Page 25 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 024
Assistência domiciliar a paciente com malformação congênita do
tipo Megaencefaly capillary malformation syndrome
AUTOR PRINCIPAL: Talita Ferreira Turatti do Carvalhal | AUTORES: Katherine Dawnbroski, Luana Tonin, Cristiane Fast e Juliana Marçal |
INSTITUIÇÃO: Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba | Curitiba - PR
Caracterização do Problema: Paciente P. K. A. L. P., 1 ano e 10 meses, prematuro em gestação de alto risco, mãe com diabetes
gestacional, ultrassonografia de crânio com agenesia de corpo caloso, aumento do ventrículo lateral esquerdo gerando hidrocefalia,
paralisia cerebral e crises convulsivas, com traqueomalácea e atelectasias subgmentares. Após estabilização do quadro clínico, paciente foi
encaminhado para atendimento domiciliar pela Unidade de Saúde (US) de origem. Fundamentação Teórica: As malformações capilares
características da Megaencefaly capillary malformation syndrome (MCAP) são compostas de capilares alargados que aumentam o fluxo
sanguíneo perto da superfície da pele. Estas malformações geralmente parecem manchas rosa ou vermelhas na pele. Na maioria dos
indivíduos afetados, ocorrem malformações capilares na face, particularmente no nariz, no lábio superior e na área entre o nariz e o lábio
superior. Em algumas pessoas com MCAP, o crescimento excessivo afeta não só o cérebro, mas outras partes individuais do corpo, que
é conhecido como supercrescimento segmentar. Isso pode levar a um braço ou perna que é maior ou mais comprido do que o outro ou
alguns dedos maiores do que outros. Descrição da Experiência: O paciente foi admitido pelo Programa Melhor em Casa de Curitiba na
data de 30/11/2016 e permaneceu em atendimento por, aproximadamente, 5 meses. Foram realizadas, ao todo, 18 visitas médicas, 3
visitas do profissional enfermeiro, 17 visitas e atendimento do profissional fisioterapeuta, 3 visitas e intervenções do assistente social e 18
visitas dos técnicos em enfermagem. Inicialmente, todos os membros da equipe multiprofissional avaliaram o paciente para traçar o Projeto
Terapêutico Singular (PTS). As visitas eram semanais e consistiam em: Avaliação inicial de dados vitais, ausculta pulmonar, análise dos
sinais e sintomas, condutas multiprofissionais baseadas em evidências clínicas e, principalmente, escuta aos relatos do cuidador. Efeitos
alcançados: Estabilização do quadro clínico, instrumentalização familiar para realização de condutas diversas de forma segura e melhora
da comunicação entre os componentes da Rede de Atenção a Saúde de Curitiba. Recomendações: Por se tratar de uma patologia rara
em que tanto o prognóstico quanto a evolução do quadro são desconhecidos, o compartilhar do cuidado com o hospital de origem e a US
responsável pelo paciente foram primordiais para garantir uma assistência precisa e constante.
Referências: BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual Instrutivo da Atenção Domiciliar. Brasília: Departamento de Atenção Básica;
2013. GENETICS HOME REFERENCES, 2017. Disponível em: Acesso em: 04/ de abr. 2017.
Palavras-chave: Anormalidades Congênitas, Serviços de Assistência Domiciliar, Sistema Único de Saúde.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 026
Projeto de Educação Permanente em Promoção da Saúde Materna-
Infantil (PROEP-SMI)
AUTOR PRINCIPAL: Júnia Aparecida Laia da Mata | INSTITUIÇÃO: Instituto de Ensino e Pesquisa da Fundação Estatal de Atenção
Especializada em Saúde de Curitiba - Feaes | Curitiba - PR
Objetivou-se relatar sobre o Projeto de Educação Permanente em Promoção da Saúde Materna-infantil (PROEP-SMI), desenvolvido por uma
Enfermeira Obstetra (EO), no treinamento “Strengthening of Maternal and Child Health Through Public Health Activities”, promovido no Japão,
pela Japan International Cooperation Agency (JICA), em 2016. Este envolve capacitação com foco no desenvolvimento de competências
profissionais para a promoção da SMI, abrangendo três pilares: Recrutar, Capacitar e Multiplicar. O primeiro inclui o recrutamento de
enfermeiras (os), gestores e médicas (os), do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba, para participarem do projeto; o segundo constitui
a ação de educação, fundamentada na pedagogia crítica de Paulo Freire (1-4), na qual os facilitadores assumem o papel de mediadores, ao
conduzir os indivíduos à observação da realidade e apreensão do conteúdo que extraem dela, representando um processo educativo que
visa a transformação social (5). Este pilar tem como fio condutor a Problematização com apoio do Arco de Maguerez (6). O PROEP-SMI busca
promover a integração e o compartilhamento das individualidades, transferindo o aprendizado para uma ação coletiva. Abrange oficinas,
aulas, palestras e visitas técnicas. O terceiro pilar contempla uma ação de multiplicação das aprendizagens adquiridas no PROEP-SMI que
deve ser feita pelos participantes no seu serviço. O seu programa contém as aprendizagens adquiridas pela EO no treinamento da JICA,
subdividindo-se em três eixos: 1) Estratégias inovadoras adotadas pelo Japão para a promoção da saúde materna-infantil: possibilidades de
replicação em Curitiba; 2) Metodologias para a resolução de problemas na saúde pública materna-infantil; 3) Como melhorar a realidade
da saúde materna-infantil no meu cenário de prática? Para estabelecer uma identidade visual para o projeto, foi criada uma logomarca,
constituída por quatro imagens: uma mulher, uma criança, um bebê e um círculo. Representou-se na imagem a diversidade de etnias
presente no Brasil; a abrangência do PROEP-SMI - desde o ciclo gravídico-puerperal até a primeira infância; e a indissociabilidade entre os
períodos da gestação, do parto, puerpério e da primeira infância, pois um incide sobre o outro. Optou-se pela cor azul, pois ela associa-se
à profundidade, estabilidade, confiança, sabedoria e inspira ideais elevados. São atributos que se almeja para o PROEP-SMI. Com esta
iniciativa, espera-se colaborar para a promoção da SMI no SUS de Curitiba.
Referências: 1. Freire, P. (2006). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 33ª ed. São Paulo: Paz e Terra. 2. Freire, P. (2011). Educação
como prática da liberdade. 14ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 3. Freire, P. (2011). Pedagogia da esperança. 16ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 4. Freire, P. (2011).
Pedagogia do oprimido. 50ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 5. Pereira, A. (2003). As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Cadernos
de Saúde Pública, 19(5), 1527-1534. 6. Bordenave, J., & Pereira, A. (2005). A estratégia de ensino-aprendizagem. 26ª ed. Petrópolis: Vozes.
Palavras-chave: Educação; Aprendizagem; Saúde Pública; Promoção da Saúde; Saúde Materna; Saúde da Criança.
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