Page 279 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Distribuição Espacial de Suicídios no Brasil e Paraná (1996 a 2016)
Autores: NATÁLIA DIAS ALVES PÚBLIO HAUM; Ana Caroline Carvalho; Carla Rocha ; Luana Lunardi Alban; Manoela de carvalho.
Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Palavras-chave: saúde mental; indicadores de saúde; geografia médica
O suicídio é a segunda causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos (OMS, 2015); aproximadamente 800 mil pessoas cometem
suicídio anualmente, e para cada caso fatal há pelo menos outras 20 tentativas. Transtornos mentais e outras condições
ambientais, como uso excessivo de agrotóxicos, tem sido relacionados ao suicídio. Objetivo: Analisar a distribuição espacial
das taxas de suicídios por regiões do Brasil e comparar com taxas no Paraná, estado reconhecido pelo uso excessivo de
agrotóxicos. Métodos: Estudo quantitativo cujos dados foram coletados no Departamento de Informática do SUS (DATASUS),
perfazendo uma série histórica de 1996 a 2016, utilizando dados da população residente e número de suicídios pela CID-10,
capítulo XX, causas externas de morbidade e mortalidade (X60-X84), que engloba lesões autoprovocadas intencionalmente,
obtendo-se o coeficiente de mortalidade por suicídio para 100 mil habitantes nas regiões brasileiras e Paraná. Resultado: A
região Centro-Oeste, em 1996, apresentou coeficiente de mortalidade por suicídio de 5,71/100 mil habitantes, a maior taxa foi
encontrada em 2016 com 6,69/100 mil habitantes. A região Norte em 1996 apresentou taxa de 3,01/100 mil habitantes e maior
taxa em 2015 com 5,03/ 100.000 habitantes, em 2016 a taxa decresceu para 4,71/100 mil habitantes. A região Sul em 1996 teve
taxa de 6,99/100mil habitantes e alcançou 8,9/100 mil habitantes em 2016. A região Nordeste apresentou taxa de 2,33/100
mil habitantes em 1996 e 4,81/100 mil habitantes em 2016. Na região Sudeste, a mais populosa do Brasil, em 1996 a taxa foi
4,2/100 mil habitantes e em 2016 a maior taxa com 4,95/100 mil habitantes. No Paraná, a taxa de 6,77/100.000 habitantes em
1996, chegou a 2016 com 6,75/100.000 habitantes, praticamente mantendo a taxa no período, a maior taxa ocorreu em 1998
com 7,18/100 mil habitantes e a menor em 2014 com 5,59/100 mil habitantes. Conclusão: As taxas de mortalidade por suicídio
no Brasil podem ser consideradas baixas se comparadas a países como Índia, Zimbábue e Cazaquistão, que têm mais de 30
casos/100 mil habitantes (OMS, 2015); o Brasil ocupa o 12º entre países latino-americanos com mais mortes neste segmento. As
regiões que apresentaram taxas mais elevadas foram região Centro-Oeste e a região Sul, com 8,9/ 100 mil habitantes no ano
de 2016. Os resultados apontam um grave problema de saúde pública, sendo necessária a investigação das determinações e
realização de ações para enfrentamento do problema.
Doença de Alzheimer e sua Relação com Os Fatores Socioeconômicos no Estado do
Paraná em 2016
Autores: DAYANNA HARTMANN CAMBRUZZI MENDES; Emerson Carraro; Fabio Bordignon Lahud; Daniele Ramos de Lima ; Juliana
Sartori Bonini. Instituição: Instituto Federal do Paraná -IFPR e Universidade do Centro Oeste do Paraná -Unicentro
Palavras-chave: Prevalência, Doença de Alzheimer, Fatores Socioeconômicos
O Brasil é um país em transição demografia e epidemiológica, previsivelmente com um número crescente de casos de doença
de Alzheimer (DA). A informação decorrente da utilização de fármacos específicos para a DA é uma excelente alternativa para
os estudos epidemiológicos, uma vez que os fármacos dirigidos ao tratamento dos sintomas cognitivos só serão utilizados no
contexto da demência e essencialmente no tratamento da DA. No entanto estudos utilizando a prescrição como fonte de dados
para estudos epidemiológicos são pouco explorados e os estudos sobre fatores socioeconômicos relacionados a doença
no Paraná praticamente inexistentes. Objetivo: Este trabalho apresenta uma correlação com os fatores socioeconômicos e a
prevalência de DA no Paraná, a partir da prescrição medicamentosa específica no Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia:
Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa no estado do Paraná no
ano de 2016.A amostra foi de pacientes de todos os municípios do Paraná, que retiraram medicamentos através do programa
SISMEDEX, do DEAF/ PR, acima de 60 anos no ano de 2016.Os dados sociodemográficos do Paraná, como renda per capita,
IDH, escolaridade, PIB, Mortalidade infantil ,foram coletados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
(IPARDES). O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar grupos de casos e não casos entre as cidades e o teste de
correlação de Spearman foi aplicado para verificar o relacionamento dos indicadores e os casos de DA. Resultado: Foram
analisados 8895 pacientes e encontrada uma tendência de progressão, associada a idade, independentemente do sexo e
fatores socioeconômicos. A Taxa de analfabetismo e prevalência de DA apresentou uma correlação forte e positiva entre os
idosos homens; prevalência de DA entre os homens é maior para as cidades que apresentam maior taxa de analfabetismo.
Nas Mulheres quanto maior o PIB per capita, maior prevalência de DA. Nos homens quanto maior o PIB per capita menor
a prevalência de DA, ambos com uma correlação moderada. Conclusão: O estudo identificou aspectos que influenciam o
diagnóstico e o tratamento da doença de Alzheimer no estado do Paraná. As Informações foram obtidas de pacientes da
comunidade e podem fornecer sUBSídios para o planejamento das ações referentes a DA. Uma avaliação análoga pode ser
ampliada para o país, uma vez que a realidade e as necessidades entre os estados do Brasil são similares.
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