Page 54 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 144


                         Propostas de intervenção utilizando a medicina tradicional
                         chinesa meditação da PNPIC em pacientes com doenças
                         cardiovasculares

                          AUTOR PRINCIPAL: Juliana López Reinecken  |  AUTORES: Rosilene Aparecida de Oliveira   |  INSTITUIÇÃO: Unicesumar  |  Maringá - PR

                           Milhares de brasileiros são vítimas de doenças cardiovasculares (DCV), principalmente o infarto agudo do miocárdio (IAM). As DCV
                           afetam milhões de pessoas no mundo e constituem-se em um dos principais problemas de saúde pública devido a sua elevada
                           morbimortalidade, equivalente a 31% dos óbitos para todas as faixas etárias em nosso país e no mundo segundo dados da OMS 2012.
                           As PNPIC vêm para complementar e diminuir o número de DVC, pois na literatura existe forte evidencias comprovando os benefícios
                           da medicina tradicional chinesa/meditação em pacientes com problemas cardíacos. O presente estudo tem por objetivo principal a
                           avaliação global da evolução da morbidade hospitalar do IAM e propor uma terapia complementar seguindo a PNPIC. Métodos: estudo
                           descritivo, com corte transversal. Foram coletados dados anuais de janeiro de 2010 a dezembro de 2016 de indivíduos de diversas
                           faixas etárias com IAM enquadrados no serviço público. Resultados: Durante o período de seis anos considerado neste estudo,
                           ocorreram 629.882 internações por IAM no âmbito do Sistema Único de Saúde, sendo o período de maior prevalência o ano de 2016
                           com 107.554 casos somando todas as regiões. Quando verificado o maior número de internações por região, nota-se que a região
                           Sudeste possui o maior número em todos os anos analisados, comparados as outras regiões 2016 (n= 53.879). Em comparação às
                           idades somando todas as regiões, nota-se que somente em 2011 o numero de internações foi maior na faixa etária entre 50 a 59 anos
                           2011(n=21.638), já nos demais anos a maior prevalência foi entre 60 a 69 anos 2012 (n=24.081), 2013 (n=24.860), 2014 (n=
                           27.715), 2015 (n= 29.680) e sendo o maior numero de internados em 2016 (n= 29.936). Considerações finais: Ficou evidenciado
                           que a incidência de Infarto Agudo do Miocárdio não teve um declínio global. Mostrando assim a importância de desenvolver metas de
                           impacto globais e indicadores para o controle da doença e sua mortalidade. Neste âmbito, espera-se que esforços devam ser realizados
                           no sentido de adotar medidas alternativas das DVC como as PNPIC utilizando a medicina tradicional chinesa, interrompendo a cadeia
                           da taxa de mortalidade por IAM visando a promoção da saúde e a qualidade da vida.
                           Referências:  http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnpic.php  http://www.who.int/medicines/publications/traditional/trm_strategy14_23/en/  http://
                           bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf  http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_
                           joomlabook&task=display&id=218&Itemid=232
                           Palavras-chave: PNPIC, Infarto Agudo do Miocárdio, Medicina Complementar.




                      Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 148

                         Oficina terapêutica de linguagem versus saúde mental benefícios
                         e artifícios para melhor autoconhecimento

                         AUTOR PRINCIPAL: Rosangela Aparecida Pereira  |  INSTITUIÇÃO: CAPS II   |  Toledo - PR

                          Esse trabalho tem por finalidade abordar a linguagem como meio terapêutico para usuários com transtorno mental severo e persistente
            ANAIS  3ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          no CAPS II Toledo PR. Assim sendo, a oficina de linguagem oferece ao paciente a possibilidade de expressar-se e a possibilidade
                          de verbalizar o corrido antes do transtorno mental, ou seja, as atividades realizadas ocorrem de forma lúdica utilizando diversos
                          materiais para que se alcance a real possibilidade de estabilização do quadro clinico. A linguagem como meio terapêutico possibilita o
                          aprendizado e mantem a cognição ativa com vistas a manter esse sujeito reinserido socialmente para assim ocorrer o pertencimento
                          do meio e a mobilidade social reduzindo os internamentos. Contudo, as atividades oferecidas nessa oficina resultam diretamente na
                          interação social, que se faz através da forma escrita, oral ou gráfica representando momentos de sua vida ou transcrevendo trazendo
                          para si historias que remetem ao momento presente ou passado, possibilitando a dicção, entonação da voz, regras e momentos
                          de debate construtivo que visam à organização psíquica para melhor convívio social e possível emancipação. A atividade ocorre
                          semanalmente é visível à melhora dos integrantes, uma vez que as atividades direcionadas permitem o autoconhecimento refletindo
                          na alteridade do sujeito frente às situações postas pela sociedade a partir de uma visão critica construir novas verdades saindo da
                          alienação parenteral existente nos pacientes da oficina. Tal liberdade de expressão viabiliza a participação no seio familiar e social para
                          buscar novos horizontes e assim a emancipação pautada na ressocialização desse sujeito na sociedade e dentro da família que muitas
                          vezes inviabiliza a emancipação, desconsiderando sua voz, vontades como se fossem nulos, portanto a oficina atua nessas mazelas
                          do designar ao outro a tomada de decisões tirando o sujeito do “coitadismo” incrustado atrás do transtorno mental. Destarte, a oficina
                          de linguagem permite ao sujeito adoecido psiquicamente reinventar, redescobrir-se enquanto ser social inserido numa sociedade sócio
                          familiar que deveria ser o aporte para melhorar os quadros crônicos, essa reabilitação permite as relações grupais, inclusão social e
                          melhor qualidade de vida, uma vez que o pertencimento a um grupo social é o artificio para melhora e estabilidade do quadro clinico.
                          Referências: VIGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem/ L.S. Vygotsky; tradução Jefferson luiz Camargo; revisão técnica José Cipolla neto.-2ª
                          ed,-São Paulo: Martins Fontes, 1998.(psicologia e Pedagogia). MRECH, Leny. Psicanálise e educação: novos operadores de leitura/ Leny Magalhães Mrech.
                          - - São Paulo: Pioneira, 1999.
                          Palavras-chave: Saúde mental. Linguagem. Reabilitação psicossocial.



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