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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Avaliação Microbiológica da água para Consumo Humano em Fronteira Brasileira -
                 Foz do Iguaçu

                 Autores: DIEGO AVERALDO GUIGUET LEAL; Gustavo Strieder Scherer; Neide Martins Moreira. Instituição: Universidade Federal do
                 Paraná
                 Palavras-chave: Pseudomonas; bactérias indicadoras; Foz do Iguaçu
                 A  vigilância  da  qualidade  da  água  é  essencial  para  garantir  a  inexistência  de  contaminação  em  algumas  das  etapas  do
                 abastecimento (fonte, tratamento e distribuição), uma vez que, a veiculação de microrganismos, pode levar a contaminação em
                 larga escala de surtos de doenças detectáveis ou não. Em alguns casos, até mesmo o baixo nível de contaminação, de forma
                 contínua pode levar a esporádicos e significativos casos de doenças. Em vista disso, pesquisas que contemplem dados acerca
                 da veiculação e distribuição de bactérias em Estações de Tratamento de Água (ETA) e em Centros Municipais de Educação
                 Infantil (CMEIs) são importantes, englobando diferentes fontes de água, como bruta e tratada. O objetivo do presente trabalho
                 foi: avaliar a qualidade da água destinada ao consumo humano em Foz do Iguaçu (região de fronteira) antes e após o tratamento
                 efetuado por duas ETAs e em CMEIs quanto ao aspecto microbiológico por um período de seis meses (Novembro de 2017 até
                 Abril de 2018). Para os ensaios microbiológicos visando a detecção de Enterococcus spp, Pseudomonas aeruginosa, coliformes
                 totais e fecais, utilizou-se a técnica de sUBStrato cromogênico de acordo com os procedimentos descritos no STANDARD
                 METHODS. Ao todo, foram coletadas e analisadas 24 amostras de água (12 brutas e 12 tratadas) das ETA e 36 amostras dos CMEIs.
                 Foram detectadas a presença de bactérias patogênicas e indicadoras de contaminação fecal em aproximadamente 92,0%
                 das amostras de água bruta, dentre estas, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus spp., e Escherichia coli. Em apenas uma
                 amostra de água tratada isolou-se Enterococcus spp., representando 8,0% (1/12) do total amostrado. Além disso, foram isolados
                 microrganismos em 19,0% (7/36) das amostras coletadas de CMEIs (água tratada), sendo eles: Pseudomonas aeruginosa (n=1),
                 fungos (n=2), Coliformes totais (n=2), Escherichia coli (n=1) e Enterococcus spp. (n=1). Os resultados denotam ampla distribuição
                 de bactérias em água bruta e, contaminação importante em água destinada ao consumo humano, especialmente em CMEIs.
                 Ressalta-se a necessidade de monitoramento microbiológico da água a ser ofertada à população e da adoção de medidas
                 corretivas para garantia da saúde da população de fronteira.




                 Avaliação Situacional do Risco Radiológico em Estabelecimentos Veterinários no
                 Município de Ponta Grossa

                 Autores: KARLA LIZANDRA CHALÓ DOS SANTOS; Vilmara Aparecida Sassi; Juliana Batista Melo; Tatiane Traczykowski; Patrick
                 Westphal. Instituição: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa- Vigilância Sanitária

                 Palavras-chave: veterinária ;proteção radiológica; gestão de risco
                 Foram realizados acompanhamentos em fiscalizações em estabelecimentos veterinários, os quais prestam serviços radiológicos.
                 Atualmente existem 07 estabelecimentos veterinários com equipamentos de raios X, entre eles aparelhos fixos e móveis. As
                 inspeções sanitárias, assim como, a avaliação do risco radiológico dos estabelecimentos, são baseadas no Código de Saúde
                 do Paraná e na Portaria/MS/SVS nº 453/98, sendo este o único regulamento nacional de proteção radiológica aplicada na área
                 de radiodiagnóstico. No entanto, a portaria citada regulariza as diretrizes básicas de proteção radiológica no radiodiagnóstico
                 médico e odontológico, dificultando as ações pela Vigilância Sanitária sobre os estabelecimentos veterinários que possuem o
                 serviço de radiodiagnóstico. Constatou-se que 57,1% dos estabelecimentos não faziam o uso de dosímetros, sendo que através
                 realizado o monitoramento e a quantidade de raios ionizantes que o profissional é exposto, pois a dose não pode ultrapassar
                 20 mSv mensalmente. Referente ao levantamento radiométrico 57,1% não apresentaram o laudo, é importante a realização do
                 mesmo, pois através dele se determina a área que deverá ser baritada. Quanto à utilização de óculos plumbífero, verificou-
                 se que 85,7% dos estabelecimentos veterinários não usavam o equipamento de proteção, o mesmo protege o cristalino dos
                 olhos, a não utilização pode acarretar sérios problemas nos olhos, como catarata. Observado em 71,4% não utilizavam luvas
                 plumbíferas deixando exposta a epiderme, a qual faz grande absorção de raios ionizantes podendo resultar em queimações.
                 Ressalta-se que a radiologia e diagnóstico por imagem cada vez mais estão sendo utilizados na medicina veterinária, são áreas
                 promissoras que encontram-se em evolução, aumenta a preocupação no uso indiscriminado das fontes de radiação pelos
                 médicos veterinários e auxiliares. A exposição à radiação ionizante é um perigo potencialmente grave à saúde no trabalho.
                 A finalidade deste foi relatar que não há legislação vigente, quanto às diretrizes básicas de proteção radiológica na medicina
                 veterinária. Portanto, faz-se necessária a formulação de uma norma específica que atenda, supra e ampare os profissionais que
                 trabalham com radiação ionizante.


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