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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Fator Epidemiológico de Infecção pelo Toxoplasma Gondii: Relato de Caso.

                 Autores: LETÍCIA NISHI; Fernanda Ferreira Evangelista; Keller Karla de Lima; Priscilla de Laet Sant’Ana; Ana Lucia Falavigna-Guilherme.
                 Instituição: Universidade Estadual de Maringá
                 Palavras-chave: Toxoplasma gondii; Fator epidemiológico; gestante
                 A toxoplasmose é uma zoonose que acomete um terço da população mundial, muitas vezes assintomática e causada pelo
                 protozoário intracelular obrigatório denominado Toxoplasma gondii. Um dos maiores riscos é quando a primo-infecção ocorre
                 na gestação tendo a possibilidade de uma transmissão vertical causando graves consequências para o feto. Objetivo: Relatar
                 um caso de toxoplasmose aguda gestacional e provável fator epidemiológico de infecção. Metodologia: Relato de caso a
                 partir do acompanhamento do atendimento realizado no ambulatório de especialidade do Hospital Universitário Regional de
                 Maringá (HUM) com gestantes suspeita de toxoplasmose aguda e análise da ficha epidemiológica de notificação. Aprovado
                 pelo CAAE, nº 56308816.4.0000.0104. Relato de Caso: IFS, 19 anos, primigesta, iniciou o pré-natal na cidade de Maringá-PR com
                 6 semanas de gestação e os exames de primeiro trimestre de Anti-T. gondii tinham resultados negativos. Quando estava de 16
                 semanas gestacionais se mudou para Florianópolis-SC e continuou o pré-natal na cidade. No início do ano houve um período
                 de chuva e enchentes na região e as barreiras de água da cidade se romperam, causando danos para a população, inclusive
                 falta de água potável. IFS refere que a água estava de coloração marrom e que “ só tinha esta água para beber”. Provavelmente
                 a gestante ingeriu esta água que foi sua fonte de infecção. Com 34 semanas, retornou para Maringá, onde realizou a primeira
                 consulta no Ambulatório de referência para Toxoplasmose. Os exames apresentados de 27 semanas com resultados de IgG e
                 igM para toxoplasmose estavam reagentes e baixa avidez (20%) comprovaram a soroconversão na gestação e o provável fator
                 epidemiológico foi a ingestão de água, que provavelmente estava contaminada com oocisto de T. gondii. A criança nasceu
                 sem sequelas aparentes mas está sendo tratada com esquema tríplice e realizando acompanhamento no ambulatório de
                 toxoplasmose congênita do HUM. Conclusão: Existem diversos fatores epidemiológicos para a infecção pelo T. gondii sendo,
                 os principais, ingestão de cistos teciduais presentes em carnes cruas ou mal cozidas, ingestão acidental de oocistos dispersos
                 em águas e alimentos e transmissão vertical. E, neste caso, pode-se ver a importância de maior cautela durante o período
                 gestacional e orientar estas pacientes sobre a prevenção.




                 Fatores Associados à Lesão por Pressão em Pacientes Críticos

                 Autores: ELAINE CRISTINA ANTUNES RINALDI; Leonardo Tobias ; Caroline Gonçalves Pustiglione Campos; Suellen Vienscoski Skupien
                 ; Maria Dagmar da Rocha. Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa

                 Palavras-chave: Lesão por pressão; Unidade de terapia intensiva; Fatores de risco.
                 Lesão  por  pressão  (LP)  é  considerada  um  problema  de  saúde  pública,  representa  um  desafio  a  pacientes,  profissionais  e
                 instituições, apresentam elevada incidência e prevalência e causam aumento da morbimortalidade, além dos custos gerados.
                 O emprego de uma escala de avaliação com adequados índices de validade preditiva, sensibilidade e especificidade, aliada à
                 habilidade clínica do profissional, permitem o reconhecimento dos indivíduos em risco de desenvolver LP. Objetivo: Avaliar os
                 fatores de risco para LP em três Unidades de Terapia Intensiva mediante a escala de Waterlow. Método: Estudo epidemiológico,
                 observacional, de delineamento transversal, em que o desfecho clínico foi LP. Realizada em UTI’s de três hospitais da cidade
                 de Ponta Grossa- Pr em agosto de 2015 com pacientes internados no momento da coleta de dados. Pesquisa aprovada sob o
                 Parecer 1.191.443. Dos 22 pacientes, 12 (54,5%) apresentaram LP. Conforme a escala de predição, (18,1%) encontrava-se em risco,
                 (22,5%) em alto risco e (13,6%) em altíssimo risco. Dos fatores de risco associados ao desenvolvimento de LP destacaram-se:
                 peso abaixo da média com prevalência de (41,7%), seguido dos acima da média (33,3%), com peso na média (16,7%) e (8,3%)
                 estavam obesos. A pele muito fina/quebradiça marcada se apresentou com maior prevalência (41,6%) demonstrando que o
                 escore maior está relacionado com a presença de LP. Os pacientes que apresentaram LP, doze (100%) eram continentes ou
                 faziam uso de cateter vesical de demora. A restrição de movimentos no leito aumenta o risco o que vai ao encontro aos achados
                 da pesquisa que mostram que 75% dos portadores de LP permanecem inerte ou dependente de cadeira de rodas. Quanto ao
                 sexo a presença LP foi mais frequente em mulheres (58,8%). Referente à associação do escore de idade a presença de LP se
                 mostrou mais frequente em pacientes com idade ?60 anos, sete (58,3%) dos pacientes nessa faixa etária desenvolveram este
                 agravo. Os achados apresentam que a alteração do apetite eleva o número de pacientes com LP. Salienta-se que os pacientes
                 com dieta por cateter nasogástrica ou nasoenteral, doze (100%) desenvolveram LP. No que diz respeito aos fatores de risco
                 especiais, verificou-se que as variáveis não apresentaram significância estatística para a pesquisa. Conclui-se que a escala de
                 Waterlow é uma ferramenta importante para predizer o risco para desenvolver LP, também proporciona sUBSidio para a equipe
                 multiprofissional promover ações de prevenção e cuidado.



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