Page 262 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Aumento das Doações e Transplantes de órgãos no Estado do Paraná: um Estudo de
Séries Temporais
Autores: ROSANA ROSSETO DE OLIVEIRA; Cristiane de Azevedo Druciak; Ivi Ribeiro Back. Instituição: Universidade Estadual de
Maringá
Palavras-chave: Transplante de órgãos; Coleta de tecidos e órgãos; Vigilância em saúde.
Introdução: A doação e o transplante de órgãos são processos complexos que dependem da confiança da população no
sistema de saúde e do comprometimento dos profissionais envolvidos na triagem de potenciais doadores e na captação dos
órgãos. O Brasil é o segundo país do mundo com maior prevalência de transplantes, e o Paraná está entre os estados com
o maior número de doações efetivas do país. Objetivo: Analisar a tendência das taxas de potenciais doadores, de doadores
efetivos e tipos de órgãos transplantados por milhão da população (pmp), no estado do Paraná. Método: Estudo longitudinal, de
séries temporais, dos registros das taxas de doadores efetivos, potenciais doadores e tipos de órgãos transplantados no estado
do Paraná, no período de 2008 a 2017. Para a análise de tendência utilizou-se o modelo de regressão polinomial. Resultado:
A taxa de doadores efetivos do Paraná aumentou em média 2,95 ao ano (r2=0,94), passando de 6,4 em 2008 para 38,0 em
2017, com um aumento percentual de 14% em 2017. Quanto às notificações de potenciais doadores, houve aumento médio
de 6,75 ao ano (r2=0,94), chegando a 98,8 potenciais doadores pmp no último ano de estudo. Em relação aos tipos de órgãos
transplantados, destaca-se o transplante de córnea que apresentou redução das taxas anuais, passando de 97,2 em 2008
para 79,1 em 2017, mas sem tendência de queda significativa (p=0,081). Houve aumento dos transplantes de rim (+2,52 pmp
ao ano), fígado (+1,63), pâncreas (+0,25) e coração (+0,18). Conclusão: Houve aumento das doações efetivas, de notificações
e do transplante de rim, fígado, pâncreas e coração no Paraná, com redução apenas do transplante de córnea. Para manter
o crescimento e obter melhores resultados, é necessário intensificar ações de conscientização da população e melhorar o
processo de captação de órgãos, respeitando as especificidades e disparidades de cada região do estado.
Avaliação da Subinformação de óbitos Maternos do Sistema de Informação Sobre
Mortalidade no Paraná
Autores: PAULA ROCHA SILVA; Acácia Nasr; Dora Yoko Nozaki Goto; Anna Christinne Feldhaus Lenzi Costeira; Viviane Serra Melanda.
Instituição: Secretaria da Saúde do Paraná
Palavras-chave: Mortalidade Materna; Epidemiologia; Causa Básica de Morte
Introdução: “A subinformação resulta do preenchimento incorreto das declarações de óbito, e ocorre quando se omite que a
morte teve causa relacionada à gestação, ao parto ou ao puerpério. Isto ocorre pelo desconhecimento dos médicos quanto ao
correto preenchimento da Declaração de Óbito (DO), e dos codificadores de Causa Básica quanto as regras de codificação de
óbito materno. Objetivo: Avaliar a subinformação dos Óbitos Maternos do Estado do Paraná por regional de saúde entre 2011 e
2016. Método: Estudo descritivo, quantitativo da subinformação dos óbitos maternos registrados no Sistema de Informação de
Mortalidade de mulheres residentes no Estado do Paraná nos triênios 2011-2013 e 2014-2016 por regional de saúde. Foi avaliado
a variação percentual da subinformação a qual após investigação foram alterados para causa básica no CID 10 relacionada à
gestação, ao parto ou ao puerpério. Resultado: Foram avaliados 424 óbitos no período de 2011 a 2016, sendo 203 entre 2011 e
2013, e 221 óbitos entre 2014 e 2016. No período de 2011 a 2013, 132 óbitos foram declarados e 71 óbitos foram subinformados. No
período de 2014 a 2016, 144 óbitos foram declarados e 77 subinformados. Observou-se percentual expressivo de subinformação
de óbitos maternos no SIM, 34,8% no triênio 2011-2013 e 35% no triênio 2014-2016, representando um aumento de 0,5%. Com
relação a comparação das regionais de saúde nos dois triênios, 14 (63,6%) apresentaram aumento de casos de subinformação
de óbitos maternos no triênio de 2014 a 2016 e oito (36,3%) tiveram redução. Conclusão: O estudo demonstra a importância da
investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), pois esta é uma das ferramentas utilizadas para detecção
de subinformações de óbitos maternos. Mediante a investigação pode-se chegar a confirmar ou descartar um óbito materno
e consequentemente realizar correções que se fazem necessárias nos diversos campos da DO, desta forma, qualificando o
banco de dados da Mortalidade. Um banco fidedigno possibilita realizar estudos que sUBSidiem políticas públicas para intervir
na redução da Mortalidade Materna, que é um dos indicadores de qualidade da atenção à saúde da mulher.
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