Page 27 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
P. 27

Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 035

                 Avaliação do Sistema Público de Saúde a partir da percepção dos
                 usuários

                 AUTOR PRINCIPAL: Ivana de França Garcia  |  AUTORES: João Luiz Coelho Ribas, Izabelle Cristina Garcia Rodrigues, Vera Lucia Pereira dos
                 Santos  |  INSTITUIÇÃO: Centro Universitário Internacional Uninter  |  Curitiba - PR
                   A Constituição Federal do Brasil de 1988, no artigo 198, dispõe que a saúde é um direito de todos e dever do Estado. Entretanto a
                   escassez de recursos associados a má gestão pública, pode resultar em atendimento insatisfatório (RODRIGUES et al., 2017; BRASIL,
                   2004). Diante disso, o presente estudo objetivou analisar a percepção dos usuários dos serviços públicos de saúde, com relação à
                   qualidade prestada pelo SUS. Para isso foi realizada uma pesquisa através de um questionário online, via Google doc., com perguntas
                   fechadas. Foram consideradas apenas as respostas de pessoas, residentes no Município de Curitiba e Região Metropolitana. Das 123
                   pessoas que responderam, 104 se declararam mulheres e 19 homens. A faixa etária predominante foi de 20 a 29 anos (35%), seguida
                   dos 30 a 39 anos (28%). Ao serem questionados sobre atendimento recebido em casos de emergência, 26% julgam o atendimento ruim
                   e 47% mediano. No caso de atendimento eletivo, a maioria julga o serviço como mediano (49%), seguido de ruim (20%). 51% apontaram
                   que o tempo de espera para uma consulta com um especialista ultrapassa dois meses, enquanto para 22% esse tempo de espera fica
                   entre 1 e 2 meses. Quando indagados sobre a relação custo benefício do sistema de saúde, a maioria julga como ruim (49%) e para 38%
                   relação é mediana. Quando questionados sobre frequência utilizada do sistema de saúde durante o ano, 41% afirmou utilizar somente em
                   situações de emergência, seguido de 29% que utiliza a cada 6 meses, ou seja, 70% dos entrevistados não fazem uso constante do SUS,
                   indo em contramão do que preconiza esse sistema que é o de atuar sempre com a prevenção de doenças e promoção da saúde. Outro
                   ponto que chama a atenção é o tempo médio de espera para atendimento no consultório médico. 54% afirmaram aguardar mais de 60
                   minutos para ser atendido, seguido de 21% que diz aguardar até 60 minutos e 17% que menciona aguardar até 30 minutos. Com isso
                   podemos observar que apesar de todos os esforços realizados pelo Ministério da Saúde para tentar humanizar o atendimento e melhorar
                   a qualidade do serviço, os usuários continuam insatisfeitos e solicitando alterações no modelo do serviço vigente.
                   Referências: Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão
                   em todas as instâncias do SUS/Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde,
                   2004. Rodrigues ICG, Garcia IF, Santos VLP, Christo D, Ribas JLC. Usuários dos sistemas de saúde: a percepção e avaliação dos serviços recebidos. Rev Sodebras
                   (online) 2017; 12: 110-116.
                   Palavras-chave: Sistema Público de Saúde - Saúde Pública - HumanizaSUS.


               Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 037

                 Saúde mental na atenção básica: a Reforma Psiquiátrica pelo olhar
                 do trabalhador da Estratégia de Saúde da Família


                 AUTOR PRINCIPAL: Camila da Silva  |  AUTORES: Gustavo Zambenedetti  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Centro-Oeste  |  Irati-PR
                   Introdução: A reforma psiquiátrica e as novas políticas de saúde mental visam proporcionar às pessoas com transtornos mentais um
                   atendimento digno, integralizado e que garanta sua autonomia através de ações baseadas na desinstitucionalização, acessibilidade e
                   humanização dos serviços. A atenção básica tem como objetivo desenvolver ações territoriais pautadas na atenção integral em saúde que
                   entendam os determinantes e condicionantes de saúde das coletividades, podendo formar um eixo estratégico de ações em Saúde Mental.
                   Essa pesquisa, vinculada ao programa de Mestrado Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário tem a intenção de criar espaços de
                   discussão e de reflexão com o trabalhador da Estratégia de Saúde da Família, visando o fortalecimento e articulação da rede, pensando
                   intervenções que vão além da “patologização” do sofrimento, medicalização e internações psiquiátricas, mas também ações de prevenção
                   e promoção em saúde mental e promover um cuidado integral e humanizado em rede. Objetivos: Conhecer o sentido que os trabalhadores
                   atribuem às suas práticas e saberes em saúde mental e a percepção que o trabalhador possui do portador de transtorno mental; Identificar
                   as possíveis dificuldades e fragilidades da prática da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS); Discutir a importância do trabalho em rede dentro
                   dos moldes da saúde coletiva e sua contribuição no desenvolvimento comunitário e promover espaços de discussão e reflexão que contribuam
                   para a melhora do serviço oferecido. Metodologia: Será realizada a investigação qualitativa, sendo utilizada a entrevista semi-estruturada
                   com profissionais da atenção básica, sendo os seus discursos, opiniões e concepções, conteúdo essencial para se compreender a lógica que
                   orienta o modelo de trabalho realizado na rede de saúde mental. Discussão e Resultados: Essa pesquisa visa a partir dos seus resultados,
                   ainda não tabulados, identificar as principais dificuldades e desafios das práticas em saúde mental após a Reforma Psiquiátrica e a saúde
                   básica, potencializando a importância deste serviço para o desenvolvimento comunitário, pensando na desconstrução de antigos paradigmas
                   e principalmente representações sociais negativas acerca do usuário e junto dos trabalhadores participantes criar espaços de reflexão e
                   discussão sobre formas de enfrentamento em relação ao preconceito e estigmas, possibilidades de qualificação do trabalho e da RAPS e
                   também servindo como impulso para outras pesquisas na área futuramente.
                   Referências: ALVERGA, A.; DIMENSTEIN, M. A reforma psiquiátrica e os desafios na desinstitucionalização da loucura. Interface, Botucatu, 2006. DELGADO, P. G. G.
                   O desafio da produção de conhecimento sobre a reforma psiquiátrica brasileira. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 312, fev. 2015. Disponível em
                   www.scielo.br/scielo. Acesso em 25 de maio de 2016. Rio de Janeiro, 2015. HIRDES, A. A perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde sobre o apoio
                   matricial em saúde mental. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 371-382, fev. 2015. Disponível em www.scielo.br/scielo. Acesso em 25 maio 2016.
                   Rio de Janeiro,2015. LOUREIRO, L.M.G; DIAS, C.A.A; ARAGÃO, R.O. Crenças e Atitudes acerca das doenças e dos doentes mentais: Contributos para o estudo das
                   representações sociais da loucura. Revista Referência. Dez /2008. ONOCKO-CAMPOS, R. T.; FURTADO, J. P. Entre a saúde coletiva e a saúde mental: um instrumental
                   metodológico para avaliação da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2006.
                   Palavras-chave: Saúde mental, Atenção Básica, ESF, RAPS.


                                                                                                              27
   22   23   24   25   26   27   28   29   30   31   32