Page 260 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Aspectos Contribuintes para Casos de Emergências Médicas Domiciliares entre
Idosos Brasileiros
Autores: LOHANA THAYNA DE SOUZA PROCHNO; Camila Zanesco; Danielle Bordin; Celso Bilynkievycz dos Santos; Cristina Berger
Fadel. Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Interdisciplinariedade; Saúde dos Idosos; Emergência domiciliar
Introdução: Uma imponente questão responsável por inúmeras preocupações por parte da população idosa, assim como
dos gestores de serviços de saúde são as emergências médicas domiciliares, as quais requerem reconhecimento e cuidados
imediatos, por se tratar de situações que expõem o indivíduo a riscos. Objetivo: Objetivou-se reconhecer os fatores contribuintes
para emergências médicas domiciliares de idosos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2013). Método: Estudo
transversal, quantitativo, utilizou-se dados originários da PNS-2013. A variável desfecho ‘Emergência domiciliar’ resultou da
questão: Nos últimos 12 meses, teve atendimento de emergência no domicílio?. Na fase de pré-exploração dos dados foram
elencadas 57 variáveis independentes. Todas as variáveis passaram por tratamento, e balanceamento das classes. Aplicou-
se o teste de redução de dimensionalidade, adiante, as variáveis independentes que apresentaram relação com a variável
desfecho, foram submetidas a avaliação por meio da regressão logística. Resultado: Das 57 variáveis independentes do estudo,
apresentaram forte relação com a variável desfecho: ‘autopercepção da condição de saúde geral’; ‘deixou de realizar quaisquer
de suas atividades habituais por motivo de saúde’; ‘dificuldade para administrar as finanças, ir ao médico e sentar ou levantar
da cadeira sozinho’;‘procura o mesmo serviço de saúde quando precisa de atendimento de saúde’; ‘internação no último ano’;
‘frequência de consulta no último ano’. Do total de idosos investigados, 56% avaliaram a situação de saúde como negativa, 11%
foram impedidos de executar atividades habituais por problemas relacionados à própria saúde, 13% apresentaram dificuldade
na administração das próprias finanças, 24% em ir ao médico sozinho e 8% em sentar-se ou levantar-se da cadeira sem auxílio.
Limitações que elevaram em, respctivamente, 2.00, 1.66, 1.71, 2.10 e 1.67 vezes as chances de necessitar de atendimento
emergencial. Conclusão: Conclui-se através do achados a real necessidade de investimentos no campo da saúde, focados na
promoção e prevenção da saúde do público idoso.
Assistência Pré-natal na Prevenção da Transmissão Vertical da Sífilis em Município da
Região Sul do Brasil
Autores: CAROLINY STOCCO; Erildo Vicente Müller; Pollyanna Kássia de Oliveira Borges; Natália Galvão; Giovana de Fátima Simões.
Instituição: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa - Secretaria Municipal de Saúde / Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Palavras-chave: Sífilis congenital; Cuidado pré-natal; Práticas interdisciplinares
Introdução: Entre os anos de 2007 a 2017 foram notificados 48 casos de sífilis congênita em residentes no município de Ponta
Grossa – PR. A incidência da doença demonstrou aumento durante o período, sendo 0,00/1.000 nascidos vivos em 2007 e
2,65/1.000 nascidos vivos em 2017, a qual foi a maior incidência na série histórica. Objetivo: Analisar a assistência pré-natal e
a ocorrência de casos de sífilis congênita em nascidos vivos residentes no município de Ponta Grossa nos últimos dez anos.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com dados sobre sífilis congênita em residentes no município de Ponta Grossa -
PR notificados entre os anos de 2007 a 2017 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN Net). Foram incluídos
os casos de sífilis congênita cuja evolução foi um desfecho favorável (“vivo”) ou desfavorável (“óbito por sífilis” e “óbito por outras
causas”). Após, foi realizado relacionamento do banco de dados (linkage) de sífilis congênita do SINAN Net com o Sistema
de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Esse estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Ponta Grossa e aprovado sob o parecer nº 2.305.861 em 29/09/2017. Resultado: A amostra foi composta por 27
casos de sífilis congênita, sendo que 85,19% (n=23) tiveram evolução para desfecho favorável, e os demais tiveram evolução com
desfecho desfavorável para óbito por sífilis congênita e óbito por outras causas, representando 7,41% (n=2) em cada categoria.
Em 66,67% (n=18) dos casos não foi realizado o tratamento de sífilis durante a gestação e, em 29,63% (n=8) o tratamento da
gestante foi inadequado. E ainda, 88,89% (n=24) dos parceiros não foram tratados concomitantemente a gestante. Com relação
à assistência pré-natal, em 59,26% (n=16) dos casos a gestante realizou 7 ou mais consultas de pré-natal, 29,63% (n=8) realizaram
entre 1 a 6 consultas e 11,11% (n=3) não realizaram o pré-natal. Dentre as gestantes que realizaram entre 1 a 6 consultas de pré-
natal, em 62,50% (n=5) a gestação teve duração maior que 37 semanas e destas, 37,50% (n=3) iniciaram o pré-natal após o 3º mês
de gestação. Conclusão: Verificou-se que a captação precoce da gestante, bem como o diagnóstico oportuno e o tratamento
adequado da gestante e parceiro sexual poderá contribuir para a redução dos casos de transmissão vertical da doença por
meio de intervenções interdisciplinares da equipe de saúde.
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