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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Caracterização dos Acidentes de Trabalho Graves no Município de Vera Cruz do Oeste
                 – PR

                 Autores: ITACIR ZINN MOSTARDEIRO; Sueli Alexandre; Daniela Lopes Ribeiro; Marlei dos Reis Vitorino; Ivete Gonzatto Tomasin.
                 Instituição: Secretaria Municipal de Saúde
                 Palavras-chave: Saúde; Vigilância dos acidentes; Prevenção.
                 Introdução: Os acidentes de trabalho atraem um olhar importante da saúde pública em todo o Brasil e no mundo. Segundo
                 dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), anualmente 2,3 milhões de pessoas morrem e 300 mil ficam feridas em
                 decorrência dos acidentes de trabalho. Identificar quem são esses trabalhadores em nosso território e as causas dos acidentes,
                 poderá dar suporte às equipes de saúde para o planejamento das ações a fim de diminuir esses agravos. Objetivos: O objetivo
                 deste trabalho foi caracterizar os Acidentes de Trabalho Graves (ATG) no município de Vera Cruz do Oeste – PR. Método: Foi
                 realizado estudo transversal retrospectivo, de janeiro/2015 à dezembro/2017, avaliando dados de 43 notificações do Sistema
                 de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultado: Os resultados obtidos em relação ao perfil epidemiológico dos
                 ATG foram: 81 % dos indivíduos eram do sexo masculino, a faixa etária mais acometida foi de 31 a 40 anos (30,23%). Sobre o
                 mercado de trabalho os empregados registrados prevaleceram com 46,51%, os ramos de atividades onde mais ocorreram os
                 acidentes foram na Construção Civil (32,56%) seguida da Agricultura e pecuária (16,28%). Na descrição das lesões dos acidentes,
                 as fraturas foram 22%, amputações 9% e esmagamentos 3%. As causas das lesões variam, sendo quedas no mesmo nível em
                 áreas industriais e em construção 3% e apertos, colhimento, compressão ou esmagamento dentro de ou entre objetos em áreas
                 industriais e em construção 3%. As partes mais atingidas do corpo foram: mãos com 54,55%, membros superiores com 13,64%
                 e membros inferiores com 11,36%. A incapacidade temporária dos trabalhadores foi gerada em 100% dos ATG. Conclusão: A
                 partir deste trabalho conclui-se que os acidentes com maior frequência ocorreram com homens, a faixa etária foi entre 31 a 40
                 anos, com maior ocorrência na Construção Civil e na Agricultura e Pecuária. As fraturas prevalecem, seguidas das amputações,
                 sendo que as mãos e os membros superiores são os mais atingidos. As causas mais frequentes dos acidentes são as quedas
                 de mesmo nível, apertos, colhimentos, compressão ou esmagamento dentro ou entre objetos. Todos os ATG resultaram perda
                 de incapacidade temporária. Portanto, a contínua vigilância dos acidentes de trabalho deve ser efetivada como uma importante
                 ação em saúde direcionada para as atividades com maior ocorrência, aqui evidenciada com trabalhadores da Construção e
                 Agricultura e Pecuária, com foco na prevenção deste agravo.



                 Caracterização dos Nascimentos no Paraná entre 2011 a 2016.

                 Autores: SABRINA DE FREITAS CASTRO; Dora Yoko Nozaki Goto; Suzana Elisa Viecili Togame; Viviane Serra Melanda; João Luis Gallego
                 Crivellaro. Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Secretaria da Saúde.
                 Palavras-chave: Nascido vivo; Sistema de Informação; Avaliação em Saúde.
                 Introdução: O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), foi criado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de
                 coletar dados sobre os nascimentos informados em todo território nacional e fornecer dados sobre natalidade para todos
                 os níveis do Sistema de Saúde e possibilita, também, a construção de indicadores úteis para o planejamento de gestão dos
                 serviços de saúde. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos nascimentos, segundo características sócio demográficas
                 entre 2011 a 2016 no Paraná. Método: Estudo descritivo dos nascimentos registrados no Sinasc do Estado do Paraná, das
                 características  sócio  demográficas  nos  triênios  2011-2013  e  2014-2016.  Análise  da  frequência  e  variação  percentual  de
                 nascimentos  por  macrorregiões  de  saúde  (Norte,  Noroeste,  Leste  e  Oeste),  e  das variáveis  maternas:  escolaridade  e  faixa
                 etária; gestação: tipo de parto, semanas de gestação; do recém-nascido: sexo e peso ao nascer entre os dois períodos. Uso
                 da ferramenta Tabwin e programa Excel. Resultado: Do total de 938.580 nascidos vivos (NV) registrados entre 2011 a 2016,
                 462.664 e 475.916 foram no primeiro e segundo triênio respectivamente. A macrorregião leste (51 e 50,1%) e oeste (17,5 e18,1%)
                 apresentaram o maior percentual de NV, Macro-Leste e Norte apresentaram redução (1,5 e 0,7%) e aumento na Macro-oeste
                 e noroeste (3,3 e 2,0%) entre os períodos. Quanto às características maternas: a maioria apresentou escolaridade entre 8 a 11
                 anos (>50%) com aumento de 6,3%, redução de 30% das mães sem escolaridade e de 25,4% das mães adolescentes. Cerca de
                 70% dos nascimentos ocorreram na faixa etária de 20 a 34 anos, e na maioria branca (51,8 e 75,9%) com aumento de 46,5%. Em
                 relação ao tipo de parto seguiram muito próximos de 62% para cesáreas e 38% vaginais. Em torno de 64% dos recém-nascidos
                 apresentaram peso ao nascer entre 3000 a 3999kg, 87% com idade gestacional entre 37 a 41 semanas e 51% no sexo masculino,
                 características que se mantiveram estáveis nos dois períodos. Conclusão: A análise dos nascimentos no período proporcionou
                 a verificação de avanços e desafios das políticas públicas implantadas na atenção pré-natal, a gestante e ao recém-nascido,
                 indicando características onde há necessidade de maior atenção.



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