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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Avaliação de Testagem Rápida para HIV em um Projeto de Intervenção Itinerante em
                 Foz do Iguaçu


                 Autores: GUSTAVO STRIEDER SCHERER; Maria Juraci Menegueti; Franciele Carline Spohr. Instituição: Secretária de Estado da Saúde do
                 Paraná

                 Palavras-chave: Vigilância em saúde; Testagem rápida; Itinerante.
                 O Brasil convive há anos com a AIDS. É também um país que devido à implantação bem sucedida de políticas públicas para
                 prevenção,  controle  e  tratamento  do  HIV/AIDS,  ao  longo  dos  anos,  se  tornou  referência  mundial  no  combate  à  epidemia.
                 Atualmente  as  políticas  relacionadas vêm  enfrentando  dificuldades  para  atingir  certos  grupos  populacionais,  ou  populações
                 chave, que se encontram em situação de maior vulnerabilidade. O objetivo do projeto foi ofertar testes rápidos de HIV para a
                 População Chave, definada como sendo gays jovens e homens que fazem sexo com homens (HSH), bem como, acompanhar
                 e facilitar o usuário no atendimento à saúde (LINKAGEM). O CDC e a FIOCRUZ fizeram parceria com SESA/PR, e através da 9ª
                 Regional de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde do município de Foz do Iguaçu, realizaram um projeto de testagem itinerante,
                 na cidade de Foz do Iguaçu, no período de Agosto à Dezembro de 2016. Para tanto, focalizou ações nas populações de maior
                 vulnerabilidade para evitar novas infecções, realizou diagnóstico precoce através da testagem rápida para HIV e vinculou os
                 diagnosticados ao tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto se desenvolveu a partir da abertura oficial do projeto
                 “A Hora é Agora - Testar nos deixa mais fortes”, realizada no dia 05 de Agosto de 2016, no centro da cidade de Foz do Iguaçu/PR.
                 Os locais de testagem foram definidos a partir do maior fluxo de pessoas da população em estudo, sendo que a equipe realizou
                 atividades em praças, universidades, penitenciária e pontos específicos. Em tal período foram realizados 927 testes, destes, 138
                 foram na população chave, correspondendo a aproximadamente 15% da população testada. Além disso, um total de 11 (onze)
                 testagens, 8% (oito porcento) apresentaram-se reagentes para o vírus HIV, os mesmos aceitaram o acompanhamento durante o
                 tratamento médico. Tal projeto apresentou como benefícios a testagem de uma parcela importante dos HSH que não procura
                 os serviços da rede pública de saúde, além disso, ofereceu aconselhamento e teste rápido em locais móveis, alternativos e em
                 horários diferenciados. O presente projeto de intervenção constatou que a priorização do diagnóstico precoce do HIV por meio
                 da combinação, intensificação e concentração das abordagens em uma localidade alvo maximizou ações adequadas para a
                 heterogênea população de HSH.


                 Avaliação dos Indicadores de Aleitamento Materno e Alimentação Complementar entre
                 Crianças de 6 a 23 Meses no Município de Colombo, PR

                 Autores: MILENA SCHARDONG; Claudia Choma Bettega Almeida; Nadia Rafaela dos Santos; Larissa Ferreira Nunes; Gyl Felype Queiroz.
                 Instituição: Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: aleitamento materno; alimentação complementar; indicadores
                 A  alimentação  nos  primeiros  anos  de vida  é  fundamental  para  a  saúde  da  criança. A  Organização  Mundial  da  Saúde  (OMS)
                 recomenda que o aleitamento materno seja de forma exclusiva até os seis meses e continue até dois anos ou mais, visto que
                 o leite materno garante os nutrientes necessários para o desenvolvimento. A partir dos seis meses, a amamentação deve ser
                 complementada  com  a  introdução  de  alimentos  saudáveis,  que  além  de  suprir  as  necessidades  nutricionais,  contribui  para
                 formação dos hábitos alimentares adequados. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores de aleitamento
                 materno e alimentação complementar proposto pela OMS no município de Colombo, PR. Trata-se de um estudo transversal
                 e analítico com 143 crianças de 6 a 23 meses, acompanhadas de suas mães, em 18 Unidades Estratégia Saúde da Família do
                 município de Colombo (PR). A coleta de dados ocorreu no período de agosto a dezembro de 2017, no qual se obtiveram dados
                 sociodemográficos, de aleitamento materno e alimentação da criança referente ao dia anterior. A maioria das crianças (95,8%)
                 foram alguma vez amamentadas e 85,5% foram colocadas para mamar na primeira hora de vida. A prevalência de aleitamento
                 materno exclusivo em menores de seis meses foi de 20,3%, considerada ruim pelos parâmetros da OMS. A duração do aleitamento
                 materno foi de apenas nove meses, classificada como muito ruim. A continuidade da amamentação com um ano e com dois anos
                 foi de 40,5 e 33,3%, respectivamente. A prevalência do uso de mamadeira também foi classificada como muito ruim (76,9%). Cerca
                 de 50% das crianças foram amamentadas em idade apropriada. Quanto à alimentação complementar, a totalidade das crianças
                 do estudo atendeu ao indicador Introdução:de alimentos sólidos ou pastosos, 87,4% das crianças apresentavam diversidade
                 mínima da dieta, 92,3% frequência mínima das refeições, 82,5% dieta mínima aceitável e apenas 1,4% não consumiam alimentos
                 ricos em ferro e fortificados. Entre as crianças não amamentadas, cerca de dois terços apresentaram frequência de refeições
                 lácteas, como recomendado pela OMS. Através destes resultados, nota-se que a maioria dos indicadores de aleitamento materno
                 apresentaram baixas prevalências, enquanto os indicadores de alimentação complementar apresentaram frequências elevadas.
                 Portanto podemos concluir que há uma maior adequação em relação aos indicadores de alimentação complementar, quando
                 comparados aos de aleitamento materno.


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