entre uma ampla gama de sujeitos com diferentes graus de autonomia e interesses, para discutir esta diversidade e favorecer
                  as relações de cooperação entre as várias instituições participantes. Criou-se o grupo em 2015 com o propósito de monitorar, acompanhar, e
                  propor estratégias para o adequado funcionamento da Rede Mãe Paranaense na 3ª Regional de Saúde. Fazem parte desta instância de discussão
                  profissionais de saúde da Atenção Primária a Saúde (APS), prestadores, consórcio intermunicipal, gestores, representante do Conselho dos
                  Secretários Municipais de Saúde (COSEMS). Dentre muitos, os efeitos mais significativos alcançados foram: a melhor organização dos pontos
                  de atenção; a construção do fluxo partindo da realidade local; implantação do protocolo de atendimento à gestante no município de Ponta
                  Grossa; construção do fluxograma regional de atendimento à gestante e a criança menor de ano; melhora na devolutiva da informação entre as
                  maternidades, ambulatório e a APS. Além disto, estudos de casos reais foram acrescentados as discussões para levantamento de possíveis erros
                  no processo de cuidado da gestante e criança. Esta iniciativa promoveu discussão e integração de ações intra-institucionais que implementaram a
                  melhoria do cuidado. A criação do Grupo Condutor proporcionou identificar as fragilidades na rede, questionar as informações e propor alternativas
                  apontando os encaminhamentos que possam causar impacto nos indicadores. Vale ressaltar que este momento singular mostrou novas medidas
                  e ações que garantiram uma assistência de qualidade ao parto, puerpério e a criança menor de um ano de idade.
                  Referências: Mendes,E.V:As Redes de Atenção à Saúde.Brasília:Organização Pan-Americana de Saúde, 2011 Paraná.SESA: Protocolo de Atenção ao Pré-Natal
                  Risco Habitual, 2016 Paraná.SESA:Linha Guia Rede Mãe Paranaense, 2017 Santos, A.M, Giovanella, L:Governança Regional: Estratégias e Disputas para Gestão
                  em Saúde.Rev Saúde Pública 2014;48(4):622-631 http://www.scielo.br/pdf/rsp/v48n4/pt_0034-8910-rsp-48-4-0622.pdf acesso dia 30/05/2017
                  Palavras-chave: Governança, Redes de Atenção à Saúde, Materno Infantil.


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