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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Avaliação das Boas Práticas na Rede de Frio de Produtos Cárneos em Supermercados:
                 um Suporte para Ação da Vigilância Sanitária


                 Autores: ANNA JULIA ZILLI LECH; Aline Tibilletti Santos do Carmo; Elizabete Balbino Javorouski; Luana Costa Lima Hildebrando Neme;
                 Marcia Oliveira Lopes. Instituição: Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: Rede de frio; Alimentos Seguros; Vigilância Sanitária
                 As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) são causados na maioria por produtos de origem animal, conservados muitas vezes
                 em temperaturas inadequadas. A Resolução RDC nº 216/2004 da ANVISA-MS, que abrange os supermercados, estabelece que
                 alimentos refrigerados devem estar armazenados em temperatura de até 5ºC e, para os congelados, o mínimo é de -18ºC, a
                 fim de minimizar os riscos de sobrevivência bacteriana. Objetivou-se avaliar a adequação das boas práticas em supermercados
                 no município de Piraquara-PR relacionadas à rede de cárneos. Foi realizado estudo exploratório descritivo, no universo de 19
                 estabelecimentos classificados como supermercados, sendo elaborado e aplicado checklist com itens para avaliar as condições
                 higiênico-sanitárias dos equipamentos e realizada a frequência relativa dos valores. A temperatura ambiental nos equipamentos
                 foi  aferida  com  termômetro  infravermelho  em  três  pontos  aleatórios,  onde  se  utilizou  como  resultado  a  média  simples  dos
                 valores. No total, foram avaliados 172 equipamentos da rede de frio de carnes e derivados cárneos. Os principais resultados
                 evidenciaram não conformidade na rede de congelados, em que 76,55%(n=62) dos 81 equipamentos apresentaram temperatura
                 acima de -18ºC e presença de camadas de gelo superiores a 1cm em 19,75%(n=16). Em relação aos produtos cárneos resfriados,
                 destacou-se a irregularidade na conservação dos mesmos conforme dizeres no rótulo em 21,97%(n=20) dos 91 equipamentos
                 analisados. A capacidade de lotação excedida foi verificada em 13,95%(n=24) dos 172 equipamentos e observadas condições
                 para  contaminação  cruzada  em  26,16%(n=45)  do  total.  Sobre  o  uso  dos  Procedimentos  Operacionais  Padronizados  (POP)  de
                 controle de temperatura, 78,95%(n=15) dos 19 estabelecimentos não os aplicavam na recepção dos produtos e 89,48% (n=17) não
                 possuíam planilha de controle de temperatura dos equipamentos. Conclui-se que a rede de cárneos apresentou deficiências
                 desde a recepção, armazenamento e manipulação de produtos cárneos e a não conformidade na temperatura foi maior na rede
                 de congelamento. Os resultados evidenciam a necessidade de uma maior vigilância no controle de temperatura dos cárneos,
                 voltados ao cumprimento destes POP, para a garantia das temperaturas de segurança nesses produtos de maior risco biológico. A
                 adoção de boas práticas relacionadas ao controle da rede de frio em supermercados contribui para a oferta de alimentos seguros
                 à população, objeto de ação da Vigilância Sanitária de Alimentos.



                 Avaliação das Campanhas de Testagem Rápida para HIV no Município de Foz do Iguaçu

                 Autores: GUSTAVO STRIEDER SCHERER; Maria Juraci Menegueti; Franciele Carline Spohr. Instituição: Secretária de Estado da Saúde do
                 Paraná

                 Palavras-chave: Saúde Pública; Fronteira; Testagem rápida

                 No Brasil, o diagnóstico da infecção pelo HIV é regulamentado por meio da Portaria 29, de 17 de dezembro de 2013, que aprova
                 o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Uma vez diagnosticado como portador da
                 infecção pelo HIV, o indivíduo deve ser encaminhado prontamente para atendimento em uma Unidade Básica de Saúde do
                 Sistema Único de Saúde ou para um Serviço de Assistência Especializada. Este trabalho tem como objetivo descrever campanhas
                 de testagem rápida e promover o incentivo a testagem e tratamento, com enfoque na adesão precoce ao tratamento. Além disso,
                 é uma avaliação da efetividade das campanhas para testagem rápida, no município de Foz do Iguaçu, realizadas de Junho de
                 2016 à Abril de 2017. As campanhas realizadas pela Nona Regional de Saúde de Foz do Iguaçu são uma continuidade de atitudes
                 lançadas a partir de 1ºde dezembro de cada ano, em que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Para tanto, foram
                 iniciadas mediante solicitações via ofício de Universidades, Órgãos Ofíciais e Associações. Os locais foram públicos, de grande
                 circulação: praças, praias artificiais, pátio de universidades, gramadão, terminais turísticos. As ações envolveram a distribuição
                 de folder, cartazes e preservativos, assim como, repassadas orientações sobre a doença. Para tanto, a equipe era composta por
                 profissionais capacitados para realização dos testes (enfermeiras, bioquímicos e farmacêuticos), profissionais para acolhimento
                 e aconselhamento (assistente social e enfermeiro), orientadores e divulgadores (circulam pelo local) na distribuição de material
                 informativo e organização do fluxo e cadastro. O acesso ao serviço de acolhimento, aconselhamento pré teste, pós teste e
                 testagem foram livres. O número de testagem rápida, no período foco do trabalho, para HIV foi de 3.307, destes 128 (4%) obtiveram
                 resultado reagente para HIV. As testagem promoveram maior visibilidade às questões do viver com HIV/AIDS e a importância do
                 teste e o tratamento como prevenção, principalmente aos jovens. Além disso, promoveu um aumento do foco estratégico em
                 ambientes e populações prioritárias para acelerar a expansão da testagem. As campanhas foram de encontro com as metas do
                 UNAIDS/OMS, e conseguiram aumentar o número de indivíduos que conhecem seu diagnóstico, orientados para o tratamento
                 e com consequente redução da carga viral.



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