Page 277 - ANAIS_4º Congresso
P. 277

EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Diagnóstico do Vírus da Raiva em Morcegos não Hematófagos nos Municípios da 06ª
                 RS/SESA-União da Vitória-PR – 2012 a 2018

                 Autores: ANA PAULA MOREIRA E SILVA; Marílvia Lili Berri; Michele Martha Weber Lima. Instituição: SESA/ 06ª Regional de Saúde do
                 PR
                 Palavras-chave: morcegos; não hematófagos; raiva
                 Introdução: A raiva é uma doença infecto contagiosa aguda causada por um vírus do gênero Lyssavirus, cuja contaminação
                 ocorre pela saliva do animal infectado. O controle dos hospedeiros naturais (cães e gatos) e a conseqüente redução da raiva
                 humana estão colocando em evidência a importância da raiva em morcegos. A adaptação destes ao ambiente urbano pode
                 dar margens a infecção humana através do contato com animais domésticos ou contato acidental. Justificativa: Conhecer
                 a existência de circulação do vírus da raiva em morcegos não hematófagos analisados no período de 2012 à maio de 2018
                 nos  municípios  da  06ªRS-PR,  Objetivo: Analisar  e  quantificar  os  casos  positivos  de  raiva  em  morcegos  não  hematófagos
                 nos  municípios  da  06ªRS-  PR.  Metodologia:  Iniciou-se  com  capacitação  para  os  técnicos  das vigilâncias  municipais  e  da
                 Atenção Básica sobre a importância da doença, com distribuição de folders e das coletas de todas as espécies de quirópteros
                 encontrados vivos e prostrados e mortos, submetidos à prova de imunofluorescência direta (IFD) e prova biológica, realizadas
                 pelo LACEN-PR.  Resultado:  Das  226  amostras  analisadas,  24  (10,61%)  deram  positivas.  Dos  9  municípios,  7  apresentaram
                 positividade. O município de Paulo Frontin e Bituruna apresentaram 6 (25%) casos positivos cada um, seguido de Porto Vitória,
                 com 4 casos positivos (16,67%). Dentre os locais de ocorrência,11 (45,83%) ocorreram em pátios externos, 5 (20,83%) dentro de
                 residências, 7 (29,16%) no interior de estabelecimentos públicos e 1 (4,17%) em via pública. Desses, 3 (12,5%) tiveram contato
                 direto com humanos, sendo 2 (8,33%) por agressão. Aprendizagem com a vivência: Diante dos casos notificados, observa-se
                 que o vírus está circulante nos morcegos não hematófagos no perímetro urbano, podendo vir a causar uma infecção humana.
                 Conclusão: O monitoramento das análises deve ser constante, com a intensificação de desenvolvimento de ações educativas
                 integradas aos serviços e à comunidade para prevenção e profilaxia da raiva, enfatizando concomitantemente a importância
                 dos morcegos para o meio ambiente.



                 Dinâmica Populacional de Aedes (stegomyia) Aegypti e Aedes (stegomyia) Albopictus
                 no Município de Paranaguá, Paraná, Brasil

                 Autores: NATALIE MARY SUKOW; Silvia Jaqueline Pereira de Souza; Ilda Natsukow Nagafuti; Diovaldo Almeida de Freitas; Magda Clara
                 Viera da Costa Ribeiro. Instituição: Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: Aedes; arboviroses; sazonalidade
                 Introdução: Aedes  (Stegomyia)  aegypti  e Aedes  (Stegomyia)  albopictus  são  considerados  os  mais  importantes vetores  de
                 arboviroses do mundo. Ae. aegypti é o vetor primário da dengue, febre amarela urbana, chikungunya e zika e, Ae. albopictus,
                 tem sido investigado principalmente para três destas no Brasil. É grande a preocupação existente em torno destas arboviroses,
                 dada sua ampla distribuição e devido à enorme quantidade de pessoas que são acometidas. A dinâmica de reprodução e
                 desenvolvimento destes vetores é influenciada por fatores abióticos e antrópicos. Conhecer o padrão sazonal destes mosquitos
                 em determinados pontos do município de Paranaguá, avaliando “possível” porta de entrada e circulação viral, faz se necessário,
                 uma vez que houve expressiva ocorrência de casos dessas arboviroses, principalmente da DENV nos anos de 2015 a 2016.
                 Objetivo: Estabelecer a prevalência e abundância de Ae. aegypti e Ae. albopictus no município de Paranaguá; e correlacionar
                 aos fatores abióticos relacionados à sua prevalência. Metodologia: Para tanto, foram realizadas coletas mensais entre outubro
                 de 2017 a abril de 2018, em 15 pontos na Ilha dos Valadares, considerando a presença de Ae. aegypti e Ae. albopictus e circulação
                 viral autóctone. Como técnica de coletas foram utilizadas armadilhas ovitrampas, específicas para oviposição de fêmeas de Ae.
                 aegypti e Ae. albopictus. Os ovos obtidos foram induzidos a eclosão em condições, de temperatura, umidade e fotoperíodo
                 ideais para espécie até a fase adulta. Após foram triados quanto ao dimorfismo sexual, espécie e pontos de coleta. Resultado:
                 Foram  obtidos  589  mosquitos,  dos  quais  74,7%  são  Ae.  aegypti  e  25,3%  Ae.  albopictus.  Não  houve  diferença  significativa
                 quanto ao sexo 45,4% fêmeas e 54,6% machos. A maior incidência de vetores deu-se nos meses de verão, período no qual
                 o município de Paranaguá tem aumento na pluviosidade, umidade relativa do ar e temperaturas médias mais elevadas. Os
                 pontos com maior número de mosquito foram 3, 12 e 13, que ficam nas ruas centrais da Ilha. Conclusão: Determinar elementos
                 que  norteiem  práticas  seguras  de  controle,  como  os  fatores  abióticos  relacionados  a  dinâmica  populacional  e  áreas  mais
                 sujeitas ao desenvolvimento dos mosquitos, auxiliam no reconhecimento prévio e estratégico para o combate de epidemias de
                 arboviroses como dengue, zika e chikungunya.


                                                                                                             277
                                                                                                             277
                                                                                                             277
   272   273   274   275   276   277   278   279   280   281   282