Page 31 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 057
Assistência humanizada em Pediatria: uso do brinquedo
terapêutico por estudantes de Enfermagem
AUTOR PRINCIPAL: Ludmilla Laura Miranda | AUTORES: Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari, Juliana Sousa de Almeida, Beatriz Lima
Jesus de Aragão | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR
Caracterização do Problema: O adoecimento e a necessidade de internação geram sentimentos de temor, privação e angústia, em
geral traumática devido a exposição à procedimentos que podem causar dor. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência
acadêmica do uso do Brinquedo Terapêutico, enfatizando a importância da implementação da assistência humanizada por meio desta
intervenção no preparo para procedimentos, favorecendo sua compreensão, minimizando o estresse e promovendo o bem-estar da criança.
Fundamentação Teórica: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido em unidade pediátrica de hospital
escola público, Londrina-Paraná. Foi realizado a aplicação do Brinquedo Terapêutico do tipo dramático em uma criança de 7 anos, sexo
feminino. Descrição das experiências: Durante a aplicação a criança estava acompanhada da mãe e o brinquedo pôde proporcionar
um maior vínculo entre as duas, além de fazer com que a criança conseguisse descarregar a tensão ao dramatizar as situações vividas
durante a hospitalização. Após a realização da técnica a criança e sua mãe passaram a confiar mais nos cuidados prestados, demonstrando
maior colaboração com os profissionais durante os procedimentos. Efeitos alcançados: Os estudantes ficaram surpresos com a eficácia
da aplicação e entenderam que quanto mais precoce o contato com esta prática humanizada maior será a possibilidade de construção
de competências e habilidades técnico-científicas para implementar o seu uso sistemático nas unidades de saúde. Recomendações: A
brincadeira realmente ameniza os traumas da internação, devendo ser enquadrada não como uma atividade de tempo livre, mas como parte
do tratamento, buscando diminuir assim, a ansiedade e quem sabe o tempo de internação.
Referências: 1. Conceição CM, Ribeiro CA, Borba RIH, Ohara CVS, Andrade PR. Brinquedo terapêutico no preparo da criança para punção venosa ambulatorial:
percepção dos pais e acompanhantes. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2011 Abr; 15 (2):346-53. 2. Francischinelli AGB, Almeida FA, Fernandes DMS. O uso rotineiro
do brinquedo terapêutico na assistência a crianças hospitalizadas: percepção dos enfermeiros. Acta paul enferm. 2012; 25(1):18-23. 3. Barreto, Laura Maria Sene
Carelli, et al. “Giving meaning to the teaching of Therapeutic Play: the experience of nursing students.” Escola Anna Nery 21.2 (2017). 4. Luz, Juliana Homem
da. “Educar-brincar-cuidar: uma proposta problematizadora de ensino no brinquedo/brinquedo terapêutico para o curso de graduação em enfermagem.” (2015).
Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica; Jogos e Brinquedos; Hospitalização; Cuidados de Enfermagem.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 060
Gestão Integrada da Assistência Farmacêutica no âmbito de uma
Região de Saúde: estratégias e experiência para garantia do acesso,
integralidade e uso racional de medicamentos no SUS
AUTOR PRINCIPAL: Felipe Assan Remondi | AUTORES: Fabio Aires de Lima | INSTITUIÇÃO: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná -
17ª Regional de Saúde | Londrina - PR
A Assistência Farmacêutica (AF) é a área do Sistema Único de Saúde (SUS) responsável pela provisão de medicamentos, insumos e serviços
que garantam a integralidade das ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde ofertadas no SUS. Historicamente a AF esteve
atrelada uma concepção reducionista de logística e abastecimento, sendo que em anos recentes tem sido cada vez mais demandada a
responder a desafios para garantia da integralidade e sustentabilidade do sistema. Com os novos marcos legais do SUS, a noção de região
de saúde como espaço de produção de políticas que compatibilizem as diretrizes nacionais e estaduais com as necessidades loco-regionais
passa a ocupar um papel central na gestão da AF, que vê em seu modelo tradicional e restrito a atividade municipal inúmeras limitações.
A partir da sensibilização dos atores regionais, os municípios e equipe da 17ª Regional de Saúde (17ªRS) propuseram a organização de um
Grupo de Trabalho (GT) em AF, vinculado a Comissão Intergestores Bipartite-Regional, com o objetivo de fortalecer a articulação regional
e superar de desafios comuns aos municípios. Sendo composto por dois farmacêuticos 17ª RS e de seis municípios de distintos portes,
o GT tem trabalhado com reuniões mensais nas quais foi possível realizar a priorização dos problemas e construção de ações de maneira
integrada pelos membros do GT. Os problemas priorizados com respectivas ações e Efeitos alcançados: em um ano de trabalho do GT
foram: (1) Uniformização das normas para prescrição de medicamentos nas unidades da 17ª RS, com publicação de uma deliberação
regional; (2) Definição de um modelo para Relações Municipais e Regional de Medicamentos, com realização de parcerias para apoio
aos municípios na organização de suas relações; (3) Proposição de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica para apoio aos municípios
na seleção de medicamentos e definição de Protocolos comuns a todos pontos de atenção da região; e (4) Realização de estudo sobre
o financiamento da AF para subsídio aos gestores e orientações da prestação de contas no SIOPS e RAG. A organização integrada dos
municípios em um GT possibilitou maior capacidade de atuação e a criação de um espaço vinculado a CIB-Regional tem se mostrado
eficiente na qualificação e institucionalização de ações que fortalecem a região de saúde e não seriam possíveis apenas no âmbito
municipal, sendo estratégias recomendadas para fortalecimento da AF e das Redes de Atenção no Estado.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência
Farmacêutica. PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Comissão Intergestores Bipartite da 17ª Regional de Saúde. Câmara Técnica de Atenção Básica e Vigilância
em Saúde. Grupo de Trabalho em Assistência Farmacêutica. Atas publicadas entre junho e maio de 2017.
Palavras-chave: Assistência Farmacêutica; Gestão do SUS; Regionalização; Redes de Atenção à Saúde.
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