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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Ansiedade, Condição Bucal e Acesso ao Tratamento Odontológico entre Gestantes de
                 Alto Risco Atendidas na Rede Publica em Ponta Grossa

                 Autores: LUANY NAIARA CACHOROSKI HALAIKO; Márcia Helena Baldani Pinto; Milena Correa da Luz; Rayssa Mariano dos Santos.
                 Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
                 Palavras-chave: saúde materno-infantil; saúde bucal em gestantes de alto risco; qualidade da assistência em saúde.
                 Introdução:  As  variações  físicas,  hormonais,  a  preocupação  de  realizar  uma  consulta  odontológica  é  grande  dentre  as
                 gestantes, muitas vezes isso se deve a falta de informação sobre o pré-natal odontológico ou devido ao medo e ansiedade.
                 Objetivos: Identificar a relação entre ansiedade referida ao tratamento odontológico, condição bucal e acesso ao dentista entre
                 gestantes de alto risco atendidas na Rede de Atenção Materno Infantil de Ponta Grossa e cadastradas na Estratégia Saúde da
                 Família. Métodos: O desenho do estudo é transversal exploratório, com base em uma amostra de 122 gestantes. Utilizou-se
                 para coleta de dados a aplicação de questionários e exame clínico. Foram utilizados os índices CPO-D para cárie dentária, o
                 CPI para avaliação da condição periodontal, IHO-S para presença de biofilme, e a ansiedade pelo índice Dental Anxiety Scale
                 (DAS). A necessidade de tratamento foi avaliada através da estratificação de risco odontológico da Linha Guia da Rede de Saúde
                 Bucal do Estado do Paraná. Resultado: Observou-se que a maioria das gestantes de alto risco tiveram acesso a consultas
                 odontológicas, durante a gravidez. A condição bucal das gestantes encontra-se adequada, porém uma parcela necessita de
                 cuidados  e  tratamento  odontológico.  Pouco  mais  da  metade  delas  apresenta  nenhum  ou  baixo  nível  de  ansiedade  frente
                 ao tratamento odontológico. Nessa amostra observou-se uma tendência de as gestantes com maiores níveis de ansiedade
                 apresentarem maior relato de problemas bucais, piores índices de higiene, piores condições bucais e mais necessidade de
                 tratamento do que as menos ansiosas. Conclusões: Mesmo não obtendo um resultado estatisticamente elevado a ansiedade é
                 um fator relacionado aos cuidados em saúde bucal, pois as gestantes ansiosas tenderam a ter mais problemas bucais do que
                 as não ansiosas, portanto esse fator deve ser melhor investigado, em amostras maiores.



                 Antibioticoterapia Parenteral Ambulatorial (OPAT) como Ferramenta de
                 Desospitalização e de Monitoramento de Resistência aos Antimicrobianos

                 Autores: MARIANA RIBEIRO MASO LOUS; Clovis Cechinel; Graziella Holler. Instituição: Fundação Estatal de Atenção Especializada em
                 Saúde de Curitiba - FEAES

                 Palavras-chave: OPAT; resistência bacteriana; desospitalização
                 Caracterização do problema: o uso indiscriminado de antimicrobianos é um crescente problema mundial, que gera implicações
                 sérias como a resistência bacteriana. A racionalização dos antimicrobianos no Brasil teve um passo fundamental a partir da RDC
                 20/2011, no intuito de controlar o uso de antimicrobianos. Fundamentação teórica: a implantação de um programa de OPAT em
                 um serviço de atenção domiciliar é uma estratégia para controle de bactérias multi-resistentes e para o tratamento de infecções
                 relacionadas a? assistência a? saúde, que impacta no número e na duração das internações hospitalares, além de assegurar
                 favoráveis desfechos clínicos e de qualidade de vida. Descrição da experiência: a implantação do programa foi dividida em
                 três fases, sendo que a primeira consistiu na padronização dos antimicrobianos; na definição do intervalo das posologias das
                 drogas; capacitação das equipes multiprofissionais para avaliação da elegibilidade dos pacientes para OPAT; desenvolvimento
                 de  protocolos  de  manipulação  de  acessos  venoso  e  programas  de  educação  continuada  para  capacitação  contínua
                 dos profissionais envolvidos nos cuidados dos pacientes em OPAT. Na fase 2 trabalhou-se com o planejamento de ações:
                 observação do perfil epidemiológico e desenvolvimento de protocolos, estratégias para otimizar as prescrições (auditoria de
                 antibióticos, modificação do tempo de tratamento e educação continuada), evidenciar a importância da realização de culturas
                 para direcionamento dos tratamentos. Na fase 3 trabalhou-se com o gerenciamento do processo com o desenvolvimento de
                 indicadores, demonstração de resultados e dos impactos financeiros e assistenciais. Efeitos alcançados: além do benefício
                 individual, a modalidade se implementada como política de saúde pública apresenta potencialidade de otimização de recursos
                 econômicos, pois permite a melhor alocação de leitos e recursos. Estudos demonstram que o custo do paciente tratado em
                 regime de OPAT é de 40 a 75% menor que o hospitalar. O desenvolvimento do programa leva a uma melhor vigilância das
                 infeções, desenvolvimento de protocolos institucionais e revisão dos processos. Recomendações: o problema da resistência
                 bacteriana é um grande problema de saúde pública, com aumento da prevalência de germes multirresistentes. A instituição de
                 um programa de OPAT pode ser uma estratégia eficaz para redução de custos e gerenciamento das infeções, além de ser uma
                 potente ferramenta para desospitalização.



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