Page 318 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Perfil Epidemiológico da Leptospirose em um Município no Sul do Brasil no Período
de 2013 a 2017
Autores: DÊMELY BIASON FERREIRA; Jéssica Maia Storer; Ana Beatriz Floriano de Souza; Ana Elvira de Barros Joia; Flávia Meneguetti
Pieri. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Leptospirose; Notificação; Epidemiologia.
Introdução: A leptospirose, causada pela bactéria Leptospira, é uma doença infectocontagiosa de grande relevância para a
saúde pública, visto que é uma zoonose, com maior incidência em regiões tropicais. Os roedores, principais transmissores,
excretam a bactéria juntamente com a urina, contaminando o solo e a água. O conhecimento do perfil epidemiológico é uma
importante ferramenta para a elaboração de estratégias de controle da doença, gestão e análise de políticas e ações de saúde.
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da leptospirose em um município no Sul do Brasil no período de 2013 a 2017.
Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e retrospectivo, cuja fonte é o banco de dados do SINAN (Sistema
Nacional de Agravos Notificáveis). Os dados foram tabulados e analisados por meio do programa SPSS, versão 20.0. CAAE
50559815.6.0000.52.31. Resultado: Foram notificados 47 casos de leptospirose no período de 2013 a 2017, com predomínio do
sexo masculino (87,2%) e da faixa de idade entre 20 a 49 anos. Observou-se que, do total de notificações, ocorreram 9 (19,1%)
óbitos pelo agravo notificado e 36 (76,6%) curas após tratamento. Percebe-se que, no ano de 2016, houve uma maior taxa de
incidência (2,52 /100.000 habitantes) representando um total de 14 casos, sendo mais frequente na faixa etária de 20 a 34 anos,
com taxa de letalidade de 35,71%. Comparado ao ano de 2015, a taxa de letalidade de leptospirose mostrou-se maior (45,45%),
mesmo com uma menor taxa de incidência (2/100.000 habitantes), equivalente a 10 casos notificados. Conclusão: As análises
desses dados demonstram a importância de prevenir a transmissão da Leptospira, através dos roedores, e ainda a necessidade
de estratégias para erradicação dos casos, com ações mais efetivas para o controle da doença, e que impactam diretamente
os serviços de saúde.
Perfil Epidemiológico da População Idosa Atendida na Esf de Ivaiporã/paraná
Autores: LETÍCIA PUGIM FERREIRA; Carla Caroline Diniz Dias Fernandes; Pedro Salviano Filho. Instituição: Universidade do Oeste
Paulista
Palavras-chave: Doenças crônicas;Perfil epidemiológico
Introdução: O Brasil e o mundo estão envelhecendo. Tal situação deve-se à redução das taxas de natalidade e aumento da
expectativa de vida. Em 2014, os idosos representavam 13,7% da população brasileira - 27,8 milhões de pessoas. Em 2050,
calcula-se que esse número chegue a 64 milhões - quase 30% da população. Sabe-se que o processo de envelhecimento
relaciona-se com maiores taxas de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), essa realidade, portanto, gera a necessidade
de cuidados especiais dirigidos à população idosa. A Atenção Básica em Saúde, representada no país pela Estratégia de Saúde
da Família (ESF) é de grande importância neste âmbito visto que é o nível de atenção mais próximo da comunidade, cabendo
então às equipes da ESF a elaboração de um plano de saúde baseado no perfil epidemiológico da população adstrita e executar
ações de vigilância em saúde, atuando no controle das DCNT e seus agravos. Justificativa: Demonstrar o perfil epidemiológico
de uma ESF constitui na possibilidade de traçar metas, objetivando uma melhora significativa na qualidade do atendimento
maior satisfação da comunidade envolvida e ações de saúde mais eficaz para as dificuldades evidenciadas, obtendo assim
uma visão holística da unidade em questão. Objetivo: Avaliar e traçar o perfil epidemiológico na área de abrangência da ESF.
Método: levantamento dos prontuários dos usuários com a coleta das variáveis propostas: gênero, idade, DCNT, medicamentos
utilizados, escore de risco se presente. Em seguida, os resultados serão tabulados e analisados por meio de método estatístico.
Resultado: Foram levantados 283 usuários pertencentes à área de abrangência. Quanto ao perfil de seus usuários cerca de
60% são do sexo feminino e 37,3% são do sexo masculino. A média de idade dos usuários é de 66,7 anos. Em relação às
DCNT cerca de 93,6% possuem o diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica, 28,5% de Diabetes Mellitus do tipo 2 e 23%
apresentam diagnósticos de HAS e DM superajuntados. Frente ao exposto anteriormente, a equipe classifica os pacientes
de acordo com a Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular, e após verificar sua categoria de risco elaboram metas e
oferecem encaminhamento para especialista em questão. Conclusão: Este trabalho reforça que a há uma superposição das
DCNT sobre as doenças transmissíveis na população idosa, a ESF, portanto, deve conhecer o perfil epidemiológico deste grupo
e traçar metas de acordo com o risco e fragilidade de seus pacientes.
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