Page 46 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 125

                        Minha cidade limpa e sem Dengue

                        AUTOR PRINCIPAL: Lidia Posso Simionato  |  AUTORES: Maricleuza Paim, Fabiano Popia, Edivane Aparecida de Abreu Fernandes, William
                        Augusto Dias Adornes  |  INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde  |  Chopinzinho - PR
                         Devido ao alto índice de infestação predial do Aedes Aegypti, várias ações já estão sendo desenvolvidas nesse ano em Chopinzinho.
                         Iniciamos com a criação de um Comitê de Controle e Prevenção a Dengue. Criamos também o projeto “Chopinzinho limpa e sem dengue”, o
                         qual envolve diversas atividades com o intuito de erradicar o mosquito da dengue. Com o alto índice de infestação do mosquito e a grande
                         incidência de lixo acumulado nas ruas e nas residências, foi necessária a realização de um mutirão para a limpeza de todo o município.
                         Realizou-se uma reunião com o Comitê, a equipe de saúde e representantes de entidades para desenvolver estratégias de trabalho. Neste
                         dia foi repassada a divisão de áreas que cada entidade assumiu para realizar a limpeza, sendo que estas foram subdivididas por croquis
                         mapeando todos os quarteirões a serem trabalhados por cada grupo. Foram determinados coordenadores para os grupos envolvendo os
                         funcionários da Secretaria de Saúde (vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica, ACS, ACE) por terem o conhecimento das áreas. Foram
                         distribuídos dois bags por quarteirão para que a população colocasse os lixos dentro e também informamos através da imprensa local à
                         população para que retirasse seu lixo com antecedência e acondicionasse nos bags. No dia 1° de abril iniciamos os trabalhos com abertura
                         do mutirão em frente ao Paço Municipal as 07h30min com a participação de todas as equipes, entidades envolvidas e voluntariado. Após
                         a divisão das equipes cada uma seguiu para sua área de trabalho juntamente com os caminhões, máquinas, voluntários e entidades
                         colaboradoras, que somou quase mil pessoas para fazer o recolhimento dos bags e descarte do lixo que foi depositado em uma região
                         isolada do município com a aprovação do IAP. Foi servido um almoço na Associação dos Idosos para todos os envolvidos, com retorno das
                         atividades até o término de recolhimento dos lixos. Após a conclusão do mutirão as máquinas da prefeitura fizeram um aterro na região
                         do descarte para evitar que os catadores retornassem com o lixo para a cidade novamente. O índice de infestação predial da semana
                         epidemiológica 1 de 2017 era de 5,5 de larvas positivas para Aedes aegypti. Na semana epidemiológica 9, onde iniciou-se o segundo ciclo,
                         o índice de infestação predial era de 3,32 para larvas positivas. Percebemos que os moradores passaram a manter suas propriedades
                         limpas e organizadas. Esta grande mobilização reduziu o nosso índice de infestação para o Aedes aegypti.
                         Referências: Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde. – 2. ed. Brasília:
                         Ministério da Saúde, 2013.
                         Palavras-chave: Mutirão, Aedes aegypti, lixo.



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                        Análise do perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho fatais
                        ocorridos na 7ª Regional de Saúde do Paraná no período de 2005 a 2014

                        AUTOR PRINCIPAL: Lidia Posso Simionato  |  AUTORES: Lídia Posso Simionato, Adineia Rufatto Gubert, Jonilene Araujo Naiverth  |
                        INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde  |  Chopinzinho - PR

                         Acidentes de trabalho fatais são eventos influenciados por aspectos relacionados à situação imediata de trabalho como o maquinário, a
                         tarefa, o meio técnico ou material, e também pela organização do trabalho e pelas relações de trabalho (ALMEIDA, 2010, p.7). Para o
                         Ministério da Saúde brasileiro “O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o
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                         trabalho e o processo saúde/doença” (BRASIL, 2001, p.7). Em seus registros históricos, a Saúde do Trabalhador compõe um processo
                         de construção do campo de saberes e práticas, considerando as formulações que surgem e se desenvolvem desde a década de 1970,
                         particularmente com a inclusão das ciências sociais na interpretação das relações saúde/doença e trabalho, dentro das contribuições
                         da Medicina Social Latino-Americana e da Saúde Coletiva no âmbito das elaborações do campo teórico abstrato Saúde e Trabalho
                         (LACAZ, 1996). Esta pesquisa teve por objetivo traçar o perfil dos acidentes de trabalho fatais no decorrer dos anos de 2005 a 2014
                         predominantes em 15 (quinze) municípios da região Sudoeste do Estado Paraná pertencentes à 7ª Regional de Saúde com identificação
                         do perfil epidemiológico desses acidentes de trabalho fatais. Utilizou-se o método de pesquisa documental, descritiva e de abordagem
                         quantitativa com dados secundários, com coleta de dados no Sistema de Informação de Mortalidade via Departamento de Informática do
                         Sistema Único de Saúde. Os resultados apresentaram incidência significativa e constante de óbitos por acidentes de trabalho fatais em 12
                         (doze) municípios da 7ª Regional de Saúde analisada, com um perfil epidemiológico que caracteriza trabalhadores do sexo masculino, com
                         idade entre 20 e 40 anos e baixa escolaridade. Em uma análise mais ampla das incidências, percebe-se que no ano de 2005 a soma total
                         de acidentes de trabalho nesses municípios alcançou 23, reduzindo-se para 10, em 2006 e aumentando nos anos seguintes da análise.
                         Cabe destacar, contudo, que os anos finais, de 2013 e 2014, se mantiveram com números mais baixos, de 11 e de 10 acidentes totais ao
                         ano no total dos municípios registrados. Conclusão: a importância de notificação de acidentes de trabalho fatais por meio da Comunicação
                         de Acidente de Trabalho e da atualização contínua dos dados no Sistema de Informação de Mortalidade possibilita que o Estado promova
                         políticas públicas de saúde que visem aos preceitos constitucionais na segurança e a saúde do trabalhador.
                         Referências: ALMEIDA, Ildeberto Muniz de. Modelo de análise e prevenção de acidente de trabalho – MAPA. Piracicaba: CEREST, 2010. BRASIL. Ministério da
                         Saúde. Saúde do trabalhador. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001.63p. Cadernos de Atenção Básica. Programa Saúde da Família. LACAZ, F. A. C. Saúde
                         do trabalhador: um estudo sobre as formações discursivas da academia, dos serviços e do movimento sindical. 1996. 405f. Tese (Doutorado em Medicina) -
                         Campinas: Faculdade de Ciências Médicas - Universidade de Campinas, 1996.
                         Palavras-chave: Saúde do trabalhador. Acidentes de trabalho. Óbitos



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