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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Intoxicações Exógenas: Perfil dos Pacientes Atendidos em Unidade de Pronto
                 Atendimento

                 Autores: MÁRCIA GLACIELA DA CRUZ SCARDOELLI; Edvaldo dos Reis Nogueira Sanches; Rafaely de Cassia Nogueira Sanches; Thamires
                 Fernandes Cardoso da Silva Rodrigue; Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
                 Palavras-chave: Intoxicações; Epidemiologia; Notificação.
                 Introdução: Anualmente no Brasil são registrados milhares de casos de intoxicação exógena, seja pela ingestão de alimentos
                 contaminados, medicamentos, uso de agrotóxicos, produtos de limpeza doméstica, de uso veterinário e outras sUBStâncias
                 químicas.  Objetivo:  Conhecer  o  perfil  epidemiológico  das  intoxicações  exógenas  atendidas  em  uma  Unidade  de  Pronto
                 Atendimento (UPA) de um município da região Noroeste do Estado do Paraná, no período de 2014 a 2016. Metodologia: Pesquisa
                 retrospectiva  e  descritiva  com  abordagem  quantitativa,  cujo  os  dados  foram  coletados  através  das  fichas  de  notificação  do
                 Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis avaliadas foram: sexo; raça; faixa etária; período gestacional;
                 ocupação; escolaridade; local de ocorrência da exposição; circunstância de exposição; grupo do agente tóxico e evolução do
                 caso. Os dados foram compilados no programa Excel e analisados por estatística simples. Resultado: Foram registrados 187 casos
                 de intoxicações exógenas, sendo 121(64,6%) ocorrências no sexo feminino, com faixa etária compreendida entre 1 a 19 anos (48%)
                 e 20 a 29 anos (26,2%). Em relação à raça, 131(70%) era branca, 67(35%) dos casos estavam empregados e 177(94,6%) ocorreram
                 na região urbana. Já o período gestacional que ocorreram as intoxicações exógenas foi mais significativo no primeiro trimestre
                 com 6(3,2%) casos. As principais circunstâncias de exposição foi à tentativa de suicídio sendo representada por 109(58,6%) casos,
                 seguida de 56(30,4%) por uso acidental e o agente tóxico responsável pelas intoxicações foram os medicamentos, em 119(72,7%)
                 dos  casos.  O  prognóstico  foi  de  curassem  sequela  para  178(95,8%)  dos  caso,  sendo  observado  3(1,6%)  óbitos.  Conclusão:
                 Algumas informações apresentadas nas fichas de notificação de intoxicação exógena, não são preenchidas corretamente, o que
                 prejudica a qualidade das informações e refletem exatamente a situação das notificações registradas nos serviços de Vigilância
                 Epidemiológica dos municípios. Além disso, estudos sobre o perfil das intoxicações em crianças e adolescentes são de suma
                 importância, pois estes apresentam eventos toxicológicos diferentes que precisam ser considerados. Sendo assim, salienta-se a
                 necessidade de investimento em medidas de controle sanitário, e de educação para prevenir a ocorrência destas intoxicações.



                 Levantamento Epidemiológico das Doenças Bucais em Mulheres Confinadas em uma
                 Penitenciaria Feminina


                 Autores: IRANILDA ALVES MENDONÇA; Gustavo Hermes soares; Renata Iani Werneck; Samuel jorge Moyses. Instituição: Pontifícia
                 Universidade católica do Paraná

                 Palavras-chave: Penitenciaria; Detentas; saúde bucal
                 Foi realizado um levantamento epidemiológico na Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), que é caracterizada como uma unidade
                 prisional de segurança máxima que atende em média 400 detentas. Embora as pessoas em situação de privação de liberdade
                 manterem todos seus direitos fundamentais assegurados por lei, o encarceramento pode acentuar vulnerabilidades e propiciar
                 o surgimento ou agravamento de várias doenças. Segundo o Infopen, o Brasil possui a quarta maior população prisional do
                 mundo em números absolutos e relativos, e o número de mulheres privada de liberdade passou para 42,3 mil em junho de 2016.
                 Em geral, esta população é composta por jovens com baixa escolaridade e provenientes de famílias desestruturadas. Para esta
                 pesquisa todas as internas entre os meses de julho e setembro de 2015 foram convidadas para participar, sendo 305 examinadas.
                 Porém,  devido  a  problemas  internos  de  segurança  para  a  equipe  examinadora  e  demais  envolvidos,  não  foi  possível  liberar
                 todas alas e apenas um número insignificante de presas optou por não participar. Durante a pesquisa foi utilizado um formulário
                 adaptado baseado na SB Brasil 2010, para anotações dos resultados do exame clínico que foi realizado por um examinador
                 (G.S), previamente treinado e calibrado. Após o exame clínico, as mesmas responderam a um questionário realizado por uma
                 entrevistadora (I.M) a respeito do seu perfil sociodemográfico e qualidade de vida utilizando o questionário Oral Health Impact
                 Profile (OHIP-14). O estudo foi realizado em local indicado pela direção da penitenciária, numa sala de aula com iluminação ambiente
                 e artificial, utilizando carteiras, cadeiras e matérias descartáveis e estéreis e sempre na presença de um agente penitenciário.
                 Com os resultados observou-se um estado de saúde bucal bastante precário com um número significativo de dentes perdidos
                 num cenário de prevalência jovem com elevadas necessidades de tratamento e um alto nível de vulnerabilidade e iniquidade.
                 Esta experiência possibilitou desfazer preconceitos e mitos em relação a essa população e foi de grande aprendizado, pois os
                 graduandos envolvidos puderam conhecer outra realidade diferente da clínica da universidade, assim como agregar experiências
                 para formação profissional que transcendem a dimensão meramente técnica e integrem a saúde bucal às demais práticas de
                 saúde coletiva.



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