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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Casos de HIV/Aids em Adultos em um Município do Norte do Paraná
Autores: LEANDRA FAGAN RODRIGUES GONÇALES; Natália Marciano de Araujo Ferreira; Ariane Sabina Stieven; Lúcia Helena de Lima;
Flávia Meneguetti Pieri. Instituição: UEL - Universidade Estadual de Londrina - PR
Palavras-chave: Síndrome da Imunodeficiência Humana; Vírus da Imunodeficiência Humana; Notificação. Epidemiologia
Introdução: Em meio a década do Vírus da Imunodeficiência Humana e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, as notificações
dos casos permitem analisar o cenário mundial preocupante entre adultos, principalmente brasileiros, com aumento da
incidência nos últimos anos. Objetivo: Caracterizar os casos de HIV/Aids entre adultos em um munícipio do norte do Paraná.
Método: Estudo transversal, quantitativo, cujos dados foram levantados das fichas do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN)de pacientes com HIV/Aids atendidos e notificados em serviços de saúde do município de Londrina - PR,
no período de 2007 a 2017. Os dados foram tabulados no programa StatisticalPackage for the Social Sciences(SPSS versão
19). As análises ocorreram por meio de frequências simples e relativas, além de medidas de tendência central e dispersão. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE nº 50559815.6.0000.52.31. Resultado: Foram notificados 2.219
casos de HIV/Aidsentre indivíduos de 20 a 59 anos, predominantemente entre a faixa etária de 20 a 30 (35,1%), com média de
idade de 36,0 (DP 10,17) anos. As características sociodemográficas prevalentes foram: sexo masculino (71,1%), raça/cor branca
(67,7%),grau de escolaridade de 5ª a 8ª série (19,6%) e ensino médio completo (19,6%). O modo de transmissão mais frequente
foi por relação sexual (99,1%), concentrada em experiências heterossexuais (62,5%).O diagnóstico inicial foi realizado por meio
do teste rápido em 47,0% dos casos, desses 44,5% em duas ocasiões. Ressalta-se que, 55,6% dos pacientes apresentaram
doenças oportunistas, a mais frequente foi candidíase oral (11,6%), seguida por disfunção do sistema nervoso central (5,8%)
e toxoplasmose (4,7%). Os sinais e sintomas foram frequentemente relatados (82,9%) e, os mais prevalentes foram caquexia
(18,1%), seguido por astenia (16,2%) e tosse (11,6%). Do total de casos, 15,8% evoluíram a óbito, entre esses 15,1% causados pela
Aids. Conclusão: A notificação de casos de HIV/Aids entre adultos foi frequente, principalmente entre pacientes heterossexuais,
apontando a necessidade dos profissionais de saúde conhecerem as características relacionadas a evolução da infecção/
doença, afim de direcionar as orientações e assistência fundamentando-se nas particularidades desse grupo. O diagnóstico
inicial por meio do teste rápido apresentou baixa prevalência levando em conta a disponibilidade dos materiais e equipe
treinada para sua realização.
Casos de HIV/aids entre Adolescentes em um Munícipio do Norte do Paraná
Autores: RAPHAEL DE SOUZA DIAS; Leandra Fagan R. Gonçales; Jucinay Phaedra Silva Sanches; Natacha Bolorino; Flávia Meneguetti
Pieri. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Vírus da Imunodeficiência Humana. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Adolescentes. Epidemiologia.
Introdução: Na terceira década do vírus da Imunodeficiência Humana e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, profissionais
de saúde deparam-se com a primeira geração de adolescentes, na maioria homossexuais que adquiriram a infecção por
meio de transmissão sexual, associando-se com o uso de preservativo e ocorrência de Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Objetivo: Caracterizar os casos de HIV/Aids entre adolescentes em um município do norte do Paraná. Método: Estudo
transversal, quantitativo, cujos dados foram levantados das fichas do SINAN de pacientes com HIV/Aids atendidos e notificados
em hospitais e na atenção primária a saúde do município de Londrina - PR, no período de 2007 a 2017. Os dados foram tabulados
no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 19). As análises ocorreram por meio de frequências
simples e relativas, além de medidas de tendência central e dispersão. Para a comparação das frequências entre variáveis foi
utilizado o teste Qui-quadrado. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE nº 50559815.6.0000.52.31.
Resultado: Dos 2.405 casos de HIV/Aids diagnosticados no município, 59 (2,5%) ocorreram entre indivíduos de 15 a 19 anos,
com média de idade de 18,0 (DP 1,08) anos. Predominou o sexo masculino (71,2%), raça/cor branca (66,1%) e adolescentes com
ensino médio incompleto (30,5%). O modo de transmissão mais frequente foi por relação sexual (96,6%), predominantemente
do sexo masculino que se declararam homossexuais (65,9%), p=0,013. Ressalta-se que 25,4% apresentaram sinais/sintomas ou
foram diagnosticados com doenças oportunistas. Os sinais/sintomas mais frequentes foram astenia (17,1%) e caquexia (17,1%),
já a doença oportunista mais prevalente foi a candidíase oral (5,7%). Ocorreram apenas 3,3% de óbitos, desses 100% no período
de um a três meses após a data do diagnóstico. Entre os casos que evoluíram a óbito, 50% apresentou Linfoma de Hodgkin
e 50% Herpes Zoster, quanto aos sinais/sintomas descritos, encontram-se diarreia (33,3%), caquexia (33,3%) e astenia (33,3%).
Conclusão: A notificação de casos de HIV/Aids entre adolescentes foi frequente e, embora a taxa de letalidade não tenha sido
elevada, os profissionais devem conhecer as características relacionadas a evolução da infecção/doença nesse grupo para
realizar a assistência em todas as dimensões, fundamentando-se nas particularidades adolescentes.
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