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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Exposição aos Agrotóxicos: Condições de Trabalho, Sinais e Sintomas e Prevenção
Autores: DENISE MARIA VAZ ROMANO FRANÇA; Paloma Celestina Tokarski ; Adriana Bender Moreira de Lacerda. Instituição:
Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Agrotóxicos;Ototoxicidade; Sinais e Sintomas Auditivos; Programa de Prevenção
Introdução: O Brasil é considerado um grande consumidor de agrotóxicos. Os agrotóxicos afetam a saúde de consumidores
de produtos contaminados, de moradores próximos às áreas de pulverização, mas principalmente de trabalhadores rurais,
que estão em contato com estas sUBStâncias, ao longo da vida profissional. Objetivo: Analisar a percepção dos agricultores
frente às condições de trabalho, aos sinais e sintomas e a prevenção relacionados ao uso dos agrotóxicos. Metodologia: Estudo
transversal, quantitativo, desenvolvido com trabalhadores rurais do município de Quitandinha e região, no Paraná. Constituíram
a amostra agricultores que responderam a um questionário com questões dissertativas e de múltipla escolha. Resultado: Os
resultados mostraram que a media de idade dos agricultores foi de 44,2 anos, sendo 20 do sexo masculino e 9 do sexo feminino.
O tempo médio de trabalho na agricultura foi de 30,9 anos. Quanto aos aspectos auditivos, 24,1% deles disseram sentir tontura
e/ou desequilíbrio, 17,2% deles relatam ter zumbido, 27,6% disseram ouvir melhor em lugares silenciosos, 24,1% deles relataram
ter dificuldades de compreensão de fala, 3,5% deles disseram ter sofrido perfuração do tímpano, e 3,5% referiram otorréia.
Quanto às condições e trabalho, 96,5% agricultores relataram exposição aos ruídos, sendo que 31,0% relataram exposição
aos ruídos de máquinas agrícolas, 37,9% agricultores relataram exposição superior a 6 horas por dia, 65,5% dos participantes
relataram não ter recebido orientação sobre efeitos deletérios do ruído sobre a audição e 69,0% responderam não utilizar
nenhuma proteção auditiva. Quanto ao uso dos agrotóxicos, 51,6% trabalham há mais de 10 anos com agrotóxicos, 37,9% deles
manuseiam o agrotóxico mais de três vezes por mês e 51,6% já receberam orientação sobre prevenção às exposições nocivas
aos agrotóxicos. Foram observadas correlações entre a queixa de tontura e uso de agrotóxico (0,0325), entre a dificuldade de
compreender a fala e o uso de agrotóxico (0,0327) e entre o zumbido e tempo de trabalho (0,0476). Conclusão: A percepção
dos agricultores dos sinais e sintomas auditivos relacionados ao uso dos agrotóxicos e as possibilidades de prevenção relatadas
são insuficientes para prevenção dos agravos à saúde relacionados aos agrotóxicos. Recomenda-se a implementação de
programas relacionados à promoção de saúde do agricultor.
Fasciola Hepatica: a Importância da Implementação de Protocolo de Investigação na
Vigilância em Saúde
Autores: MARIA EUGÊNIA PUSCHNICK GOMES. Instituição: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Palavras-chave: Fasciolose hepatica, protocolos
Este projeto de intervenção propõe a implantação de protocolo para a vigilância da fasciolose hepática, tendo como
agente causador a Fasciola hepatica. Considerando que a fasciolose é uma doença tropical negligenciada com transmisso
alimentar e hídrica. Considerando também o reduzido conhecimento sobre a afecção em humanos, entre os profissionais de
saúde. Constatou-se a necessidade da elaboração de ferramentas que permitam a condução do levantamento de dados
epidemiológicos e o controle em humanos. A primeira intervenção proposta é a implantação do roteiro de investigação nas
propriedades de origem dos animais positivos e notificados por serviços de inspeção oficiais. Tal instrumento permitirá obter
informações detalhadas sobre a origem da água de consumo humano e animal, destino de seus dejetos, presença do molusco
hospedeiro intermediário e sintomas em humanos, possibilitando a orientação para atendimento médico e educação em saúde
e ambiental. As informações colhidas a campo também servem de subsídio para a formulação de projetos de melhoria na
proteção das nascentes utilizadas para consumo humano nas propriedades rurais e destinação correta de dejetos de humanos
e animais reduzindo a degradação do ambiente. A capacitação das equipes de saúde pode contribuir no diagnóstico precoce
da doença em humanos, otimizando a utilização de recursos financeiros. Propõem-se com este trabalho a ampliação do
conhecimento sobre a epidemiologia da fasciolose hepática e a condução das investigações e o controle.
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