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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Perfil da Mortalidade Fetal no Municipio de Araucária – PR, no Período de 2011 a 2017.

                 Autores: CINARA ROBERTA BRAGA SORICE; Edna Hueda Born. Instituição: SMS ARAUCARIA PR

                 Palavras-chave: mortalidade fetal; evitabilidade do óbito; epidemiologia.
                 Introdução:  A  morte  fetal  é  um  importante  indicador  da  saúde  materna  e  perinatal.  A  taxa  de  mortalidade  fetal  (TMF)  é
                 considerada um dos melhores indicadores de qualidade da assistência prestada à gestante. Objetivo: analisar os coeficientes
                 da mortalidade fetal, ocorridos entre mulheres residentes no Município de Araucária - PR, no período entre 2011 e 2017, visto que,
                 pouca atenção tem sido dada às mortes que ocorrem antes do nascimento. MATERIAL E Métodos:  este estudo utilizou como
                 banco de dados o SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade),
                 DATASUS e do Departamento de Epidemiologia e Informação de Araucária, qualificados e tabulados no Excel. As variáveis
                 selecionadas foram: a idade da mãe, peso ao nascer, duração da gestação e número de consultas de pré natal. Resultado: A
                 amostra foi composta por 107 óbitos fetais. O coeficiente de mortalidade fetal variou entre 4,8 a 8,4, ficando abaixo da média do
                 Paraná 7,3 a 9,1. Segundo a evitabilidade observamos que 48,5% dos casos poderiam ter sido evitados, sendo que 8,4% foram
                 inconclusivos. Apurou-se que 26,16% das mães tinham entre 25 e 29 anos de idade e que 11,21% tinham entre 15 e 19 anos. Com
                 relação ao peso ao nascer destaca-se maior proporção de fetos com menos de 1 kg (35,4%). Os óbitos ocorreram na sua maioria
                 (31%) entre a 20ª e 27ª semanas de gestação. No que se refere ao número de consultas de pré-natal, a maioria realizou 7 ou
                 mais consultas (56,07%). Conclusão: Conhecer a epidemiologia da morte fetal é fundamental para promoção de ações voltadas
                 à saúde materno-infantil, ressaltando-se a importância na qualidade da assistência no pré-natal e parto.












                 Perfil da Mortalidade Materna na Cidade de Cubatão (SP)

                 Autores: JOICE MARIA PACHECO ANTONIO FERNANDES. Instituição: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS-UNISANTOS

                 Palavras-chave: mortalidade materna; saúde da mulher, saúde coletiva
                 A cidade de Cubatão(SP) pertence Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS),uma das mais antigas áreas com ocupação
                 urbana do Brasil (séc.XVI). Conhecida como “Vale da Morte” na década de 80, devido a mortalidade de pessoas pela poluição
                 e alto índice de fetos anencéfalos, Cubatão(SP) engloba bons níveis de riqueza que não se refletem nos indicadores sociais,
                 apesar de possui IDHM considerado alto. Com o objetivo de realizar uma descrição epidemiológica da situação de mortalidade
                 materna  na  cidade  Cubatão/SP,  utilizamos  abordagem  descritivo,  exploratório,  que  busca  descrever  a  série  histórica  da
                 mortalidade materno entre 2000 e 2014, a partir dos dados dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade e Nascidos Vivos
                 do Ministério da Saúde (DATASUS) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de dados do Estado de São Paulo (SEADE).
                 Localizada no sopé da Serra do Mar (SP), Cubatão possui 33,31% de mulheres na idade entre 10 e 49 anos(2010) e a taxa de
                 natalidade em 2000 foi de 22,98 por mil habitantes decaindo para 14,64 por mil habitantes em 2014. De todas as gestantes em
                 2004, 76,38% tinham feito mais de sete consultas de pré natal(PN) e subiu em 2014 para 81,12%. Apesar da melhora do número
                 de consultas PN a Razão de Mortalidade Materna nestes quinze anos (2000-2014) foi de 82,25 óbitos maternos por 100mil
                 nascidos vivos, entre 20 e 29 anos (48%), solteiras (68%), pardas (56%), ocorrido durante o puerpério (40%), no hospital (92%),
                 58,33% de óbitos hospitalares ocorreram em rede hospitalar do sistema SUS. Em dezembro de 2014, na rede hospitalar, o
                 município possuía 24 leitos para obstetrícia em dois hospitais: um hospital privada e o outro com administração direta de saúde,
                 sendo certificação em 2010 o “Melhor Hospital Regional da Baixada Santista”. Após 2013, por várias vezes, foi fechado ambos
                 hospitais, deixando a população sem local para internação materna. Das causas de óbito materna, 52% foram diretas com
                 predomínio de 20% nos problemas Hemorrágicos. O percentual de cesarianas de 52,71%(2004) elevou-se para 63,59% em 2014,
                 assim como percentual de pré termos em 2004 (7,54%) para 10,91% em 2014.A regionalização na RMBS necessita ser implantada
                 de maneira eficaz. O fechamento dos hospitais prejudica a assistência a população e a ocorrência do êxodo das gestantes para
                 o município que, aparentemente, está mais estruturado, sem a devida regionalização dos gastos. O que estamos vendo em
                 dados mais atuais é a mortalidade materna crescendo no município.





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