Page 29 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 049
A estratificação como proposta de organização da demanda na
rede de saúde bucal
AUTOR PRINCIPAL: Luciane Soares de Lima Mattos | AUTORES: Joisy Aparecida Marchi de Miranda | INSTITUIÇÃO: UBS Vitória
Régia | Astorga - PR
O acesso dos usuários aos serviços de saúde é uma das principais preocupações do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como a
necessidade de oferecer um serviço humanizado e de qualidade a todos os pacientes. Existem vários estudos com propostas de
como organizar a demanda e o atendimento em saúde pública, no estado do Paraná, a proposta da linha guia da rede de saúde
bucal preconiza o uso da estratificação de risco neste processo. Este relato de experiência mostra a implantação deste processo
na unidade básica de saúde Vitória Régia no município de Astorga-PR, a unidade tinha uma fila de espera para o atendimento
odontológico de cerca de 550 pacientes. Inicialmente durante uma semana foram estratificados todos os pacientes da fila de
espera, classificados por risco e posteriormente as vagas foram divididas priorizando os pacientes de alto e com dependência maior
do sistema único de saúde. As vagas foram distribuídas em 5 vagas para o alto risco, duas para médio risco e duas para baixo risco,
por período de atendimento. A partir da segunda semana, diariamente são realizadas 5 estratificações de risco. Em três meses
todos os pacientes da fila tiveram seus tratamentos concluídos e atualmente os pacientes já saem da estratificação agendados
para o início do tratamento em até 7 dias. A média da espera no sistema anterior era de 90 dias. A estratificação representou
uma solução na organização da demanda, melhorando os processos de trabalho, o acesso aos usuários e o acolhimento das
necessidades dos pacientes, que em muitos casos são atendidas durante o processo da estratificação.
Referências: Curitiba, Secretaria de Saúde do Governo do Paraná. Linha Guia Rede de Saúde Bucal, 2ed. RESENDE, F.M. A classificação de risco como
proposta de organização da demanda em uma equipe de saúde bucal da estratégia de saúde da Família, TCC, UFMG, 2010. SILVEIRA FILHO, A. D. A. A
saúde bucal no PSF: o desafio de mudar a prática, Ciência e Saúde Coletiva, 9 (1): 121-130, 2004
Palavras-chave: estratificação, classificação de risco.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 051
Arte com fio enlaçando a vida
AUTOR PRINCIPAL: Ines Terezinha Pastorio | AUTORES: Rosangela Aparecida Pereira; Guilherme Santana Stachelski. |
INSTITUIÇÃO: CAPS II “Lugar Possível” Dr. Jorge Nisiide | Toledo-PR
Esse trabalho tem por finalidade abordar a questão do suicídio e a redução da incidência contra a vida através da oficina terapêutica
de Arte ComFio no CAPS II Toledo-PR. O suicídio é um ato que ocorre na sociedade desde os seus primórdios que pode acentuar-
se, entre pessoas com transtorno mental, por fatores socioculturais e individuais que perpassam a vida do sujeito. O Suicídio é
considerado por muitos a forma mais breve para acabar o sofrimento vivido, na utopia de minorar problemas e aliviar os familiares
que, sofrem junto com o paciente/familiar psiquiátrico. A oficina Arte ComFio, é parte das atividades ofertadas pelo CAPS II aos
pacientes com perfil para ingresso na instituição, ou seja, com transtorno severo e persistente. Apresentam-se, na oficina de Arte
ComFio, cinco por cento das pacientes com tentativa de suicídio com utilização de cordas. Deste modo, a oficina arte com fio
surgiu com o objetivo principal de desenvolver a capacidade de tolerância, concentração, convívio grupal, redução do sofrimento
psíquico dos pacientes, a conclusão de trabalhos, reinserção familiar e social, visando o inicio de projetos no sentido de ter inicio
meio e fim articulando com as questões da vida diária e remetendo o enlace com a trama da vida desses sujeitos e principalmente
o recomeçar pós-tentativa de suicídio, percebendo o fio como parte desta trama e não da morte. Após a inserção dos pacientes
na oficina reduziram-se as tentativas contra a vida passando a ter uma percepção diferenciada da vida frente às possibilidades de
um recomeço sócio familiar amparado pelas atividades realizadas pela oficina/CAPS/família. Destarte, a unidade alternativa prima
pela qualidade de vida/mental desse sujeito, respeitando-o em seus limites e o assessorando em sua singularidade e subjetividade
frente às tramas sociais que permeiam sua vida, possibilitando a estabilidade do quadro e a reinserção psicossocial na sociedade.
Desta forma frente ao resultado alcançado, recomenda-se a realização de atividades desenvolvidas com fio no intuito de oportunizar
o repensar, o refazer, o construir e o enlaçar-se com a trama da vida.
Referências: BOTEGA, Neury José; WERLANG, Blanca Susana Guevara; CAIS, Carlos Filinto da Silva; MACEDO, Mônica Medeiros Kother. Prevenção
do comportamento suicida. In: Psico. v. 37, n. 3, pp. 213-220, set./dez. 2006. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/
revistapsico/article/view/1442. Acesso em março 2017. BRASIL. Conselho Federal de Psicologia. O Suicídio e os Desafios para Psicologia / Conselho
Federal de Psicologia. - Brasília: CFP, 2013.
Palavras-chave: transtorno mental; suicídio.
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