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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Estudo Vida e Saúde em Pomerode - Ship-brazil: Estratégias de Captação de
                 Participantes

                 Autores: WERNER MEES; Patrícia Formento Silva; Helena Medina Menezes; Ernani Tiaraju de Santa Helena; Clóvis Arlindo de Sousa.
                 Instituição: Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB
                 Palavras-chave: Inquéritos epidemiológicos; métodos epidemiológicos; instrumentos para a gestão da atividade científica
                 O Estudo Vida e Saúde em Pomerode - SHIP-Brazil é um estudo em coorte atualmente em linha de base que busca levantar as
                 demandas de saúde da população de Pomerode/SC. O objetivo desta pesquisa é relatar as estratégias utilizadas pela equipe
                 de campo do SHIP-Brazil em 2017. O planejamento iniciou com um diagnóstico da situação (n=218), elencando os motivos de
                 recusa e perda amostral, destacando possíveis ações. A análise foi dividida no período antes das intervenções (abril a junho) e
                 depois das intervenções (julho a outubro). Dessa forma os mesmos captadores permaneceram nas mesmas regiões, reduzindo
                 a possibilidade de viés por fatores de confusão. Foi utilizado o teste t de Student para independência de amostras e o Qui-
                 quadrado para associação. Para distribuição não normal o teste U de Mann-Whitney foi usado. Observou-se que a falta de
                 interesse em participar é responsável por grande parte das recusas. Outro fator de destaque foi a alta prevalência de recusas e
                 perdas nos idosos, relacionado a doenças, critérios de exclusão e dificuldade no traslado até o centro de exames. A estratégia
                 inicial consistiu de uma parceria com os Agentes Comunitários de Saúde de algumas Unidades de ESF foi estabelecida para
                 divulgação do projeto e atualização das informações de contato. Assim como a reativação da página no Facebook do projeto.
                 Os exames e as entrevistas passaram a ser realizados concomitantemente, abandonando-se o agendamento de entrevista
                 domiciliar em dia separado dos exames, de modo a contrapor as recusas por trabalho e falta de tempo. Passado um semestre
                 da  implementação  das  medidas,  foi  elaborado  um  relatório  pelo  supervisor  de  campo  e  apresentado  aos  pesquisadores.
                 Destaca-se que a taxa de aceite passou de 62% para 71% (p<0,01) e a média da idade de 53,2 para 49,5 anos (p<0,01). A agenda
                 passou de 2,24 para 4,11 participantes/dia (p<0,01). O aumento na taxa de aceite foi um resultado satisfatório, pois quanto maior
                 a amostra, menor o erro padrão observado nos dados coletados, promovendo qualidade do estudo. A redução na média da
                 idade aumenta o poder estatístico da pesquisa, promovendo a capacidade de utilizar ferramentas de estatística inferencial e
                 métodos mais complexos que abordem todas as faixas etárias e sexos. Baseados nessa experiência e com essas informações,
                 os pesquisadores podem melhor conduzir o estudo e as futuras ondas do projeto.



                 Evitabilidade na Mortalidade Infantil no Paraná entre 2011 e 2016.

                 Autores: ANNA CHRISTINNE FELDHAUS LENZI COSTEIRA; Suzana Elisa Viecili Togame; Dora Yoko Nozaki Goto; Paula Rocha Silva;
                 Viviane Serra Melanda. Instituição: Secretaria da Saúde do Paraná
                 Palavras-chave: Mortalidade Infantil; Causas de Morte; Epidemiologia

                 Introdução:  A  redução  da  mortalidade  infantil  é  um  desafio  para  os  serviços  de  saúde,  e  faz  parte  dos  Objetivos  de
                 Desenvolvimento Sustentável. As mortes de causas evitáveis são aquelas em que podem ser prevenidas, por ações nos serviços
                 de saúde. Elas indicam potenciais deficiências na qualidade da atenção à saúde da população (BRASIL, 2009). Objetivo: Analisar
                 a evitabilidade da mortalidade infantil nas macrorregiões do Estado do Paraná entre 2011 a 2016. Método: Estudo descritivo
                 da evitabilidade dos óbitos infantis, entre nascidos vivos menores de um ano de vida, registrados no Sistema de Informações
                 de Mortalidade (SIM) residentes no Estado do Paraná nos triênios 2011-2013 e 2014-2016, análise da frequência e variação
                 percentual por macrorregiões de saúde (Norte, Noroeste, Leste e Oeste), comparando as categorias evitáveis, não claramente
                 evitáveis e mal definidas, entre os dois períodos. Resultado: No comparativo da evitabilidade entre os anos 2011-2013 e 2014-
                 2016, respectivamente, o total de óbitos infantis menores de um ano foi de 5.295 no primeiro triênio e 5.179 no segundo triênio,
                 onde as causas evitáveis representaram 66,6% e 65,7% (3.529 e 3.401); as não claramente evitáveis 31,2% e 32,2% (1.651 e 1.668)
                 e as causas mal definidas 2,2% e 2,1% (115 e 110). Dentro das categorias de causas evitáveis, as principais foram as reduzíveis por
                 atenção à mulher na gestação 1.894 e 1.837 (35,8% e 35,5%); reduzível por adequada atenção ao recém-nascido 565 e 535 (10,7%
                 e 10,3%) e reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto 438 e 471 (8,3% e 9,1%). No Estado, a redução da evitabilidade foi
                 de 1,5%, entre as macrorregiões essa redução foi maior na macro norte (7,0%); seguido da Oeste (4,5%) e Noroeste (3,0%), sendo
                 que na Leste, houve aumento de 0,1%. Os óbitos evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação e no parto e o cuidado
                 com o recém-nascido são marcadores importantes para a tomada de decisão e ação no enfrentamento da mortalidade infantil.
                 Conclusão: O estudo revelou que os óbitos infantis por causas evitáveis são prevalentes, embora historicamente haja redução
                 da mortalidade infantil, o mesmo não ocorreu quanto a evitabilidade, apontando para a importância da investigação e análise
                 destas ocorrências para identificar as fragilidades e possibilitar ações de melhorias voltadas para as necessidades locais.



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