Page 73 - 3º MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
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Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 241
Percepção dos professores quanto as atividades desenvolvidas pelo
programa saude na escola de um colégio do município de Apucarana
AUTOR PRINCIPAL: Maria Karoline Gabriel Rodrigues | AUTORES: Francieli Nogueira Smanioto e Renan Garcia Guilherme | INSTITUIÇÃO:
Autarquia Municipal de Saúde | Apucarana - PR
O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma importante ferramenta no que concerne a promoção de saúde e educação popular em saúde.
Partindo desse pressuposto o conhecimento de profissionais da saúde e educadores do âmbito escolar a cerca do PSE e da educação
em saúde, torna-se indispensável para contribuir para formação integral do aluno, no intuito de proporcionar o exercício da cidadania,
autocuidado e empoderamento, de forma que possamos ampliar os fatores de proteção e diminuir os fatores de risco, com vistas a
replicação de conhecimentos para comunidade e a redução da incidência e prevalência de doenças. O objetivo do estudo foi conhecer
a percepção de docentes do ensino fundamental da rede pública, de uma escola do município de Apucarana, com relação as atividades
desenvolvidas pelo PSE, além de reconhecer a importância de adesão ao PSE para o financiamento de ações de promoção de saúde e
educação popular em saúde. Trata-se de um estudo exploratório, qualitativo, por meio de entrevistas semi estruturadas e gravadas, com
8 docentes de um colégio municipal de Apucarana, as quais foram transcritas e analisadas segundo referencial de Bardin (2010). A partir
dos resultados obtidos foi possível observar que os professores apresentaram tempo de serviço entre 3 meses e 14 anos, com faixa etária
mais recorrente entre 40 e 49 anos. Todos os educadores disseram desenvolver alguma atividade relacionada a saúde, a maior dificuldade
levantada foi a falta de tempo e excesso de conteúdo para realização de ações voltadas a promoção de saúde. As ações da odontologia,
foi a única citada em todas as entrevistas, percebido como a ação com maior frequência e periodicidade, seguido das ações da Dengue
e Gripe. As maiores demandas estão relacionadas a oftalmologia, fonoaudiologia e psicologia. A maior dificuldade que eles encontram é a
falta de apoio dos familiares em participar ativamente do processo de aprendizagem e do seguimento no cuidado culminando com uma
falta de corresponsabilização. Ao entrevistar os professores evidenciou-se uma percepção limitada a cerca do PSE e baixa adesão, as ações
ocorrem, muitas vezes, apenas por parte de uma especialidade de assistência e os professores ainda encontram dificuldades em integrar
as ações do PSE no conteúdo programático. É indispensável uma articulação eficiente e eficaz entre educadores familiares e profissionais
de saúde, no intuito de formar indivíduos empoderados e de pensamento critico, para exercício de sua cidadania.
Referências: BRASIL. Decreto Presidencial nº 6286 de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, seção 1, p. 2, 6 dez. 2007. BRASIL. Ministério da Saúde; Ministério da Educação. Programa Saúde na Escola.
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 24. Saúde na Escola. Brasília, p. 11, 2009. PORTUGAL.
Ministério da Saúde. Despacho nº de 7 de junho de 2006. Diário da República, [S.I.], N. 110, 7 jun.2006. Programa Nacional de Saúde Escolar. BRASIL. Ministério
da Saúde. II Caderno de educação popular em saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Brasília, 2014.
Palavras-chave: Programa Saúde na Escola, Educação da população, Atenção Primária à Saúde.
Eixo temático: Políticas Públicas de Saúde; Redes de Atenção à Saúde TRABALHO 244
Paralisia cerebral e o uso da Rede de Atenção à Criança com
deficiência em uma cidade do oeste do Paraná
AUTOR PRINCIPAL: Gabrielle Freitas Saganski | AUTORES: Maria Regiane Trincaus Enfermeira, Márcia Helena de Souza Freire, Ana Paula
de Morais Barros En | INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná | Curitiba - PR
Introdução: A paralisia cerebral (PC) é caracterizada como desordens do desenvolvimento que resulta em limitações funcionais
importantes. Além de alterações motoras e problemas musculoesqueléticos secundários, crianças com PC podem apresentar perdas
sensoriais, cognitivas, perceptivas, de comunicação e de comportamento, como também, epilepsia (ROSENBAUM, 2007; MAENNER, 2016).
Em virtude da complexidade de suas necessidades de saúde, a Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência no Brasil, garante o atendimento
multiprofissional de caráter interdisciplinar à essas pessoas (BRASIL, 2013). O nascimento de uma criança com deficiência é um impacto
sobre a família, pois serão obrigados a recriar conceitos que absorva essa realidade e buscar novos caminhos para que esta criança seja
capaz de alcançar seu mais alto nível de desenvolvimento (BATISTA, FRANÇA, 2007). Assim, é possível compreender a necessidade, dos
indivíduos com PC, de uma rede de saúde articulada para assistência integral da criança e sua família. Objetivo: Enumerar os serviços
de saúde utilizados por uma criança até o diagnóstico de paralisia cerebral em uma cidade do oeste do Paraná. Método: A pesquisa foi
realizada com abordagem qualitativa, de caráter descritivo. Foram realizadas entrevistas a partir de um questionário semiestruturado com
mães de crianças com PC, em um serviço de saúde que atende pessoas com deficiência física residentes em municípios da 5° Regional
de Saúde do Paraná. Posteriormente, a coleta de dados, as entrevistas foram transcritas para melhor análise de seu conteúdo conforme
Bardin, 2011. Resultados: Foram entrevistadas 5 mães, com crianças entre a faixa da etária de um ano e seis meses a cinco anos. Os
resultados demonstraram o uso de serviços nos três níveis de atenção, no decorrer de um ano após nascimento até o diagnóstico, a saber:
UPA 24h, Hospital Geral, UBS e assistência médica especializada. Considerações finais: Mediante os resultados concluiu-se que houve
um retardamento para o diagnóstico, o que pode demonstrar despreparo profissional para que o diagnóstico seja oportuno, e ausência
de informações organizadas nas diversas esferas de atenção dos serviços, sobre a rede de assistência as pessoas com deficiência. Mais
estudos são necessários sobre essa temática para que a prática profissional da enfermagem, e de outras áreas da saúde, seja reorientada
e haja maior promoção da qualidade de vida às crianças com paralisia cerebral e seus cuidadores e familiares.
Referências: BARDIN, L. Análise de conteúdo: a visão de Laurence Bardin. São Paulo: Edições 70, 2011. BATISTA, S. M., FRANÇA, R.M. Família de pessoas com
deficência: Desafios e superação. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, v. 3, n. 10, p. 117-121, 2007 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Diretrizes de atenção à pessoa com paralisia cerebral. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. MAENNER,
M.J., et al. Prevalence of cerebral palsy and intellectual disability among children identified in two U.S. National Surveys, 2011–2013. Annals of Epidemiology. 2016.
ROSENBAUM, P. et al. A report: the definition and classification of cerebral palsy. Developmental medicine & Child Neurology. Washington, 2007.
Palavras-chave: Pediatria; Paralisia Cerebral; Rede de Assistência a Saúde.
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