Page 55 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde       TRABALHO 152

                  Interdição civil: a especificidade do trabalho realizado no Centro
                  de Atenção Psicossocial II Toledo PR

                  AUTOR PRINCIPAL: Rosangela Aparecida Pereira  |  INSTITUIÇÃO: CAPS II  |  Toledo - PR

                    Esse trabalho tem por finalidade abordar a questão interdição civil das pessoas acometidas de transtorno mental severo e persistente
                    no CAPS II Toledo PR. A interdição civil da pessoa portadora de transtorno mental é um reflexo aparente dos anos de marginalização da
                    doença mental, em que o se social era excluído da sociedade para viver em asilos, manicômios a deriva de tudo e todos. A interdição
                    civil enquanto meio protetivo e de exclusão social protege o sujeito enquanto seus bens delegando a um tutor a curatela, que em
                    contrapartida deixa o sujeito alheio de si, deixando de se autoconhecer passando a viver alienado dependente de vontades do curador.
                    Assim sendo, o interdito em saúde mental, ainda é um desafio para as equipes de saúde mental, uma vez que o ser social se torna
                    alienado e propiciar o retorno desse sujeito à sociedade como protagonista desafiante, com vistas que ter um ente com doença mental
                    ainda é estigmatizante. Porém os processos de interdição vistos na unidade é solicitado com vistas a conseguir receber benefícios/
                    aposentadorias, porem nem sempre as famílias se enquadram nos valores pré-requisitados para solicitar, resultando na interdição
                    civil do familiar e o não recebimento, ou seja, a interdição civil aumenta consideravelmente os níveis de transtorno mental, pois o não
                    poder responder por si, se representar enquanto ser social inserido em sociedade que exclui o diferente, dificultando o tratamento nas
                    unidades alternativas pela alienação provocada pela interdição, pois o não responder por si dificulta as tomadas de decisões, onde
                    na unidade é realizado atividades que devolvem aos poucos a esses sujeitos a possibilidade de falar, ser escutado e respeitado suas
                    vontades, frente as suas necessidades e autoconhecimento de si, enquanto adoecido mentalmente, mas possível de ser atendido
                    e reinserido na sociedade possibilitando tentativa de emancipação social do sujeito interdito em saúde mental. Esse processo de
                    exclusão social trabalhado no CAPS II visa minimizar as mazelas de séculos do adoecimento mental e propiciar ao paciente melhor
                    qualidade de vida e dignidade a pessoa interditada.
                    Referências: MEDEIROS, Maria Bernadette de Moraes. Interdição civil: uma exclusão oficializada? In Revista Virtual Textos & Contextos, nº 5, nov. 2006.
                    Acesso junho 2017 MEDEIROS, Maria Bernadette de Moraes. Interdição civil: proteção ou exclusão social?/ Maria Bernadette de Moraes Medeiros. – São
                    Paulo: Cortez, 2007.
                    Palavras-chave: Interdição civil. Adoecimento mental. Reinserção social.




                Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde      TRABALHO 154

                  O traçado do perfil das missões do aeromédico base Cascavel/PR:
                  atuação da enfermagem


                  AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Coldebella  |  AUTORES: Liandra Kasparowiz Grando; Franciele Foschiera Camboin; Renata Bagnara
                  Lazzarini; Dyeison de Souza  |  INSTITUIÇÃO: SESA - Rede Paraná Urgência  |  Cascavel - PR

                    O serviço aeromédico base Cascavel, teve seu início em 22 de janeiro de 2014 em parceria entre o Governo do Estado do Paraná
                    (Rede Paraná Urgência) com o Serviço de atendimento Móvel de Urgência (SAMU), atendendo a três milhões de habitantes em 171
                    municípios do Paraná (IBGE, 2010). As missões são realizadas por uma aeronave asa rotativa (helicóptero) com conjunto aeromédico,
                    equipamentos, materiais e medicamentos conforme normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) (BRASIL,
                    2006).  A operacionalização  do serviço  é realizada  pelo  Consórcio  Intermunicipal  Samu Oeste (CONSAMU) que direciona através
                    da Central de Regulação a utilização da aeronave. Médicos intervencionistas do SAMU e enfermeiros do Estado (Paraná Urgência)
                    compõem a equipe de bordo do serviço. O alto risco de vida dos pacientes aerorremovidos exige assistência constante de enfermagem
                    especializada, bem como os cuidados médicos para atendimento de pacientes críticos (GENTIL, 1997). Neste contexto, o papel do
                    enfermeiro de bordo é imprescindível levando em consideração que a equipe trabalha na multidisciplinaridade em prol da qualidade
                    de  vida  do  paciente  e  assim,  consegue  exercer  suas  atribuições  de  forma  funcional  e otimizada  (BRASIL,  2010).  Para  direcionar
                    ações de enfermagem de capacitação e atuação foram traçados o perfil das missões nos 943 atendimentos realizados em tres anos
                    de serviço. Quanto ao gênero 560 masculinos e 383 femininos, compreendendo as faixas etárias: neonatal 155, pediátrico 108,
                    adultos 329 e idosos 351. A classificação por patologias: causas externas 181, cardiovasculares 224, neonatais 155, respiratórias
                    139, neurológicas 103, sistema digestório endócrino e renal 63, sistema circulatório e infectologia 42, oncologia 24 e obstétrica 12.
                    Quanto a gravidade 406 pacientes necessitavam de ventilação mecânica, 390 em uso de sedação, 208 com droga vasoativa e 407
                    apresentavam Glasgow abaixo de 7. A maior parte dos atendimentos foi de remoção de pacientes de regiões de recursos médicos
                    escassos e pouco especializados para centros de referência. Após esse levantamento foi possível o desenvolvimento de ações voltadas
                    à educação continuada da equipe auxiliando na sistematização dos recursos em prol da clientela atendida. Acreditamos que estudos
                    que possibilitem conhecer experiências acerca do atendimento aeromédico podem apontar para alternativas relevantes na qualidade
                    da assistência, bem como impulsionar ações de prevenção transformando a realidade.
                    Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção à Saúde Especializada.Regulação Médica  das
                    Urgências. Ministério da Saúde. Brasília: Editora Ministério da Saúde, 2006. 126p.: il BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes e Protocolos de Atendimento
                    Aeromédico. Brasília, 2010.
                    Palavras-chave: Aeromédico; enfermagem; educação continuada.



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