Page 286 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Fator Epidemiológico de Infecção pelo Toxoplasma Gondii: Relato de Caso.
Autores: LETÍCIA NISHI; Fernanda Ferreira Evangelista; Keller Karla de Lima; Priscilla de Laet Sant’Ana; Ana Lucia Falavigna-Guilherme.
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Toxoplasma gondii; Fator epidemiológico; gestante
A toxoplasmose é uma zoonose que acomete um terço da população mundial, muitas vezes assintomática e causada pelo
protozoário intracelular obrigatório denominado Toxoplasma gondii. Um dos maiores riscos é quando a primo-infecção ocorre
na gestação tendo a possibilidade de uma transmissão vertical causando graves consequências para o feto. Objetivo: Relatar
um caso de toxoplasmose aguda gestacional e provável fator epidemiológico de infecção. Metodologia: Relato de caso a
partir do acompanhamento do atendimento realizado no ambulatório de especialidade do Hospital Universitário Regional de
Maringá (HUM) com gestantes suspeita de toxoplasmose aguda e análise da ficha epidemiológica de notificação. Aprovado
pelo CAAE, nº 56308816.4.0000.0104. Relato de Caso: IFS, 19 anos, primigesta, iniciou o pré-natal na cidade de Maringá-PR com
6 semanas de gestação e os exames de primeiro trimestre de Anti-T. gondii tinham resultados negativos. Quando estava de 16
semanas gestacionais se mudou para Florianópolis-SC e continuou o pré-natal na cidade. No início do ano houve um período
de chuva e enchentes na região e as barreiras de água da cidade se romperam, causando danos para a população, inclusive
falta de água potável. IFS refere que a água estava de coloração marrom e que “ só tinha esta água para beber”. Provavelmente
a gestante ingeriu esta água que foi sua fonte de infecção. Com 34 semanas, retornou para Maringá, onde realizou a primeira
consulta no Ambulatório de referência para Toxoplasmose. Os exames apresentados de 27 semanas com resultados de IgG e
igM para toxoplasmose estavam reagentes e baixa avidez (20%) comprovaram a soroconversão na gestação e o provável fator
epidemiológico foi a ingestão de água, que provavelmente estava contaminada com oocisto de T. gondii. A criança nasceu
sem sequelas aparentes mas está sendo tratada com esquema tríplice e realizando acompanhamento no ambulatório de
toxoplasmose congênita do HUM. Conclusão: Existem diversos fatores epidemiológicos para a infecção pelo T. gondii sendo,
os principais, ingestão de cistos teciduais presentes em carnes cruas ou mal cozidas, ingestão acidental de oocistos dispersos
em águas e alimentos e transmissão vertical. E, neste caso, pode-se ver a importância de maior cautela durante o período
gestacional e orientar estas pacientes sobre a prevenção.
Fatores Associados à Lesão por Pressão em Pacientes Críticos
Autores: ELAINE CRISTINA ANTUNES RINALDI; Leonardo Tobias ; Caroline Gonçalves Pustiglione Campos; Suellen Vienscoski Skupien
; Maria Dagmar da Rocha. Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Lesão por pressão; Unidade de terapia intensiva; Fatores de risco.
Lesão por pressão (LP) é considerada um problema de saúde pública, representa um desafio a pacientes, profissionais e
instituições, apresentam elevada incidência e prevalência e causam aumento da morbimortalidade, além dos custos gerados.
O emprego de uma escala de avaliação com adequados índices de validade preditiva, sensibilidade e especificidade, aliada à
habilidade clínica do profissional, permitem o reconhecimento dos indivíduos em risco de desenvolver LP. Objetivo: Avaliar os
fatores de risco para LP em três Unidades de Terapia Intensiva mediante a escala de Waterlow. Método: Estudo epidemiológico,
observacional, de delineamento transversal, em que o desfecho clínico foi LP. Realizada em UTI’s de três hospitais da cidade
de Ponta Grossa- Pr em agosto de 2015 com pacientes internados no momento da coleta de dados. Pesquisa aprovada sob o
Parecer 1.191.443. Dos 22 pacientes, 12 (54,5%) apresentaram LP. Conforme a escala de predição, (18,1%) encontrava-se em risco,
(22,5%) em alto risco e (13,6%) em altíssimo risco. Dos fatores de risco associados ao desenvolvimento de LP destacaram-se:
peso abaixo da média com prevalência de (41,7%), seguido dos acima da média (33,3%), com peso na média (16,7%) e (8,3%)
estavam obesos. A pele muito fina/quebradiça marcada se apresentou com maior prevalência (41,6%) demonstrando que o
escore maior está relacionado com a presença de LP. Os pacientes que apresentaram LP, doze (100%) eram continentes ou
faziam uso de cateter vesical de demora. A restrição de movimentos no leito aumenta o risco o que vai ao encontro aos achados
da pesquisa que mostram que 75% dos portadores de LP permanecem inerte ou dependente de cadeira de rodas. Quanto ao
sexo a presença LP foi mais frequente em mulheres (58,8%). Referente à associação do escore de idade a presença de LP se
mostrou mais frequente em pacientes com idade ?60 anos, sete (58,3%) dos pacientes nessa faixa etária desenvolveram este
agravo. Os achados apresentam que a alteração do apetite eleva o número de pacientes com LP. Salienta-se que os pacientes
com dieta por cateter nasogástrica ou nasoenteral, doze (100%) desenvolveram LP. No que diz respeito aos fatores de risco
especiais, verificou-se que as variáveis não apresentaram significância estatística para a pesquisa. Conclui-se que a escala de
Waterlow é uma ferramenta importante para predizer o risco para desenvolver LP, também proporciona sUBSidio para a equipe
multiprofissional promover ações de prevenção e cuidado.
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