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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Mortalidade Infantil em Araucária, Paraná. Série Histórica de 2000 a 2017.
Autores: CINARA ROBERTA BRAGA SORICE; Edna Hueda Born. Instituição: SMS - Araucária - PR
Palavras-chave: mortalidade infantil; evitabilidade do óbito; epidemiologia
Introdução: O óbito infantil em Saúde Pública deve ser encarado como evento-sentinela, ou seja, muitas intervenções podem
ser realizadas a partir de um único dado (o óbito). O coeficiente de mortalidade infantil tem sido considerado como um dos
melhores indicadores não só de saúde infantil como também do nível socioeconômico de uma população. A ocorrência do
óbito parte da premissa de falha no produto de atenção à saúde, exigindo uma investigação que identifique os fatos que
contribuíram para esse resultado negativo. Objetivo: analisar os coeficientes de mortalidade infantil (CMI), em crianças menores
de um ano, residentes no município de Araucária, no período entre 2000 e 2017, assim como procurar determinar a evitabilidade
dos óbitos. MATERIAL E Métodos: estudo descritivo, com dados dos sistemas nacionais de informações sobre mortalidade e
sobre nascidos vivos, com classificação das causas de óbitos segundo Lista Brasileira de Evitabilidade. Este estudo tem como
banco de dados o SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade),
DATASUS e do Departamento de Epidemiologia e Informação de Araucária. Resultado: quando fazemos um comparativo dos
últimos dezessete anos, observamos que há uma redução do Coeficiente de Mortalidade Infantil no Município. O número de
óbitos variou de 38 até 16 por ano. Os coeficientes em Araucária foram de 19,5 a 7,1, com uma média de 12,1 óbitos a cada 1000
nascidos vivos. Segundo a evitabilidade houve uma diminuição, entretanto a maioria dos óbitos infantis ainda foram classificados
como evitáveis. Verificou-se predomínio das mortes no período neonatal precoce. Conclusão: identificou-se que entre 2000
e 2017 a mortalidade infantil no Município de Araucária foi declinante, indicando mudanças positivas no sistema de saúde. A
maioria das mortes infantis poderia ser evitada pelo acesso em tempo oportuno a serviços qualificados de saúde. A mobilização
da sociedade, dos profissionais e serviços de saúde é fundamental para redução dos óbitos infantis. A compreensão do papel
protagonista das condições de vida sobre a mortalidade infantil por causas evitáveis também deve permear as ações que visem
prevenir que outras crianças morram nas mesmas condições.
Mortalidade Infantil no Ano de 2017- 18ª Regional de Saúde
Autores: MARLETE MARCOLINO BRINHOLI; Andrea Moreira; Mary Yoshi Doi; Arlete Marcolino Maria. Instituição: Secretaria de Estado
da Saúde do Paraná
Palavras-chave: mortalidade infantil, atenção básica, prevenção
Ao analisar a mortalidade infantil é possível observar fatores interligados as condições de saúde e determinantes sócio
econômicos da população adstrita. Considerando que este é um indicador impactante pelos danos causados na vida da mulher
e familiares. A redução pode estar relacionada com a ampliação dos serviços de saneamento básico, oferta dos serviços de
saúde e de atenção básica, implantação de programas voltados para a saúde da mulher e da criança como atenção ao pré-
natal, parto, aleitamento materno, coberturas vacinais, entre outros. O objetivo do estudo foi identificar possíveis causas de
óbitos infantil /fetal, buscando intervenções em prol de melhores condições de saúde. Trata-se de um estudo quantitativo
realizado por meios de dados levantados pelo comitê de mortalidade infantil da 18ª Regional de Saúde (RS) no ano de 2017,
totalizando 37 óbitos nesse período. Resultado: com relação ao número de consultas 60,6% realizaram mais que 7 consultas
preconizadas, o que demonstra a responsabilidade da mãe no pré-natal. Ao estratificar o risco 63,3% era de risco habitual
consentindo cuidado pela Atenção Primária. Analisando os óbitos 51,3% foram considerados evitáveis, o que chama a atenção
para avaliarmos o serviço quanto a integralidade e vinculo com a gestante. Relacionando a responsabilidade dos óbitos 42,85%
ficou pela assistência ambulatorial, considerando que 73,3% das medidas de prevenção seriam de promoção, e assistência
ao pré-natal. A 18ª RS tem o coeficiente do mortalidade infantil mais alto no Estado do Paraná, o que exige intensificação das
ações de combate. Embora esteja implantada a Rede Mãe Paranaense ficou claro que existem lacunas assistências ligadas a
atenção básica incluindo qualidade da assistência, cobertura populacional, utilização da linha guia, educação permanente em
saúde. Ao apontar as possíveis causas, é preciso que tenhamos consciência que essa é uma responsabilidade compartilhada
entre os pares, o intuito do trabalho deve ser colaborar com as equipes nas dificuldades encontradas nos diferentes contextos,
e instâncias.
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