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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Casos Notificados de Meningite em um Município do Norte do Paraná
Autores: RAPHAEL DE SOUZA DIAS; Heloiza Iara Parizzoto; Rafaela Marioto; Flávia Meneguetti Pieri. Instituição: Universidade Estadual
de Londrina
Palavras-chave: Meningite. Epidemiologia. Notificações.
Introdução: A meningite é um importante problema de saúde pública mundial e no Brasil. Se caracteriza como um processo
inflamatório das meninges, que pode ser causada por diversos agentes infecciosos ou processo infeccioso. Apresenta alta
taxa de letalidade e constituem um grupo de doença cuja notificação é compulsória. O Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN) representa uma fonte de dados essencial para avaliar a assistência e a situação epidemiológica do
agravo. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de meningite notificados no município de Londrina no ano de
2013 a 2017. Método: Estudo transversal, quantitativo, cujos dados foram levantados das fichas do SINAN de pacientes com
Meningite atendidos e notificados em serviços de saúde no município de Londrina - PR, no período de 2013 a 2017. Os dados
foram tabulados no programa Microsoft Excel 2010. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE nº
50559815.6.0000.52.31. As análises ocorreram por meio de frequência simples. Resultado: Foram notificados 390 casos de
Meningite no município entre 2013 a 2017. Em 2015 observou-se o menor número de notificações, sendo 53 (13,5%) casos. Em
contrapartida, 2013 apresentou quantidade elevada aos demais, totalizando 120 (30,8%) notificações. Houve predominância
do agravo entre indivíduos menores de 1 ano de idade 29% (113) de todas as notificações, enquanto idosos acima de 80 anos
ocuparam a menor taxa de frequência de notificação 0.5% (2) dos casos. Ressalta-se o alto porcentual no sexo masculino
57,4% (224). Em relação ao diagnóstico, 53,3% (208) apresentaram o da forma viral, enquanto a bacteriana apresenta 39,2%
(153). Receberam alta hospitalar após a conclusão do tratamento 86% (334). Ocorreram 4,1% de óbitos devido ao agravamento
da doença. Conclusão: A notificação de casos foi frequente, embora a taxa de letalidade não tenha sido elevada, é uma
doença de evolução rápida, quando deixado evoluir sem tratamento adequado, portanto os profissionais devem conhecer as
características relacionadas da doença para a instituição rápida de terapêutica precisa e apropriada.
Como as Novas Tecnologias Podem Auxiliar na Redução do Absenteísmo em
Consultas de Crianças com Tuberculose Doença Ou Infecção Latente
Autores: NELIANE DA SILVA BUENO; Andrea Maciel de Oliveira Rossoni; Herberto José Chong Neto. Instituição: Universidade Federal
do Paraná
Palavras-chave: tuberculose na criança; absenteísmo
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa considerada como uma das maiores causas de mortes, principalmente em
países em desenvolvimento, tornando-se um sério problema de saúde pública. Sobre a criança, cerca de um milhão sofrem de
tuberculose e mais de 136.000 morrem a cada ano no mundo. A baixa prioridade dada à tuberculose em crianças ao longo das
décadas contribuíram para as limitações atuais no diagnóstico, tratamento e cuidado. Atualmente, crianças menores de cinco
anos e pessoas vivendo com HIV constituem os dois grupos de risco prioritários para o tratamento preventivo da tuberculose.
Objetivo: Identificar ferramentas de intervenção voltadas a prevenção do absenteísmo em consultas de crianças com suspeita
de tuberculose pulmonar, no ambulatório de tuberculose infantil do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal
do Paraná (CHC – UFPR). Método: Estudo experimental, com coleta de dados prospectiva, entre março de 2017 a fevereiro
de 2018. Os pacientes foram randomizados em três grupos de intervenções para relembrar a consulta pré agendada, através
de contato telefônico, mensagem, ou nenhuma intervenção adicional. Considerado nível de significância estatística de 5%. O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisas em Seres Humanos do CHC – UFPR. Resultado: Foram incluídas 78
crianças no estudo e submetidas a 238 intervenções para relembrar o agendamento das consultas, 85 (35,7%) receberam
contato telefônico, 78 (32,8%) mensagem de texto e destas 68 (28,6%) foram Whatsapp, e 75 (31,5%) não receberam nenhum
contato adicional. O número e o tipo de intervenção variou para cada paciente. Na intervenção contato telefônico o absenteísmo
foi 11,9%, e as crianças que não receberam nenhuma intervenção o absenteísmo foi de 15,6%. Na intervenção mensagem o
absenteísmo foi 8,5% e nenhuma intervenção foi 16,3%. Durante o período do estudo a frequência total de absenteísmo às
consultas foi de 23,5%, e a principal causa foi o esquecimento da consulta. As crianças possuíam idade média de 4 anos, 59,0%
em tratamento para infecção latente tuberculosa, 74,4% moravam em Curitiba, 38,5% dos pais possuíam emprego formal, 47,4%
mães eram do lar, 57,7% das famílias a renda foi de até 2 salários mínimos. Conclusões: intencionou-se dar visibilidade a um
tema extremamente relevante, como é o caso da tuberculose infantil, e a identificação de possibilidades do uso de ferramentas
que possam reduzir o absenteísmo de crianças em tratamento de tuberculose.
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