Page 292 - ANAIS_4º Congresso
P. 292
EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Importância da Consulta de Enfermagem Frente à Depressão Pós-parto
Autores: SUELLEN VIENSCOSKI SKUPIEN; Ana Paula Xavier Ravelli; Lara Simone Messias Floriano; Elaine Cristina Antunes Rinaldi;
Caroline Gonçalves Pustiglione Campos. Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Período Pós-Parto; Depressão Pós-Parto; Enfermagem
Introdução: O puerpério tem início após o nascimento do bebê, com duração média de três meses e marcado por diversas
transformações na vida da mulher, principalmente pela recuperação, reorganização e adaptação da mãe em seu novo cotidiano.
Por isso essa fase pode contribuir para o desenvolvimento de um estresse patológico, que em puérperas é denominado
depressão pós-parto. Seus principais sintomas são alterações do apetite e sono; perda de prazer e interesse nas atividades;
sensação de fadiga; humor deprimido; irritabilidade; ansiedade; medo; crises de choro sem motivo aparente; sentimento de
inutilidade ou culpa e baixa autoestima; diminuição da concentração e até mesmo pensamento de morte e suicídio. Segundo
estudo realizado no Brasil, a cada quatro mulheres mais de uma apresenta sintomas de depressão pós-parto, representando
aproximadamente 25% das mulheres do país. Devido esse fato é de extrema importância que as equipes de saúde trabalhem
para prevenir e tratar a depressão pós-parto, sendo a consulta de enfermagem um instrumento de grande valia. Objetivo:
Identificar o perfil das puérperas predispostas à depressão pós-parto atendidas pelo Projeto Consulta Puerperal de Enfermagem.
Método: Estudo descritivo e exploratório realizado em uma maternidade referência em partos de risco habitual/intermediário
no ano de 2016, na cidade de Ponta Grossa, Paraná. A amostra foi composta por 38 mulheres que estavam internadas na
maternidade citada e que se encontravam no período de puerpério imediato e mediato. Para a coleta de dados, utilizou-se o
instrumento denominado Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo, composto por 10 questões fechadas. Resultado: 3
(7,8%) puérperas apresentaram predisposição a depressão pós-parto. A média de idade foi de 32 anos, todas multigestas, sendo
que 2 (66,6%) mulheres tiveram parto vaginal e 1 (33,3%) parto cesariana. Em relação ao estado civil 2 (66,6%) eram solteiras e
1 (33,3%) casada, 2 (66,6%) tinham renda familiar aproximada de um salário mínimo. Destaca-se que 2 (66,6%) tinham ensino
fundamental incompleto e 1 (33,3%) ensino médio completo. Conclusão: Conclui-se que é de extrema importância que a equipe
de enfermagem volte o olhar para a saúde mental da mulher e que utilize instrumentos para diagnosticar a depressão pós-
parto. Ressalta-se ainda a importância da consulta de enfermagem e o trabalho multidisciplinar para encaminhamento dessas
puérperas ao serviço especializado de saúde mental.
Importância do Monitoramento e da Avaliação para Redução da Mortalidade Materna
Autores: ACÁCIA MARIA LOURENÇO FRANCISCO NASR; Paula Rocha Silva; Viviane Serra Melanda; Rosana Aparecida Piler; Rafael
Gomes Ditterich. Instituição: SESA-PR
Palavras-chave: Mortalidade materna; Avaliação em saúde; Saúde da mulher
Introdução: A mortalidade materna resultante de complicações no período gravídico-puerperal apresenta grande magnitude
e transcendência demonstrando a qualidade de atenção à saúde ofertada as mulheres. Monitorar e avaliar a mortalidade
materna permite realizar um diagnóstico situacional para o desenvolvimento de programas de saúde da mulher. Objetivo:
Comparar o perfil da mortalidade materna no Paraná no período de janeiro a maio entre 2017 e 2018 para subsidiar a gestão
dos programas de saúde. Metodologia: Estudo quantitativo descritivo com utilização de dados secundários das bases do
Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) dos anos de 2017 e 2018,
no período de 1º de janeiro a 24 de maio, e revisão de literatura. Resultado: No ano de 2017 no período de 1º de janeiro a 24
de maio, ocorreram 22 óbitos maternos com uma razão de mortalidade materna (RMM) de 40,8 por 100 mil Nascidos Vivos
(NV). Em 2018, ocorreram 24 óbitos, tendo uma RMM de 44,5 por 100 mil NV, com aumento da RMM de 9% em relação ao
mesmo período do ano anterior distribuído pelas quatro macrorregiões do Estado. Em 2017, dez regionais de saúde (RS) tiveram
óbito materno, em 2018 houve aumento de 30% das regionais com óbitos maternos (13RS). Em 2018 houve um aumento da
mortalidade materna nas faixas etárias de 20 a 49 anos, sendo de 42,8% de 20 a 29 anos e de 22,3% de 30 a 39 anos, e redução
de 83,3% de 15-19 anos. Quanto ao local de ocorrência, 75% (18) ocorreram em hospitais referência de alto risco, 8,4%(2) em risco
intermediário, 12,5% (3) em hospitais não pertencentes a Rede Mãe Paranaense e 4,1% (1) no domicílio. Em relação às causas dos
óbitos 54,1% (13) são classificadas em obstétricas diretas, 25% (6) obstétricas indiretas, e 20,8% (5) não especificadas. O puerpério
apresenta a maior incidência de óbitos maternos nos anos de 2017 e 2018, respectivamente 76% e 83%. Conclusões: A avaliação
e monitoramento do perfil de mortalidade materna permite compreensão dos fatores determinantes dos óbitos maternos e
possibilita o planejamento de ações direcionadas as necessidades de saúde locais. A agilização das digitações das Declaração
de NV, Declaração de Óbito de Mulheres em Idade Fértil, e das investigações pelos municípios, principalmente no período
gravídico puerperal, permite além da alimentação do módulo de investigação do óbito materno no SIM melhorar a qualidade
da atenção à saúde da mulher paranaense.
292