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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Perfil Epidemiológico da Sífilis Congênita em Londrina, Paraná

                 Autores: FLAVIANE MELLO LAZARINI; Dulce Aparecida Barbosa; Márcio Souza dos Santos. Instituição: Universidade Federal de São
                 Paulo- Escola Paulista de Enfermagem
                 Palavras-chave: Sífilis; Sífilis Congênita; Vigilância Epidemiológica
                 Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) reconhecida como um problema de saúde pública no
                 mundo. Mesmo com a disponibilização do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), esse agravo continua disseminado na
                 população. Como consequência, a sífilis em gestantes se destaca, trazendo diversas complicações fetais e aos recém-nascidos.
                 Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), até 2015, a meta era reduzir a sífilis congênita para menos de 0,5
                 casos/mil nascidos vivos, porém, não houve sucesso. Assim, nota-se a importância de acompanhar o perfil epidemiológico desta
                 IST para subsidiar intervenções em saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da sífilis gestacional em um município
                 do interior do Paraná no período de 2008 a 2017. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo dos casos de sífilis congênita
                 notificadas em Londrina, Paraná, no período de 2008 a 2017. Os dados foram coletados do banco do SINAN, tabulados no Excel
                 e analisados no programa Epi Info versão 3.5.3. Resultado: Foram notificados nos últimos dez anos (2008 a 2017) 442 casos de
                 sífilis congênita. O número de notificações cresceu a cada ano, sendo em 2008, 12 casos (2,71%), em 2016, 104 casos (23,5%). No
                 ano de 2017 excepcionalmente até setembro houve uma diminuição com 63 casos (14,2%). Em relação à faixa etária, 440 (99,6%)
                 casos foram em menores de 1 ano. A cor branca representou 244 (55,2%), seguido da preta/parda com 173 (39,1%). No que tange
                 a realização do pré-natal 407 (92%) o realizaram, 34 (7,6%) não realizaram e 1 (0,2%) caso foi apresentado como ignorado. Em
                 relação à realização do diagnóstico de sífilis materna 359 (81,2%) foi durante o pré-natal, 48 (11%) no momento do parto, 27 (6,1%)
                 após o parto, 4 (0,9%) não realizou e 4 (0,9%) casos foram preenchidos como “ignorado”. Conclusão: O estudo demonstrou que
                 os casos de sífilis congênita sofreram um aumento significativo provavelmente pelas melhorias no serviço de notificação com
                 o decorrer dos anos, apresentado uma queda somente no ano de 2017. Outro destaque é que a maior parte dos casos de sífilis
                 congênita ocorreu em filhos de mulheres que realizaram pré-natal, apontando falhas de diagnóstico e tratamento do agravo.
                 Ao treinamentos e capacitações locais tem reforçado a importância desse diagnóstico precoce, podendo ter refletido na queda
                 de casos em 2017. Mesmo assim, essas estratégias precisam ser mantidas e reforçadas para que se alcance a eliminação da
                 sífilis congênita.


                 Perfil Epidemiológico de Casos de Meningite Criptocócica em um Período de Dez
                 Anos em Residentes no do Município de Ponta Grossa – PR

                 Autores: PRISCILLA VANESSA ALVES SANTOS; Caroliny Stocco; Luciana Pereira da Rocha; Leandro Cavalcante Lipinski; Erildo Vicente
                 Müller. Instituição: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa/Secretaria Municipal de Saúde
                 Palavras-chave: Meningite Criptocócica; epidemiologia; criptococose

                 Introdução: A criptococose oportunista associada a condições de imunossupressão celular é causada predominantemente por
                 Cryptococcus neoformans variedade neoformans. A Criptococose é também conhecida como Torulose, Blastomicose Européia,
                 Doença de Busse-Buschke, é uma micose sistêmica cuja porta de entrada é a via inalatória causada por um complexo de
                 fungos patogênicos do gênero Cryptococcus. Na natureza, o Cryptococcus pode ser encontrado em uma variedade de nichos,
                 incluindo sUBStratos orgânicos e habitats relacionados a excretas de aves e fezes de morcegos. Dentre as micoses sistêmicas, a
                 criptococose ganhou relevância pelo seu caráter de infecção oportunista, acometendo pacientes imunocomprometidos ou não,
                 e por ser uma zoonose com grande distribuição mundial. Objetivo: Analisar aspectos epidemiológicos de casos confirmados
                 de meningite criptocócica em um período de dez anos em residentes no município de Ponta Grossa – PR. Metodologia: Trata-
                 se de um estudo epidemiológico de corte transversal com casos confirmados de meningite por criptococos residentes no
                 município de Ponta Grossa - PR. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN Net) no
                 período de 2007 a 2017. Foram analisadas variáveis sócio-demográficas (sexo, raça/cor, faixa etária e escolaridade) e variáveis
                 referentes aos dados complementares do caso (doenças pré-existente, sinais e sintomas, classificação do caso, etiologia e
                 evolução do caso). Resultado: A amostra foi composta por 15 casos confirmados de meningite criptocócica, correspondendo
                 a 3,07% do total de casos confirmados para meningite (n=488). Dentre a amostra, 80% (n=12) foram no sexo masculino, 86,67%
                 (n=13) eram da raça/cor branca, 40% (n=6) na faixa etária entre 50 a 59 anos, seguidos por 33,33% (n=5) na faixa etária entre 30
                 a 39 anos e, 53,33% (n=6) tinham escolaridade entre 1 a 4 anos. Com relação as doenças pré-existentes, 80% (n=12) dos casos
                 estavam em AIDS ou eram HIV positivos. Quanto ao aspecto clínico, os sintomas referidos com maior frequência foram cefaleia,
                 representando 86,67% (n=13), seguidos por febre com 86,67% (n=10), e vômito com 60% (n=9). A evolução foi para cura em
                 73,33% (n=11) dos casos e a letalidade para a doença foi de 20% (n=3). Conclusão: A compreensão da cadeia de transmissão da
                 meningite criptocócica subsidia a elaboração de medidas mitigadoras para a prevenção da transmissão desta doença, porém
                 foram evidenciadas poucas produções científicas sobre tema.



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