Page 34 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 079

                         Projeto Terapêutico Singular: uma experiência norteadora das
                         práticas em saúde mental

                         AUTOR PRINCIPAL: Marcelo Costa Benatto  |  AUTORES: Silvia Rita Rodrigues, Crislaine Andolfato  |  INSTITUIÇÃO: Centro de Atenção
                         Psicossocial - Pinhais/Pr  |  Pinhais - PR
                           O modelo tradicional de atendimento aos usuários de Saúde Mental tinha como foco a doença, o sujeito não era ativo no processo
                           terapêutico que era pautado no modelo biomédico. A desumanização nos serviços de saúde mental exigiam mudanças que foram
                           incorporadas a partir de 2001 às legislações Brasileiras, especialmente a que institui a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)1, que
                           ampliam e articulam pontos de atenção em saúde mental, e tem no Projeto Terapêutico Singular (PTS) uma ferramenta fundamental
                           deste processo2.Os objetivos do PTS são: empoderar o usuário, tornando-o pertencente e ativo na condução das escolhas relativas
                           ao seu tratamento e fortalecer o protagonismo através de ações relativas a cidadania. No Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), no
                           Município de Pinhais/PR, o PTS é utilizado como: instrumento de construção do tratamento em conjunto com o usuário, família e equipe
                           técnica interdisciplinar em Saúde Mental; formulação do plano terapêutico individual (realizado no momento da inserção no tratamento),
                           respeitando-se as demandas, as características e as condições do sujeito, além de formular propostas de ação. Sua reavaliação ocorre
                           a cada 6 meses, ou de acordo com a demanda identificada pela equipe, usuário e família. Destina-se cinquenta minutos para que o
                           PTS seja traçado e neste período é retomada a história pregressa e atual do usuário, realiza-se a escuta qualificada acerca dos seus
                           interesses  e necessidades,  possibilita-se  a reflexão, entendimento  e esclarecimentos  sobre o tratamento, promove-se a inserção
                           do usuário em atividades de acordo com as suas demandas, avaliam-se as expectativas futuras relativas ao tratamento, além da
                           formulação de acordos e combinados a serem cumpridos pelo usuário, familiar e equipe. Como resultado da prática é possível observar:
                           a melhora na comunicação entre usuário e equipe; a eficácia/eficiência do tratamento, refletindo no processo de alta melhorada; a
                           implicação e participação da família; o aperfeiçoamento do trabalho interdisciplinar tendo como reflexo a melhora na comunicação entre
                           os membros da equipe. Observamos que a realização do PTS na forma como está organizado possibilita que o sujeito se torne ativo
                           e respeitado em sua singularidade. Constatamos que a aplicação do PTS na forma como é previsto pelo Ministério da Saúde, ainda é
                           pouco utilizada pelos serviços de Saúde Mental e sua implantação poderia refletir em uma maior organização dos serviços e melhora
                           na qualidade dos atendimentos.
                           Referências: 1 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
                           gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html>.Acesso em: 17/05/2017. 2 BRASIL, Ministério da Saúde. Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto
                           Terapêutico Singular. Série B. Textos Básicos de Saúde. 2ª Edição. 1ª Reimpressão. Brasília - DF, 2008.
                           Palavras-chave: Projeto Terapêutico Singular, empoderamento, tratamento.



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                         Projeto multiprofissional em saúde em um centro de convivência
                         para idosos

                         AUTOR PRINCIPAL: Milena Santos de Mello  |  AUTORES: Gilmar Silva, Renata Kochi, Maria Karoline Rodrigues  |  INSTITUIÇÃO:
            ANAIS  3ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana  |  Apucarana - PR
                           Relato de experiência: O Centro dia é um dispositivo do setor de assistência social destinado ao acolhimento, proteção e convivência
                           à idosos semi-independentes, cujas famílias não possuem condições de prover estes cuidados durante todo o dia ou parte dele
                           (BRASIL, 2014). Devido à escassez de assistência por profissionais de saúde no Centro dia do município de Apucarana e considerando
                           a prevalência de morbidades na população assistida, torna-se imprescindível o desenvolvimento de ações neste espaço, como forma
                           de melhorar os fatores de proteção dos participantes e qualificar a assistência à saúde da pessoa idosa. A saúde do idoso provém
                           da interação multidimensional entre saúde física, saúde mental, autonomia, integração social, suporte familiar e independência
                           econômica. Para aqueles que envelhecem, além da ausência de doenças, a qualidade de vida reflete a manutenção da autonomia,
                           ou seja, a capacidade de determinação e execução de suas próprias vontades (SESA/PR, 2014). Este trabalho tem como objetivo
                           relatar a experiência vivenciada por uma psicóloga residente em saúde da família através da atuação multiprofissional em um centro
                           de convivência para idosos. Estamos atuando há dois meses nesse local, podemos perceber que os idosos possuem um grau de
                           rebaixamento cognitivo, o que interfere nas atividades programadas, devido a dificuldade de compreensão, este rebaixamento se
                           deve principalmente a demência pela idade e as doenças neurológicas, degenerativas, como Parkinson e Alzheimer, porém, é de
                           grande importância a atuação junto a esse público para estimular habilidades que eles possuem, educação em saúde promovendo
                           autocuidado, desenvolvendo a autonomia, incentivando a interação e a convivência em grupo. É possível perceber que após a nossa
                           atuação neste serviço, os idosos desenvolveram habilidades de autocuidado, principalmente relacionado a alimentação saudável, e
                           houve melhora nas relações sociais, devido as atividades de socialização.
                           Referências: BRASIL. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de desenvolvimento social. Guia de orientações técnicas Centro dia do idoso – “Centro
                           Novo Dia”. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Social, 2014. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARA
                           Palavras-chave: Palavras-chaves: idosos, centro de convivência, educação em saúde, residência multiprofissional.



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