Page 258 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Ansiedade, Condição Bucal e Acesso ao Tratamento Odontológico entre Gestantes de
Alto Risco Atendidas na Rede Publica em Ponta Grossa
Autores: LUANY NAIARA CACHOROSKI HALAIKO; Márcia Helena Baldani Pinto; Milena Correa da Luz; Rayssa Mariano dos Santos.
Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: saúde materno-infantil; saúde bucal em gestantes de alto risco; qualidade da assistência em saúde.
Introdução: As variações físicas, hormonais, a preocupação de realizar uma consulta odontológica é grande dentre as
gestantes, muitas vezes isso se deve a falta de informação sobre o pré-natal odontológico ou devido ao medo e ansiedade.
Objetivos: Identificar a relação entre ansiedade referida ao tratamento odontológico, condição bucal e acesso ao dentista entre
gestantes de alto risco atendidas na Rede de Atenção Materno Infantil de Ponta Grossa e cadastradas na Estratégia Saúde da
Família. Métodos: O desenho do estudo é transversal exploratório, com base em uma amostra de 122 gestantes. Utilizou-se
para coleta de dados a aplicação de questionários e exame clínico. Foram utilizados os índices CPO-D para cárie dentária, o
CPI para avaliação da condição periodontal, IHO-S para presença de biofilme, e a ansiedade pelo índice Dental Anxiety Scale
(DAS). A necessidade de tratamento foi avaliada através da estratificação de risco odontológico da Linha Guia da Rede de Saúde
Bucal do Estado do Paraná. Resultado: Observou-se que a maioria das gestantes de alto risco tiveram acesso a consultas
odontológicas, durante a gravidez. A condição bucal das gestantes encontra-se adequada, porém uma parcela necessita de
cuidados e tratamento odontológico. Pouco mais da metade delas apresenta nenhum ou baixo nível de ansiedade frente
ao tratamento odontológico. Nessa amostra observou-se uma tendência de as gestantes com maiores níveis de ansiedade
apresentarem maior relato de problemas bucais, piores índices de higiene, piores condições bucais e mais necessidade de
tratamento do que as menos ansiosas. Conclusões: Mesmo não obtendo um resultado estatisticamente elevado a ansiedade é
um fator relacionado aos cuidados em saúde bucal, pois as gestantes ansiosas tenderam a ter mais problemas bucais do que
as não ansiosas, portanto esse fator deve ser melhor investigado, em amostras maiores.
Antibioticoterapia Parenteral Ambulatorial (OPAT) como Ferramenta de
Desospitalização e de Monitoramento de Resistência aos Antimicrobianos
Autores: MARIANA RIBEIRO MASO LOUS; Clovis Cechinel; Graziella Holler. Instituição: Fundação Estatal de Atenção Especializada em
Saúde de Curitiba - FEAES
Palavras-chave: OPAT; resistência bacteriana; desospitalização
Caracterização do problema: o uso indiscriminado de antimicrobianos é um crescente problema mundial, que gera implicações
sérias como a resistência bacteriana. A racionalização dos antimicrobianos no Brasil teve um passo fundamental a partir da RDC
20/2011, no intuito de controlar o uso de antimicrobianos. Fundamentação teórica: a implantação de um programa de OPAT em
um serviço de atenção domiciliar é uma estratégia para controle de bactérias multi-resistentes e para o tratamento de infecções
relacionadas a? assistência a? saúde, que impacta no número e na duração das internações hospitalares, além de assegurar
favoráveis desfechos clínicos e de qualidade de vida. Descrição da experiência: a implantação do programa foi dividida em
três fases, sendo que a primeira consistiu na padronização dos antimicrobianos; na definição do intervalo das posologias das
drogas; capacitação das equipes multiprofissionais para avaliação da elegibilidade dos pacientes para OPAT; desenvolvimento
de protocolos de manipulação de acessos venoso e programas de educação continuada para capacitação contínua
dos profissionais envolvidos nos cuidados dos pacientes em OPAT. Na fase 2 trabalhou-se com o planejamento de ações:
observação do perfil epidemiológico e desenvolvimento de protocolos, estratégias para otimizar as prescrições (auditoria de
antibióticos, modificação do tempo de tratamento e educação continuada), evidenciar a importância da realização de culturas
para direcionamento dos tratamentos. Na fase 3 trabalhou-se com o gerenciamento do processo com o desenvolvimento de
indicadores, demonstração de resultados e dos impactos financeiros e assistenciais. Efeitos alcançados: além do benefício
individual, a modalidade se implementada como política de saúde pública apresenta potencialidade de otimização de recursos
econômicos, pois permite a melhor alocação de leitos e recursos. Estudos demonstram que o custo do paciente tratado em
regime de OPAT é de 40 a 75% menor que o hospitalar. O desenvolvimento do programa leva a uma melhor vigilância das
infeções, desenvolvimento de protocolos institucionais e revisão dos processos. Recomendações: o problema da resistência
bacteriana é um grande problema de saúde pública, com aumento da prevalência de germes multirresistentes. A instituição de
um programa de OPAT pode ser uma estratégia eficaz para redução de custos e gerenciamento das infeções, além de ser uma
potente ferramenta para desospitalização.
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