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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Distribuição dos Casos de Dengue no Paraná entre 2013 e 2017

                 Autores: ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MELO. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR)

                 Palavras-chave: arbovirose; Aedes aegypti; endemia
                 Introdução: A dengue é uma das principais arboviroses no mundo, ocorrendo nas zonas tropicais e sub-tropicais do globo,
                 expondo milhões de pessoas ao risco de contágio. No Brasil, a doença é responsável por milhares de casos todos os anos,
                 alternando  regiões  de  maior  incidência  e  com  diferentes  sorotipos  do  vírus.  No  Paraná,  a  doença  se  tornou  endêmica  a
                 partir das últimas décadas. Objetivo: O trabalho analisou a distribuição dos casos de dengue no Paraná entre 2013 e 2017,
                 quantificando as formas graves e número de óbitos. Métodos:  A pesquisa usou dados obtidos pelo SINAN e agrupou conforme
                 o período e região de ocorrência, além das formas da doença. Resultado: O total de casos de dengue apresentou grande
                 amplitude de variação em cada período estudado. No primeiro intervalo (2013-2014), foram registrados 19.628, passando para
                 35.433 (2014-2015), atingindo um pico histórico de 56.351 (2015-2016) e reduzindo drasticamente para 870 no último período
                 (2016-2017). A incidência de dengue no Paraná acompanhou essa variação, sendo o estado considerado área de baixa (2016-
                 2017), média (2013-2014) e alta incidência (2014-2015 e 2015-2016). Quanto a distribuição, no primeiro período cerca de 2/3 dos
                 casos ocorreram nos municípios da região noroeste do Paraná. Em 2014-2015, a região noroeste se manteve estável e ainda
                 houve um grande acréscimo nas regiões norte e oeste. Além disso, a dengue também registrou casos autóctones nas regiões
                 leste, centro-sul e campos gerais. No terceiro período (2015-2016), o maior número de casos nas regiões oeste, leste, norte e
                 noroeste. No último período (2016-2017), os poucos casos se concentraram nas regiões noroeste, oeste e norte. Os registros de
                 dengue com sinais de alarme (DSA) e dengue grave (DG) também acompanharam a variação do número de casos, iniciando
                 com 195 e 32 (2013-2014), 354 e 122 (2014-2015), 780 e 132 (2015-2016) e 6 e 1 (2016-2017). O número de óbitos em decorrência da
                 doença nos quatro períodos atingiu 94 casos. Conclusão: Nas regiões Norte, Noroeste e Oeste o número de casos foi elevado
                 entre 2013 e 2016, já no Leste, Campos Gerais e Centro-Sul a transmissão se iniciou mais tardiamente, com incidência relevante
                 apenas  no  período  2015-2016.  O  último  intervalo  estudado  (2016-2017)  registrou  uma  queda  acentuada  na  transmissão  da
                 dengue, acompanhando uma tendência nacional.




                 Distribuição Espacial de Mortalidade por Suicídio em áreas Urbanas e Rurais na
                 Região Sul do Brasil, no Período de 2011 a 2016

                 Autores: ELIANE MARIA SPIECKER; Oscar Kenji Nihei; Catherine Staton; Luciano de Andrade; João Ricardo Nickenig Vissoci. Instituição:
                 Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); Duke University ( NC- USA).

                 Palavras-chave: Suicídio; Distribuição Espacial da População; Epidemiologia.
                 Introdução: As taxas globais de suicídio aumentaram nas últimas décadas, tornando-se um grave problema social e de saúde
                 pública. Apesar das taxas de suicídio (TS) serem maiores entre os jovens de 15 a 29 anos, nos últimos anos foi observado um
                 aumento de suicídio na população idosa tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento como o Brasil. Objetivo:
                 Analisar a distribuição espacial da mortalidade por suicídio entre jovens e idosos na região Sul do Brasil, procurando identificar
                 se as mortes ocorrem mais em áreas urbanas e/ou rurais. Metodologia: Estudo ecológico, descritivo e transversal. Foram
                 utilizadas técnicas de análise espacial com dados secundários referentes aos suicídios de jovens e idosos, do período de
                 2011  a  2016.  Os  dados  foram  obtidos  nos  bancos  de  dados  do  Sistema  de  Informações  sobre  Mortalidade  e  do  Instituto
                 Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi realizada Análise Exploratória de Dados Espaciais utilizando-se o programa GeoDa™.
                 Para analisar onde ocorreram mais óbitos, os municípios foram classificados em 3 níveis/tipos (urbano, intermediário e rural)
                 e comparados por meio de teste de análise de variância (ANOVA) e pós-teste de Tukey, através do software R. Resultado:
                 No período analisado, houve 3018 mortes de jovens e 3183 de idosos por suicídio, nos 3 estados da região sul, ocorrendo
                 maior número de suicídios no estado do Rio Grande do Sul. A média da TS entre idosos (16,69/100.000 hab., SD 17.85 ) foi
                 maior que entre jovens (7,78/100.000 hab., SD 8.27) com valor de p < 0.001. Constatou-se autocorrelação espacial positiva
                 significativa em relação às variáveis dependentes ‘TS de jovens’ (I = 0.6371, p = 0,001) e ‘TS de idosos’ (I = 0.7786, p = 0,001), ou
                 seja municípios com altas TS estavam rodeados por municípios também com altas TS. A análise de variância mostrou diferenças
                 significativas nas TS quando comparado a tipologia dos municípios. As TS dos jovens foram maiores em cidades de tipologia
                 rural ou intermediária em comparação com as urbanas (p < 0,05), enquanto que as TS de idosos foram maiores em cidades de
                 tipologia rural em comparação às urbanas ou intermediárias (p < 0,05). Conclusão: As taxas de suicídio na população de jovens
                 e idosos foram maiores principalmente no interior dos estados da região sul, particularmente em municípios de tipologia rural,
                 sendo necessário uma atenção maior por parte dos gestores em saúde pública.


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