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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Perfil dos Trabalhadores Vítimas de Acidente de Trabalho com Fluidos Biológicos
Atendidos no Hospital do Trabalhador, Curitiba- Paraná
Autores: SUZETE ELIZABETH GRASSI GARBERS; Fernanda Moura D’Almeida Miranda; Fabiane de Castro Borgo Kraft; Vanessa Golfetto
Uliano; Gisele Finato Pires. Instituição: Hospital do Trabalhador/Unidade Saúde do Trabalhador
Palavras-chave: epidemiologia, risco biológico, acidente de trabalho
Introdução: Os acidentes de trabalho com fluidos biológicos (ATFB) são a principal causa de acidente de trabalho típico entre
os trabalhadores de saúde. Entretanto, não ocorrem somente entre trabalhadores de saúde. Miranda, et al (2017) afirma que
estes acidentes ocorrem com trabalhadores da área de educação, segurança, comércio e agricultura. Para Curitiba e Região
Metropolitana, o Hospital do Trabalhador é referência para atendimento dos trabalhadores vítimas de ATFB atendendo em média,
150 casos/mês. Ainda a notificação deste agravo é obrigatória ao Sistema Único de Saúde desde 2004, sendo a última portaria
publicada em 2016. Objetivo: Caracterizar o perfil dos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho com fluidos biológico;
as causas do acidente e a evolução dos casos. Método: Pesquisa retrospectiva e documental, no qual foram analisados 1355
registros deste acidente no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Hospital do Trabalhador. O período
do estudo foi de janeiro a dezembro de 2016. Os preceitos éticos foram respeitados sendo aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná/ Hospital do Trabalhador sob parecer nº 1.045.456. Resultado: Dos 1355
casos registrados, 1066 (71%) eram do sexo feminino e a faixa etária com maior frequência foi de 20 a 34 anos com 686 (50,6%)
dos casos. Os trabalhadores mais acometidos foram da enfermagem com 616 (45,6%) dos casos, seguidos dos trabalhadores
de limpeza e coleta de lixo com 184 (13,6%). As circunstâncias com maior ocorrência de acidente foram descarte incorreto de
materiais perfurocortantes com 214 (15,8%); punção venosa com 210 (15,5%) e administração de medicamentos com 203 (15,0%).
O material orgânico com maior frequência foi o sangue em 875 (64,6%) casos. A agulha com luz foi causadora de 826 (60,9%)
dos acidentes. Os trabalhadores eram vacinados em 1239 (91,4%) dos registros, porém somente 973 (71,8%) eram imunes a
Hepatite B. O antirretroviral foi indicado em 217 (16,0%) casos e em apenas 53 casos a fonte era positiva para HIV. O abandono
do seguimento sorológico ocorreu em 893 (65,9%) dos casos. Conclusão: Faz-se necessário reforçar a fiscalização para o
cumprimento da Norma Regulamentadora nº 32.Referência: MIRANDA, Fernanda Moura D’Almeida et al. Perfil dos trabalhadores
brasileiros vítimas de acidente de trabalho com fluidos biológicos. Rev. Bras. Enferm., Brasília,v.70,n. 5,p. 1061-1068, out. 2017.
Perfil Epidemiológico da Hepatite B na Região Oeste do Paraná, Brasil, 2017
Autores: PRICILA S. DA CRUZ TEIXEIRA; Lilimar R. N. Mori. Instituição: Secretaria Estadual de Saúde - SESA/PR
Palavras-chave: hepatite; vigilância; coberturas vacinais
Introdução: A hepatite B é uma doença infecto-contagiosa, de notificação compulsória e imunoprevenível. Apresenta
distribuição mundial de forma heterogênea, estima-se que, anualmente ocorram um milhão de óbitos no mundo devido à
cirrose hepática ou ao hepatocarcinoma decorrentes da hepatite B. Considerando que muitos indivíduos infectados são
assintomáticos e que nas infecções sintomáticas existem subnotificações, a prevalência da hepatite B ainda é subestimada.
Diversas regiões do Brasil são consideradas de alto risco para doença, a região amazônica e a região oeste do Paraná são de
alta endemicidade. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico da Hepatite B na 20ª Regional de Saúde – Toledo, região oeste
do Paraná, através dos dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Métodos: Realizado estudo descritivo
na região oeste do Paraná no período de 2006-2015. Foram utilizados frequências simples, relativas e taxas. A fonte de dados
foi o SINAN. Resultado: Dos 1419 casos notificados, 1240 (87,39%) foram confirmados, sendo 1160 (93,54%) classificados como
Hepatite Crônica/Portador Assintomático. A taxa de detecção de Hepatite B obteve uma mediana de 33,3 casos por 100.000
habitantes. Identificou-se maior número de casos de Hepatite B no sexo masculino na faixa etária dos 35-44 anos. Referente
ao esquema vacinal, 884 (71,29%) não eram vacinados. Conclusões: Prevalência da hepatite B em homens, na faixa etária
laboral produtiva e não vacinados. A taxa de detecção na região oeste do Paraná está quatro vezes acima da mediana nacional,
corroborando a endemicidade descrita. É essencial ações de prevenção e promoção da saúde, através de atuação eficaz
da vigilância das hepatites em todos os níveis dos serviços de saúde, sejam eles públicos ou privados, de forma contínua e
sistemática, contemplando ações que visam conhecer o comportamento da doença, identificar os fatores que expliquem a alta
prevalência na região, além de traçar estratégias para alcance de coberturas vacinais satisfatórias.
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