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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Fluxo Regionalizado de Soros Antipeçonhentos em Regional de Saúde do Paraná
Autores: VIVIANE MITIE HASHIMOTO HAYASHI; Michelle Thais Migoto ; Márcia Helena de Souza Freire ; Tânia Portella Costa; Luciano
Araújo Gabriel da Silva. Instituição: Secretaria de Saúde do Estado do Paraná
Palavras-chave: Acidentes por animais peçonhentos e venenosos, soros antivenenos, perfil epidemiológico
O Brasil apresenta problemas de abastecimento de soros antipeçonhentos, fato que mobiliza os profissionais da logística, da
Epidemiologia, e do atendimento dos pacientes acometidos pelos acidentes por animais peçonhentos, a (re)pensar adequações
no processo de trabalho. Objetivou-se definir um fluxo de dispensação de soro antipeçonhento, com foco na regionalização dos
municípios da 2ª Regional de Saúde do Paraná (2a RS). Foi necessário reconhecer e classificar os municípios pela caracterização
dos acidentes, e assim otimizar a utilização dos soros para reduzir a gravidade e a letalidade, com o atendimento oportuno e
adequado do acidentado. E, ainda, esperava-se reduzir a incidência de casos, com educação em saúde. Foi traçado o perfil
sócio-econômico e demográfico dos Municípios, e dos casos notificados e confirmados de acidentes por animais peçonhentos
na 2aRS, entre 2010 a 2015. Após, foi aplicado questionário para a identificação de aspectos relacionados ao atendimento dos
acidentados, a disponibilidade de soros antipeçonhentos, a capacitação das equipes para o atendimento, e a distância do
Município ao hospital de referência. Este questionário foi respondido pelos responsáveis pela Vigilância Epidemiológica dos 28
Municípios, para obtenção de dados sobre as condições técnica e estrutural dos mesmos, e dos atendimentos aos acidentados.
O diagnóstico situacional e os dados epidemiológicos dos acidentes por animais peçonhentos, promoveram o entendimento
das relações entre o meio ambiente e o agravo. E, atualmente é desenvolvido com os Municípios algumas estratégias, como:
1. Manutenção da relação dos municípios e do tipo de soros disponibilizados em estoque, com base no perfil epidemiológico
e localização geográfica do mesmo; 2. Alimentação semanal do estoque de soros do município, utilizando-se a plataforma do
Formsus, portanto, obteve-se melhor controle do número de imunobiológicos disponíveis. A importância do atendimento aos
acidentes por animais peçonhentos é indiscutível, e este estudo, produto de uma Especialização em Saúde Pública, promoveu
o desenvolvimento de benefícios para a população adscrita aos municípios da 2a RS, com a identificando epidemiológica
do quantitativo de soros antipeçonhentos necessários. E ainda, foi possível determinar os pontos estratégicos de vigilância,
estruturar as unidades de atendimento aos acidentados, e elaborar maneiras de controle destes animais, e tornou-se mais ágil
e eficaz o atendimento e tratamento dos acomet
Grupo Técnico de Agilização e Revisão de óbitos - Gtaro: uma Ferramenta para a
Redução da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal na 4ª Regional de Saúde de Irati.
Autores: KELLY CRISTINA MAROCHI KOSLOSKI; Cleusimara Tumasz. Instituição: SESA-PR / 4ª Regional de Saúde de Irati
Palavras-chave: Mortalidade Infantil; Vigilância do Óbito; Mortalidade Materna.
A implantação do GTARO na 4ªRS se deu em 2015, após a identificação da fragilidade no processo de investigação dos óbitos
infantis, fetais e maternos realizadas pelos Comitês de Mortalidade, que por sua vez eram compostos por um pequeno grupo
de pessoas e não produziam devolutivas e encaminhamentos de suas análises. Além disso, os altos coeficientes regionais
de mortalidade infantil, fetal e materno por causas evitáveis eram reflexo da pouca contribuição do processo de investigação
nas ações de prevenção de novos óbitos. A redução da mortalidade infantil, fetal e materna são prioridades no Sistema Único
de Saúde e estão contemplados no Plano Estadual de Saúde do Paraná, 2016-2019. Segundo Oliveira, Bonfim e Medeiros
(2017,p.1083) a Vigilância do Óbito vem se consolidando, como uma estratégia importante para a redução da mortalidade infantil
e materna, uma vez que possibilita a identificação das falhas na atenção à saúde da mulher e da criança que contribuem
para a ocorrência das mortes, permitindo a adoção de medidas voltadas à prevenção de novos óbitos. Com a finalidade de
aprimorar essa vigilância, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, cria através da Resolução SESA nº114/2012, o GTARO –
Grupo Técnico de Agilização e Revisão de Óbitos, substituída pela Resolução SESA nº224/2017, a qual especifica a composição,
objetivos e finalidade desse instrumento. Sua estruturação na 4ªRS se deu de forma gradual desde 2015, com a coordenação
da Vigilância Epidemiológica em parceria com a Atenção Primária. As reuniões periódicas com a participação das equipes
municipais e dos hospitais da região trouxeram à tona as fragilidades dos serviços de assistência à saúde e processos de
trabalho, além das questões sociais que realmente impactam nos indicadores de mortalidade da nossa região. Com o
envolvimento intersetorial, sensibilização dos profissionais e equipes, amadurecimento técnico nas análises, identificação
dos fatores de risco e sistematização das ações com o acompanhamento das recomendações formalizadas pelo GTARO, foi
possível evidenciar uma redução na mortalidade infantil e fetal e ainda ausência de morte materna nos últimos 02 anos, além do
fato de permitir uma visão consistente do perfil epidemiológico desses casos. Ainda é necessária a consolidação das ações do
GTARO nos municípios de forma homogênea, buscando uma maior agilidade nos processos de investigação, para que medidas
preventivas sejam tomadas oportunamente visando a redução de óbitos evitáveis.
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