Page 308 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Óbitos Evitáveis em Menores de Cinco Anos: Tendência no Estado do Paraná

                 Autores: PATRÍCIA LOUISE RODRIGUES VARELA; Rosana Rosseto de Oliveira; Jaqueline Dias; Gabriela Varela Ferracioli; Lays Silva de
                 Azevedo. Instituição: Universidade Estadual do Paraná
                 Palavras-chave: Epidemiologia; vigilância em saúde pública; vigilância epidemiológica.
                 Introdução: óbitos por causas reduzíveis ou evitáveis são as que podem ser prevenidas, parcial ou totalmente, pelos serviços
                 de saúde através de ações de saúde acessíveis e efetivas. Objetivo: Analisar a tendência dos óbitos por causas evitáveis em
                 menores de cinco anos no estado do Paraná. Método: Estudo longitudinal, dos óbitos evitáveis em menores de cinco anos,
                 de residentes no Paraná, no período de 2000 a 2012. Foram calculadas as taxas de óbitos evitáveis em menores de cinco
                 anos para o Estado e Regionais de Saúde, considerando a razão entre o total de óbitos nessa idade e o número de crianças
                 nessa mesma faixa etária, em cada ano, multiplicada por 1.000. Para a análise de tendência utilizou-se o modelo de regressão
                 polinomial. Resultado: As taxas de óbitos evitáveis em menores de cinco anos diminuíram de 4,6 em 2000 para 2,9 em 2012, com
                 decréscimo médio de 0,09 ao ano (r2=0,93). À análise de regressão polinomial segundo Regional de Saúde (RS), observou-se
                 tendência decrescente para quase todas as RS, com exceção da 8a RS-Francisco Beltrão e 17a RS-Londrina que apresentaram
                 tendência crescente (0,02 e 0,004 ao ano, respectivamente), principalmente devido ao aumento das taxas no final do período. A
                 13ª RS-Cianorte, 14ª RS-Paranavaí e 18ª RS-Cornélio Procópio mantiveram-se constantes, com grande oscilação das taxas nos
                 anos analisados. Destacam-se também a 21ª RS-Telêmaco Borba com a maior taxa média (4,13) e a 6ª RS-União da Vitória com
                 a maior redução anual média do período (0,24). Conclusão: Houve redução dos óbitos evitáveis em menores de cinco anos no
                 Paraná, com diferenças entre as RS, indicando a necessidade de aprimorar ações preventivas e assistenciais, respeitando as
                 especificidades de cada região.






                 Ocorrência de Hanseníase em Instituição de Longa Permanência para Idosos:
                 Enfrentamento Institucional


                 Autores: PAOLA KALLYANNA GUARNERI CARVALHO DE LIMA; Camila Formaggi Sales; Magda Lúcia Félix de Oliveira. Instituição:
                 Universidade Estadual de Maringá

                 Palavras-chave: Hanseníase; Instituição de longa permanência para idosos; Saúde do idoso.
                 Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta por meio de sinais e sintomas
                 dermatoneurológicos.  Aspectos  clínico-epidemiológicos  desta  condição  de  saúde  são  pouco  reconhecidos  em  idosos.
                 Objetivo:  Relatar  a  ocorrência  de  hanseníase  morador  de  uma  instituição  de  longa  permanência  para  idosos,  enfocando
                 medidas  clínicas,  epidemiológicas  e  institucionais  para  controle  da  hanseníase.  Método: Estudo de caso único, realizado
                 em uma instituição filantrópica de longa permanência para pessoas idosas - ILPI, situada no Noroeste do Paraná. Utilizou-se
                 registros do prontuário e documentos institucionais do idoso, com coleta de dados em setembro de 2017. O caso foi descrito
                 nos  aspectos  sociodemográficos  e  clínicos  do  idoso,  e  dos  procedimentos  institucionais  pós-diagnóstico.  A  pesquisa  foi
                 submetida à apreciação do Comitê de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, parecer 2.155.512/2017. Resultado: Masculino,
                 70 anos, morador da ILPI havia 10 anos, em quarto com três moradores. Ao longo dos anos, apresentou lesões cutâneas de
                 repetição, não documentadas em imagens, com diferentes diagnósticos médicos. Em 2017 foi encaminhado a um hospital
                 ensino, onde constatou-se lesão necrótica e seca em membro superior esquerdo e lesões em região do joelho, tíbia, fíbula
                 e pés. Confirmado o diagnóstico de hanseníase multibacilar. Foi realizada a informação do caso à unidade básica de saúde
                 - UBS de referência territorial para os idosos da ILPI e notificação epidemiológica no Sistema de Informação de Agravos de
                 Notificação. Procedeu-se a investigação epidemiológica e o encaminhamento do idoso ao Serviço de Dermatologia Sanitária
                 para tratamento específico. Após o início do tratamento, a ILPI, realizou medidas de controle recomendadas pela Agência
                 Nacional de Vigilância Sanitária, acompanhadas pela equipe da UBS: instituição de precaução de contato para o caso, avaliação
                 dermatoneurológica dos demais moradores da ILPI, vacinação dos contatos intradomiciliares e medidas educativas com a
                 equipe multiprofissional de trabalhadores da instituição. Conclusão: A maioria das medidas de enfrentamento da ocorrência e
                 de controle realizadas foram eficientes para prevenir que ocorresse a transmissão da doença a moradores e trabalhadores da
                 instituição. Ressalta-se, no entanto, que o diagnóstico tardio, possivelmente pela falta de conhecimento sobre a hanseníase,
                 aumentou a chance de transmissão e propiciou o início tardio do tratamento.




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