Page 36 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
P. 36
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 088
Construção de portfólio por estudantes de enfermagem que atuam
no projeto Pet-Saúde/GraduaSUS: relato de experiência
AUTOR PRINCIPAL: Camila Lima de Assis Monteiro | AUTORES: Amanda Müller Gonçalves; Karin Rosa Persegona Ogradowski; Marilís do Rocio
Jacoboski Natal; Adriana Cristina Franco | INSTITUIÇÃO: Faculdades Pequeno Príncipe e Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba | Curitiba - PR
Caracterização do trabalho e Fundamentação Teórica: A atual edição do Programa de Ensino pelo Trabalho (PET-SAÚDE/GRADUASUS)
vinculado ao Ministério da saúde propõe mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação na área de
saúde; qualificação dos processos de integração ensino-serviço-comunidade articulada com o SUS. Atendendo a edital próprio, os cursos
de Enfermagem e Medicina das Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba foram
selecionados¹. Para o acompanhamento do processo desenvolvido, o portfólio tem sido um importante método de aprendizagem e avaliação.
Descrição da Experiência: A equipe do PET-SAÚDE/GraduaSUS Enfermagem estabeleceu o uso do portfolio para acompanhamento das
atividades dos estudantes. Os dados registrados subsidiam tutores, preceptores e estudantes em seus processos de trabalho, nas tarefas
de autorreflexão que antecedem a autoavaliação. Os estudantes refletem e avaliam sobre sua experiência acadêmica no PET, selecionam
as experiências de forma criativa e livre de modelos pré-determinados, promovendo autonomia de forma singular e personalizada a sua
produção. Semanalmente, tutores e preceptores têm a oportunidade de analisar a experiência da integração ensino-serviço-comunidade
e oferecer um feedback². Efeitos alcançados: O portfólio estabelece evidências na aprendizagem, a partir de situações singulares, que
têm refletido a integração ensino-serviço-comunidade. É possível perceber evoluções e pontos a serem melhorados, fortalecendo o diálogo
entre os envolvidos, podendo estar relacionada a aspectos estruturais da organização curricular, os quais exigem atenção e mudanças
por parte da instituição de ensino³. Recomendações: O grande diferencial do portfólio é favorecer a reflexão sobre mudanças ao longo
do processo, valorizando as diferenças de aprendizagem presentes entre os estudantes. Por ser uma construção pessoal, possibilita a
oportunidade de se expressar criticamente e relatar as experiências vividas. O portfólio é uma proposta de avaliação continuada, que
favorece o desenvolvimento de competências dos estudantes, alinhadas aos objetivos do PET-SAÚDE/GraduaSUS.
Referências: 1. Faculdades Pequeno Príncipe. Projeto PET-SAÚDE/GraduaSUS- 2016/2017. Edital n.13, de 28 de setembro de 2015. Secretaria de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde, Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba/Pr. 2. Friedrich DBC, Gonçalves AMC, Sá TS, Sanglard LR, Duque DR, Oliveira GMA. O
portfólio como avaliação: análise de sua utilização na graduação em enfermagem. Rev. Latino-Am, Enfermagem (São Paulo), 18(6):1-8, nov-dez 2010. 3. Rossi NF,
Fortuna CM, Matumoto S, Marciano FM, Silva JB, Silva JS. As narrativas de estudantes de enfermagem nos portfólios do Estágio Curricular Supervisionado. Revista
Eletrônica de Enfermagem (Goiás), 16(3):566-74, jul-set 2014.
Palavras-chave: Enfermagem; Portfólio; PET-Saúde GraduaSUS; Integração Ensino-Serviço-Comunidade.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 090
Educação em saúde: orientações de prevenção de lesões em pé
diabético e teste de sensibilidade
AUTOR PRINCIPAL: Keity Daiany dos Santos Galvão | AUTORES: Cristiano Caveião; Louise Aracema Scussiato; Christiane Brey |
INSTITUIÇÃO: Centro Universitário Autônomo do Brasil | Curitiba - PR
O Diabetes Mellitus é uma doença metabólica resultante de defeitos da secreção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e que é
responsável pelo controle do nível glicêmico no sangue. Dentre os tipos de DM, está o tipo 2, que corresponde a aproximadamente 90%
ANAIS 3ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
dos casos. A principal complicação crônica são as lesões ulcerativas em membros inferiores¹. A lesão no pé diabético está se tornando
rotineira e com maior frequência, e suas consequências podem ser preocupantes para o portador de DM, pois ocasionam desde feridas
crônicas, infecções e amputações. O exame diário e frequente dos pés permite a identificação rápida e o tratamento precoce e adequado
das alterações encontradas, facilitando assim a prevenção das complicações oriundas da DM nos pés². Desenvolveu-se uma Educação em
Saúde em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família (UESF) de Curitiba, onde denotou-se que os usuários portadores de DM não
possuíam conhecimento sobre o cuidado adequado com os pés e como evitar as lesões. Ocorreu a avalição dos pés, a realização do teste
de sensibilidade e a orientação sobre os cuidados com os pés para a prevenção do desenvolvimento de lesões de modo a promover o
autocuidado e a detecção precoce de lesões iniciais para encaminhamento e avaliação de especialistas. Foram convidados para participar
da atividade 150 diabéticos cadastrados na UESF. Realizou-se a avaliação de 40 diabéticos, por meio da anamnese, exame físico e teste de
sensibilidade dos pés, posteriormente realizou-se uma educação em saúde sobre a avaliação dos pés, principais cuidados a serem tomados.
Dos 40 pacientes avaliados, 28 (70%) foram classificados em categoria de risco grau I, 10 (25%) em categoria de risco grau II e 2 (5%) em
categoria de grau III. Na anamnese e exame físico observou-se controle glicêmico inadequado, história de nefropatia diabética e problemas
vasculares na família, cuidados de higiene inadequada, hidratação da pele inadequado, alterações na coloração dos pés, temperatura e
distribuição dos pelos alterados, com deformidade dos dedos e atrofia das unhas. Com a Educação em Saúde e o exame físico dos pés foi
possível observar que os diabéticos não possuem cuidados com os pés e demonstram desinteresse no auto cuidado. O enfermeiro possuí
papel primordial nas atividades de Educação em Saúde, pois é através deste mecanismo que ocorrem as mudanças para a prevenção de
saúde e também os encaminhamentos para tratamentos necessários.
Referências: 1. Cubas MR, Santos OM, Retzlaff EMA, Telma HLC, Andrade IPS, Moser AD, et al. Pé diabético: orientações e conhecimento sobre cuidados
preventivos. Fisioter Mov. 2013;26(3):647-655. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado
da pessoa com doença crônica. 1ª edição. Brasília: Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2016.
Palavras-chave: Enfermagem, Exame Físico, Pé Diabético, Educação em Saúde.
36