Page 65 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
P. 65
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 212
Experiência do trabalho em rede com usuários com condições
crônicas atendidos em Consórcio Público Intermunicipal de Saúde
do Setentrião Paranaense
AUTOR PRINCIPAL: Sylmara Bessani Paixão Zucoloto | AUTORES: André Juliano Sacchi, Beatriz Helena Catto Gomes, Carolina Borges
Capristo, Francielle Renata Danielli Martins | INSTITUIÇÃO: CISAMUSEP | Maringá - PR
Caracterização do Problema: A Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) são doenças crônicas de alta prevalência com
impacto econômico mundial (BRASIL, 2005). Neste contexto, a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná publicou, em 2014, as Linhas
Guias de Hipertensão e Diabetes para aprimorar ações no controle glicêmico e níveis pressórico. Neste trabalho, apresenta-se o projeto-
piloto de implantação do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) desenvolvido pelo Consórcio Público Intermunicipal de Saúde
do Setentrião Paranaense (CISAMUSEP). Fundamentação Teórica: As doenças cardiovasculares correspondem a 31% do total de óbitos
no BRASIL (BRASIL, 2005). Diante disso, apresenta-se um modelo de atendimento que integra a atenção primária e secundária, estratifica a
população por riscos e realiza o manejo, com ênfase no autocuidado apoiado e pactuando ações para melhoria da saúde do usuário (MENDES,
2012). Descrição da Experiência: Iniciou-se o trabalho em 01/10/2014 com duas Unidades Básicas de Saúde, estratificando pacientes
e encaminhando ao CISAMUSEP somente os de alto ou muito alto risco. No dia agendado, o paciente passa por um fluxo de consultas com
equipe multiprofissional: assistente social, cardiologista, endocrinologista, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo
e terapeuta ocupacional. A equipe avalia o usuário, pactua metas e as descreve num Plano de Cuidados, entregue ao paciente ao final
dos atendimentos, para que seja executado pela Atenção Primária à Saúde (APS). Atingindo-se as metas, é elaborado um Relatório de
Estabilização multiprofissional, destinado à APS para manutenção dos cuidados. Efeitos alcançados: Até 03/05/2017, o MACC ampliou-se
para 21 UBSs, atendendo 735 usuários, sendo 306 (42%) com HA, 161 (22%) com DM e 268 (36%) com as duas comorbidades. As metas
estabelecidas nas Linhas Guias foram a Hemoglobina Glicada (HbA1c) <9%, a Pressão Arterial Sistólica (PAS) <140 mmHg e Pressão Arterial
Diastólica (PAD) <90 mmHg. Dos 340 hipertensos avaliados para PAS e PAD, atingiram a meta de PAS 248 (72,9%) e PAD 311 (91,4%) na
última aferição. Dos 209 diabéticos avaliados pela HbA1c, 122 (58,4%) atingiram a meta. Recomendações: Evidenciou-se a melhora da
condição crônica do usuário, o estreitamento do vínculo entre APS e CISAMUSEP, o empoderamento das APSs para o manejo de DM e HA, e
a capacitação do usuário para auto gerenciar sua condição crônica. É um modelo passível de ser adotado em todo o país.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis: DCNT no contexto do Sistema Único de
Saúde brasileiro / Brasil. Ministério da Saúde – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. MENDES, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas
na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
Palavras-chave: Redes de Atenção, Condições Crônicas, Equipe Multiprofissional.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 216
Gerando saúde mental: fatores assistenciais e humanizado
AUTOR PRINCIPAL: Rubia Borsari | AUTORES: Bruno Assonsim | INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde | Boa Esperança - PR
Caracterização do Problema: Constatamos através dos atendimentos realizados pelas equipes de saúde da família, atenção básica e
Hospital local que o município de Boa Esperança possui 10% da população com algum transtorno mental, com grande sobrecarga da equipe
de saúde com alto numero de uso de psicotrópico, com vários casos de surtos psicóticos e internações em hospitais psiquiátricos. Sendo
necessário assim uma política de saúde voltada a esse publico alvo. E notamos a necessidade de ocupação e integração desses pacientes
mentais em atividades, desta forma criamos o grupo gerando saúde mental que em parceria com a Assistência Social do Município
realiza oficinas de artesanato para estes pacientes semanalmente. Fortalecendo o elo equipe e paciente e melhorando a auto estima
deste paciente, a higiene, o convívio social e familiar. Descrição da Experiência: O projeto gerando saúde mental desenvolve oficinas
artesanais semanalmente pra pacientes portadores de transtorno mental há quase 4 anos, em parceria com Assistência Social que cede a
professora de artesanato e ajuda com os materiais, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e estagiário de enfermagem, que auxiliam
nas atividades e que são desenvolvidas como pinturas de pano de prato, de toalhas, bordados, decapagem, crochê. Durante as atividades
é um momento onde eles desabafam, chora, pede ajuda para problemas. Equipe monitora e avalia o comportamento e conduta deles para
necessidade de retorno no psiquiatra ou tomar uma dose de medicação para evitar surtos. Por ser um município de pequeno porte não se
enquadra em CAPS e não possuímos NASF então este é nosso projeto terapêutico sendo uma rede realizado pela Secretaria de Saúde e
Assistência Social, que os resultados são significativos que estamos há quase 4 anos. Efeitos alcançados: Alcançamos com este projeto
terapêutico a diminuição de internações em Hospitais psiquiátricos e índice de surtos no município que era significativo que gerava um
desgaste para a equipe de saúde. Observamos que melhoramos o relacionamento social e familiar, o autocuidado e a higiene, o bem-estar
que proporciona as atividades a eles, que não faltam e ficam felizes de conseguir realizar um artesanato para presentear alguém ou para
vender. Melhorou o desenvolvimento motor de muitas que era limitado. Recomendações: Sem duvida foi um projeto que estimula a vida
social de pacientes com transtorno mentais e de seus familiares, e melhorou a politica de saúde municipal.
Referências: SOUZA Leandro A, COUTINHO Evandro S F, Fatores Associados á qualidade de vida de pacientes com esquizofrenia. Rio de Janeiro: Botafogo; 2005.
MINISTERIO DA SAUDE, 2013. CARRARA Gisleangela L R, MOREIRA Claucia M D, FACUNDES Graziela M, PEREIRA Rejiane S, BALDO Priscila Lapaz. São Paulo:
Bebedouro; 2015. MARCHEWKA, Tânia. A humanização na assistência à saúde mental no hospital geral: uma das alternativas terapêuticas da reforma psiquiátrica
garantida pelos direitos humanos. São Paulo-SP; 2007.
Palavras-chave: saúde, transtorno mentais, projeto.
65