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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Notificação Compulsória: uma Análise dos Agravos Transmissíveis Notificados por um
                 Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar.

                 Autores: JUCINAY PHAEDRA SILVA SANCHES; Natacha Bolorino; Demely Biason Ferreira; Renata Aparecida Belei; Flávia Meneguetti
                 Pieri. Instituição: Hospital Universitário de Londrina
                 Palavras-chave: Notificação de Doenças; Notificação Compulsória; Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar.
                 Introdução: A Portaria n. 2.254 de 5 de agosto de 2010 que institui a Vigilância Epidemiológica em âmbito hospitalar como parte
                 integrante do SUBSistema de Vigilância Epidemiológica do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, a qual faz menção a
                 realização do monitoramento de casos hospitalizados por doenças e agravos prioritários para o Sistema Nacional de Vigilância
                 em Saúde. Objetivo: Analisar a prevalência dos agravos transmissíveis notificados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica
                 Hospitalar do Hospital Universitário de Londrina-Paraná. Método: Trata-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo. A
                 pesquisa foi realizada em um Hospital Universitário na região sul do Brasil, cujos dados compreenderam ao período de janeiro
                 a dezembro de 2017. A população estudada, foram todos os casos notificados pelo serviço hospitalar, registrados no Sistema
                 Nacional  de Agravos  de  Notificação.  Os  dados  foram  organizados  por  meio  de  planilha  Excel, versão  2016. A  pesquisa  foi
                 aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE nº 50559815.6.0000.52.31. Resultado: Foram registradas 1.912 notificações,
                 com 54 diferentes tipos de agravos. Os casos com maior prevalência foram, as hepatites virais, com 16,47% dos casos, seguido
                 de acidente de trabalho grave (12,91%), atendimento anti-rábico (10,56%), diarreia (10,25%), violência (9,67%), acidente de trabalho
                 com exposição de material biológico (8,62%), tuberculose (8,21%), Síndrome Respiratória Aguda Grave (7,79%), Síndrome da
                 Imunodeficiência Adquirida (6,17%), outras meningites (5,80%), câncer (4,39%), dengue (3,08%), doença meningocócica (2,19%),
                 sífilis gestante (2,14%), toxoplasmose (2,45%), sífilis congênita (1,88%), sífilis adquirida (1,83%), intoxicação exógena (1,25%), evento
                 adverso pós-vacinação (1,25%) e acidentes com animais peçonhentos (1,04%). Conclusão: A tendência da saúde pública no
                 concernente ao controle das doenças de notificação compulsória é bastante clara, cada vez mais há vigilância, isto é, a coleta e
                 análise de dados, gerando informação para subsidiar as intervenções vem se tornando uma atividade insubstituível.




                 Notificação da Violência Infantil Nos Serviços de Saúde de um Município de Tríplice
                 Fronteira do Estado do Paraná.

                 Autores: ALINE SUELEN MIURA; Oscar Kenji Nihei ; Marieta Fernandes Santos; Érica Ferreira de Souza; Sheila Cristina Rocha-
                 Brischilliari. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de foz do Iguaçu

                 Palavras-chave: Maus-tratos infantil; Epidemiologia; Notificação de abuso
                 Introdução:  A  violência  tem  se  configurado  como  um  problema  mundial,  sendo  considerada  na  atualidade  um  grande
                 problema  de  saúde  pública.  No  Brasil,  há  número  preocupante  de  notificações  de violências  na  população  infantil. Tendo
                 em vista a relevância do tema, a potencialidade do presente estudo sustenta-se no levantamento e divulgação de dados
                 municipais em região de fronteira considerada de alta vulnerabilidade aos agravos sociais. Objetivos: Investigar a prevalência
                 e as características da violência doméstica em crianças de zero a 12 anos de idade em um município de tríplice fronteira no
                 Paraná. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descrito, quantitativo e transversal, com crianças de 0 a 12 anos, a partir das
                 informações do banco de dados do Sistema Informação de Agravos de Notificação de violência doméstica de um município
                 de Tríplice Fronteira do Paraná, de 2010 a 2015. Os dados foram tabulados em planilha do Excel. A pesquisa foi aprovada
                 pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Oeste do Paraná com o parecer nº 1.621.144/2016. Resultado:
                 Foram analisadas 777 notificações de violência em crianças no período. Sendo 491 (63%) ocorridos com o gênero feminino.
                 Quanto ao tipo de violência, 145 (51%) meninos foram expostos à violência física e 346 (70%) meninas foram expostas à violência
                 sexual. Concernente ao local de ocorrência, para ambos os grupos, predominou o ambiente intrafamiliar (63% e 70%). Quanto ao
                 agressor, para ambos os grupos analisados, houve o menor predomínio do “autor desconhecido” (6% e 5%), desmistificando a
                 respeito da segurança do ambiente familiar, tornando-o um território hostil. Quanto à qualidade das notificações, houve ausência
                 de algumas informações, o que pode demostrar uma falta de preparo dos profissionais de saúde para o preenchimento da ficha
                 de notificação. Conclusões: a violência sexual foi preponderante nas meninas e a violência física nos meninos. O ambiente
                 intrafamiliar foi o predominante para ocorrência da violência tornando a sua identificação e interrupção mais árdua e o impacto
                 negativo imensurável na vida do vitimado. O profissional de saúde tem papel fundamental na continuidade do cuidado às
                 vítimas e na sua notificação correta. Os dados obtidos podem contribuir na formulação futuras de estratégias para o combate à
                 violência na região fronteiriça, resultando na melhora da qualidade de vida da população.



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