Page 37 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS

Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 096

A atuação do enfermeiro residente em Saúde da Criança nas
Políticas Públicas de aleitamento materno

AUTOR PRINCIPAL: Ana Raquel Pontello Rampazzo | AUTORES: Márcia Maria Benevenuto de Oliveira, Mauren Teresa Grubisich Mendes
Tacla, Barbara de Andrade Alves, Anna Flávia Figueiredo Fernandes | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR
Caracterização do Problema: Sistematizar a experiência dos Residentes de Enfermagem em Saúde da Criança nos atendimentos e
intervenções realizados em um Banco de Leite Humano. Fundamentação Teórica: O aleitamento materno exclusivo (AME) até o sexto
mês de vida é considerado como a melhor fonte nutricional para a criança e está relacionado com a redução da mortalidade infantil e de
diversos agravos de saúde, por esse motivo uma série de políticas públicas relacionadas a esse tema foram criadas, entre elas o Hospital
Amigo da Criança, Método Canguru e os Bancos de Leite Humano (BLH). O processo de trabalho dos BLHs no Brasil se modificou de
acordo com o contexto histórico, na gênese de sua implementação a atuação era restrita à coleta e distribuição do leite sem nenhum
estímulo ao aleitamento materno. Atualmente, a importância dos BLHs como rede de apoio a amamentação foi enaltecida, pois esses
atuam na promoção, proteção, apoio e manutenção da amamentação Descrição da Experiência: Os atendimentos e intervenções
foram desenvolvidos pelos Residentes durante sua atuação em um Banco de Leite. As atividades satisfazem o atendimento de mães
e famílias que procuram o BLH por livre demanda, através de encaminhamentos de outros setores do hospital e de serviços externos.
Os atendimentos se moldam de acordo com as queixas das mulheres e ao exame físico. Os problemas identificados nos atendimentos
estão relacionados às mães e ao concepto. As intervenções realizadas são majoritariamente compostas de massagens estimuladoras,
ordenha manual e mecânica, assistência para posição, pega e sucção do bebê, avaliação da mamada e composição do leite, escuta ativa,
orientações sobre aleitamento materno e cuidados com o recém-nascido. Os Residentes também promovem ações de educação em saúde
no setor da maternidade do hospital captando mulheres no período de pré-parto e pós-parto. Essa ação contribui para o fortalecimento
da Iniciativa do Hospital Amigo da Criança que está presente no mesmo. Efeitos alcançados: As ações realizadas pelos residentes de
enfermagem influenciaram positivamente o manejo da amamentação, promovendo maior adesão do AME nos primeiros seis meses de
vida, empoderando a família sobre o aleitamento materno, proporcionando ao binômio mãe/concepto melhor qualidade de vida. Ainda,
estimularam o vínculo da família com o serviço e captaram possíveis doadoras de leite humano durante a dinâmica dos atendimentos.
Recomendações: Enfermeiros da área materno-infantil.
Referências: BARBIERI, Mayara Caroline et al. Aleitamento materno: orientações recebidas no pré-natal, parto e puerpério. Semina: Ciências Biológicas e da
Saúde, v. 36, n. 1Supl, p. 17-24, 2014. FIGUEIREDO, Maria Claudia Diniz et al. Banco de leite humano: o apoio à amamentação ea duração do aleitamento materno
exclusivo. Journal of Human Growth and Development, v. 25, n. 2, p. 204-210, 2015. DA SILVA MAIA, Francisco Eudison et al. A importância do banco de leite
humano: um relato de caso em Mossoró-RN. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. ISSN eletrônico 1984-4840, v. 16, n. 4, p. 188-192, 2014.
Palavras-chave: Aleitamento Materno, Bancos de Leite, Enfermagem Pediátrica.

Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 098

Aplicação do brinquedo terapêutico: percepção da criança sobre o
processo de hospitalização

AUTOR PRINCIPAL: Enedina Beatriz Porto Braga Misael | AUTORES: Karolaine Fernanda Marques, Érica Gonçalves Fazolli, Rosangela
Aparecida Pimenta Ferrari, Ludmilla Laura Miranda | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR

Introdução: A institucionalização é a quebra do mundo lúdico infantil, pois neste momento a criança está sujeita a influências do ambiente
hospitalar e passará por sofrimento de ordem física e emocional, estando ainda exposta a situações que podem causar alterações
psicofisilógicas, estresse, mau humor e temor da dor física. Portanto, devem ser utilizadas estratégias para minimizar esse sofrimento, tais
como, ensaio dos procedimentos por meio do brinquedo terapêutico. Objetivo: apreender a percepção da criança sobre a aplicação do
brinquedo terapêutico durante sua hospitalização. Método: Trata-se de um estudo do tipo qualitativo realizado em 2016, em uma unidade
pediátrica de hospital escola público, Londrina-Paraná. A Coleta foi realizada por meio de entrevista gravada e roteiro semi-estruturado,
posteriormente, analisado utilizando-se Bardin. Resultado: Foram entrevistadas 11 crianças com idade entre 03 a 11 anos internadas
para realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos. Das 11 crianças internadas apenas quatro sabiam o propósito da internação e
associou sintomas, seis relataram a vivência de dor, incômodo e medo de alguns procedimentos invasivos, outras tiveram dificuldade em se
expressar. Das crianças entrevistadas cinco solicitaram mais sessões de brinquedo terapêutico. Conclusão: O brincar durante o processo
de hospitalização faz com que o sofrimento da criança seja amenizado, favorecendo a comunicação e expressão dos seus sentimentos,
entendimento sobre seu estado atual, compreensão do motivo da realização de procedimentos muitas vezes considerados desagradáveis,
entretanto deve-se respeitar o desejo de participação de cada infante, pois o mesmo pode não querer aproximação no momento. A
aplicação do brinquedo terapêutico também trás vínculo com a equipe de enfermagem, sendo essencial na prestação de uma assistência
mais individual, humanizada e que reduza as repercussões negativas no desenvolvimento infantil.
Referências: COLLET N; OLIVEIRA BRG; VIEIRA CS. Manual de Enfermagem em Pediatria. 2ª Edição. AB Editora. 2010. BROERING CV; CREPALDI MA. Preparação
psicológica para a cirurgia em pediatria: Importância, técnicas e limitações. Paidéia. 2008; 18(39): 61-72. PAGLIARI J; COLLET N; OLIVEIRA BRG; VIERA CS.
Sofrimento psíquico da equipe de enfermagem na assistência à criança hospitalizada. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2008; 10(1):63-76. KICHE MT; ALMEIDA
FA. Brinquedo terapêutico: estratégia de alívio da dor e tensão durante o curativo cirúrgico em crianças. Acta Paul Enferm. 2009; 22(2):125-30.
Palavras-chave: Cuidado a Criança; Hospitalização; Enfermagem Pediátrica.

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