Page 35 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 082
Classificação de risco atribuída a pacientes com internações de
longa permanência pelo Sistema Único de Saúde
AUTOR PRINCIPAL: Beatriz Queiroz Ribeiro | AUTORES: Marli Terezinha Oliveira Vannuchi¹; Eliane Silveria Hernandes Conceição¹;
Marcela Maria Birolim¹; Ariadne Berbert Basani¹ | INSTITUIÇÃO: ¹Universidade Estadual de Londrina (UEL) | Londrina - PR
Introdução: A classificação de risco como diretriz do Ministério da Saúde, tem sido realizada baseando-se em escalas objetivas e
parâmetros clínicos, com objetivo de predizer a gravidade do paciente e o tempo máximo necessário para o seu atendimento (BRASIL,
2009). Internações de Longa Permanência são designadas como aquelas com duração maior ou igual a 30 dias (BRASIL, 2002).
Objetivo: Analisar a classificação de risco atribuída aos pacientes com internações de longa permanência atendidos pelo Sistema
Único de Saúde. Método: Estudo quantitativo, transversal, com pacientes adultos, atendidos pelo SUS, que obtiveram classificação
de risco e que permaneceram internados por 30 dias ou mais, em um Hospital Filantrópico de alta complexidade do sul do Brasil, no
período de 2013 a 2015. Os dados foram obtidos por meio de banco de dados secundário disponibilizado pela instituição. A análise
dos dados ocorreu pelo Programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 21.0, com apresentação de estatísticas descritivas
e o teste de qui-quadrado de Wald (p≤0,05). Resultados: A população foi composta por 563 pacientes, com predominância do sexo
masculino (62,5%), idade acima de 60 anos (52,9%), procedentes da cidade local (56,1%), com ensino fundamental incompleto
(49,6%), tendo como ocupação aposentado (27,9%). A classificação de risco mais frequente foi a de cor amarela (48,7%), seguida pela
laranja (20,1%), cor vermelha (19,0%), cor verde (11,8%) e cor azul (0,4%). A permanência hospitalar concentrou-se na faixa de 36 a 60
dias (48,0%) e em relação ao motivo de alta, predominou o óbito (51,3%). Na correlação entre as variáveis, a permanência hospitalar
maior que 61 dias esteve relacionada a classificação de risco vermelho ou laranja (56,6%), de 36 a 60 dias relacionou-se a cor amarela
(51,1%) e até 35 dias à classificação de cor verde ou azul (15%), com p<0,005. Conclusão: Os pacientes que tiveram maior prioridade
em sua admissão no setor de urgência permaneceram mais tempo na instituição, evidenciando-se a classificação de risco como um
eficiente preditor da evolução clínica do paciente no ambiente hospitalar.
Referências: BRASIL, Ministério da Saúde. Acolhimento e Classificação de Risco nos serviços de urgência. 2009. Acesso em: 14 maio 2017. BRASIL,
Ministério da Saúde. Padronização da nomenclatura do censo hospitalar. 2002. Acesso em: 12 maio 2017.
Palavras-chave: Triagem; Tempo de Internação; Enfermagem.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 085
Nutrição entre menores de 1 ano de idade: introdução alimentar
uma coorte de nascimentos
AUTOR PRINCIPAL: Karoline Hyppolito Barbosa | AUTORES: Juliana Botelho Dias; Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari; Alexandrina
Aparecida Maciel Cardelli; Ana Flavia Placidino | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR
Introdução: O aleitamento materno exclusivo (AME) deve ser ofertado até os seis primeiros meses de vida, pois oferece todos os
nutrientes necessários para essa fase, prevenindo doenças futuras como a obesidade e doenças crônicas, que atualmente são um
grande problema para a saúde pública. A introdução alimentar deve ser feita de forma lenta e gradual e ocorrer juntamente com a
amamentação, sendo ofertada a partir do sexto mês de vida, pois nessa fase a criança consegue ter reflexos de deglutição, excitação
visual do alimento, além da sustentação da cabeça e o aparecimento dos primeiros dentes, facilitando a mastigação. A oferta do
leite materno acrescentado com a introdução alimentar possibilita a prática da educação em saúde oferecendo apoio à comunidade.
Objetivo: Identificar a introdução da alimentação complementar em crianças com até 12 meses de vida. Metodologia: Estudo de
coorte prospectivo, a partir dos nascimentos em uma maternidade pública que atende gestação de baixo risco e intermediário, Londrina
- PR. Os dados foram processados e analisados no SPSS®. A coleta de dados ocorreu em 4 etapas, de julho de 2013 a fevereiro
de 2015: 1º na maternidade em prontuários, Carteira da Gestante e entrevista; 2º no ambulatório na consulta de Retorno Puerperal
Precoce; 3º Primeira Visita (VD) domiciliar 42 dias pós-parto e; 4º Segunda VD um ano pós-parto. Resultados: A população de estudo
foi de 358 gestantes de risco habitual ou intermediários. Tinham média de 25 anos de idade, 67,5% com 8 a 11 anos de escolaridade,
43,3% pertencente à classe econômica C. Dentro da totalidade, 42,3% não manteve o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês,
e 34% ofertava água e chá no mesmo momento. Nos primeiros dois meses de vida iniciou a oferta de papa de frutas (11,2%) e na
transição entre três e quatros meses (21,7%) a papa salgada juntamente com produtos industrializados. Conclusão: Constatou-se que
a maioria das mulheres manteve o aleitamento até o sexto mês, mas houve introdução de água e chás nesse período. Mesmo sendo
orientadas a não introdução alimentar precoce, os resultados apresentavam oferta de papas e produtos industrializados. Evidencia-se à
necessidade de reeducação de hábitos em saúde e atividades educativas com a comunidade, ofertadas pelos profissionais de saúde,
estimulando a adequação alimentar.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Normas e Manuais técnicos, Cadernos de atenção básica – 23. Saúde da Criança: Nutrição infantil Aleitamento
materno e Alimentação complementar. ed Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2015.
Palavras-chave: Alimentação complementar; Desmame precoce; Aleitamento materno.
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