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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Diagnóstico do Vírus da Raiva em Morcegos não Hematófagos nos Municípios da 06ª
RS/SESA-União da Vitória-PR – 2012 a 2018
Autores: ANA PAULA MOREIRA E SILVA; Marílvia Lili Berri; Michele Martha Weber Lima. Instituição: SESA/ 06ª Regional de Saúde do
PR
Palavras-chave: morcegos; não hematófagos; raiva
Introdução: A raiva é uma doença infecto contagiosa aguda causada por um vírus do gênero Lyssavirus, cuja contaminação
ocorre pela saliva do animal infectado. O controle dos hospedeiros naturais (cães e gatos) e a conseqüente redução da raiva
humana estão colocando em evidência a importância da raiva em morcegos. A adaptação destes ao ambiente urbano pode
dar margens a infecção humana através do contato com animais domésticos ou contato acidental. Justificativa: Conhecer
a existência de circulação do vírus da raiva em morcegos não hematófagos analisados no período de 2012 à maio de 2018
nos municípios da 06ªRS-PR, Objetivo: Analisar e quantificar os casos positivos de raiva em morcegos não hematófagos
nos municípios da 06ªRS- PR. Metodologia: Iniciou-se com capacitação para os técnicos das vigilâncias municipais e da
Atenção Básica sobre a importância da doença, com distribuição de folders e das coletas de todas as espécies de quirópteros
encontrados vivos e prostrados e mortos, submetidos à prova de imunofluorescência direta (IFD) e prova biológica, realizadas
pelo LACEN-PR. Resultado: Das 226 amostras analisadas, 24 (10,61%) deram positivas. Dos 9 municípios, 7 apresentaram
positividade. O município de Paulo Frontin e Bituruna apresentaram 6 (25%) casos positivos cada um, seguido de Porto Vitória,
com 4 casos positivos (16,67%). Dentre os locais de ocorrência,11 (45,83%) ocorreram em pátios externos, 5 (20,83%) dentro de
residências, 7 (29,16%) no interior de estabelecimentos públicos e 1 (4,17%) em via pública. Desses, 3 (12,5%) tiveram contato
direto com humanos, sendo 2 (8,33%) por agressão. Aprendizagem com a vivência: Diante dos casos notificados, observa-se
que o vírus está circulante nos morcegos não hematófagos no perímetro urbano, podendo vir a causar uma infecção humana.
Conclusão: O monitoramento das análises deve ser constante, com a intensificação de desenvolvimento de ações educativas
integradas aos serviços e à comunidade para prevenção e profilaxia da raiva, enfatizando concomitantemente a importância
dos morcegos para o meio ambiente.
Dinâmica Populacional de Aedes (stegomyia) Aegypti e Aedes (stegomyia) Albopictus
no Município de Paranaguá, Paraná, Brasil
Autores: NATALIE MARY SUKOW; Silvia Jaqueline Pereira de Souza; Ilda Natsukow Nagafuti; Diovaldo Almeida de Freitas; Magda Clara
Viera da Costa Ribeiro. Instituição: Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Aedes; arboviroses; sazonalidade
Introdução: Aedes (Stegomyia) aegypti e Aedes (Stegomyia) albopictus são considerados os mais importantes vetores de
arboviroses do mundo. Ae. aegypti é o vetor primário da dengue, febre amarela urbana, chikungunya e zika e, Ae. albopictus,
tem sido investigado principalmente para três destas no Brasil. É grande a preocupação existente em torno destas arboviroses,
dada sua ampla distribuição e devido à enorme quantidade de pessoas que são acometidas. A dinâmica de reprodução e
desenvolvimento destes vetores é influenciada por fatores abióticos e antrópicos. Conhecer o padrão sazonal destes mosquitos
em determinados pontos do município de Paranaguá, avaliando “possível” porta de entrada e circulação viral, faz se necessário,
uma vez que houve expressiva ocorrência de casos dessas arboviroses, principalmente da DENV nos anos de 2015 a 2016.
Objetivo: Estabelecer a prevalência e abundância de Ae. aegypti e Ae. albopictus no município de Paranaguá; e correlacionar
aos fatores abióticos relacionados à sua prevalência. Metodologia: Para tanto, foram realizadas coletas mensais entre outubro
de 2017 a abril de 2018, em 15 pontos na Ilha dos Valadares, considerando a presença de Ae. aegypti e Ae. albopictus e circulação
viral autóctone. Como técnica de coletas foram utilizadas armadilhas ovitrampas, específicas para oviposição de fêmeas de Ae.
aegypti e Ae. albopictus. Os ovos obtidos foram induzidos a eclosão em condições, de temperatura, umidade e fotoperíodo
ideais para espécie até a fase adulta. Após foram triados quanto ao dimorfismo sexual, espécie e pontos de coleta. Resultado:
Foram obtidos 589 mosquitos, dos quais 74,7% são Ae. aegypti e 25,3% Ae. albopictus. Não houve diferença significativa
quanto ao sexo 45,4% fêmeas e 54,6% machos. A maior incidência de vetores deu-se nos meses de verão, período no qual
o município de Paranaguá tem aumento na pluviosidade, umidade relativa do ar e temperaturas médias mais elevadas. Os
pontos com maior número de mosquito foram 3, 12 e 13, que ficam nas ruas centrais da Ilha. Conclusão: Determinar elementos
que norteiem práticas seguras de controle, como os fatores abióticos relacionados a dinâmica populacional e áreas mais
sujeitas ao desenvolvimento dos mosquitos, auxiliam no reconhecimento prévio e estratégico para o combate de epidemias de
arboviroses como dengue, zika e chikungunya.
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