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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Perfil dos Atletas Orientistas Participantes da I Etapa do Campeonato Brasileiro de
                 Orientação/2018

                 Autores: CRISLEY VANESSA PRADO; Jaison Ferreira; Paulo Rogério Alves Gaissler. Instituição: Universidade do Contestado (UnC)

                 Palavras-chave: Esporte de Orientação; Atletas; Campeonato.
                 Introdução: O Esporte de Orientação (EO) é uma modalidade desportiva reconhecida pelo Comitê Olímpico internacional (COI),
                 que utiliza a própria natureza como campo de jogo. Apesar de pouco difundido no Brasil, o EO vem ganhando adeptos fiéis
                 à modalidade. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil dos atletas participantes da primeira etapa do
                 Campeonato Brasileiro de Orientação, realizado entre os dias 19 a 22 de maio de 2018, na cidade de Santa Maria, RS. Metodologia:
                 Estudo de delineamento transversal e característica descritiva, com coleta de dados realizada através de um questionário misto,
                 composto de alternativas abertas e fechadas, totalizando 16 questões. Os atletas foram convidados a participar de maneira
                 voluntária da pesquisa. Resultado: Dos 412 atletas inscritos, 255 foram abordados, e destes, 21 recusaram-se a responder o
                 questionário, totalizando 234 respondentes. Foram excluídos 44 atletas por apresentarem idade inferior a 18 anos, e 13 atletas
                 por não completarem o questionário, restando 177 participantes (62,71% do sexo masculino). Participaram indivíduos de quatro
                 países incluindo o Brasil, divididos em 13 estados e 49 cidades. A faixa etária predominante foi entre 18 a 29 anos de idade
                 (51,41%), e renda mensal maior que quatro salários mínimos (52,54%). O percurso mais disputado foi o “médio” e “longo” (96,61%),
                 seguido de “sprint” (79,66%) e “treino” (20,33%). Mais da metade dos atletas pratica a modalidade por mais de cinco anos (57,06%)
                 e não utiliza o aparelho GPS durante os treinos (51,97%). Os motivos mais citados pela busca do EO foram o “bem-estar” (52,54%),
                 “competitividade”  (44,06%)  e  “socialização”  (44,06%).  Os  participantes  reportaram  como  benefícios  da  prática  a  “melhora  na
                 saúde” (68,92%) e o “esquecimento dos problemas” (49,71%). Sete a cada dez participantes relataram melhora na qualidade de
                 vida após a busca pelo EO. A média diária de treino foi de 1h40min, com 25,49km percorridos semanalmente. Conclusão: Os
                 atletas orientistas são jovens do sexo masculino, de nível socioeconômico médio, representantes de quatro diferentes países.
                 Os motivos mais citados pela prática foram o bem-estar, competitividade e socialização. Os participantes reportaram melhora
                 na saúde e qualidade de vida, assim como o esquecimento dos problemas a partir da prática do EO.



                 Perfil dos Trabalhadores Expostos ao Amianto em uma Indústria de Fibrocimento em
                 Curitiba e Região Metropolitana

                 Autores: FERNANDA MOURA D ALMEIDA MIRANDA; Suzete Elizabeth Grassi Garbers; Leila Maria Mansano Sarquis; Christiane Brey;
                 Tatiane Lage Ferreira Halfeld. Instituição: Hospital do Trabalhador/ Unidade Saúde do Trabalhador

                 Palavras-chave: epidemiologia, saúde do trabalhador, exposição a amianto
                 Introdução:  Em  todo  o  território  brasileiro,  casos  de  doenças  ocupacionais  relacionadas  à  exposição  ao  amianto  são  de
                 notificação  obrigatória  no  Sistema  de  Informações  e  Notificação  de Agravos  (SINAN).  Entre  2007  e  2013,  dos  2.286  casos
                 notificados  por  meio  da  Ficha  de  Investigação  de  Doenças  Relacionadas  ao  Trabalho  /  Pneumoconiose,  1.192  tiveram
                 diagnósticos específicos para mesotelioma, pneumoconiose devido à exposição ao amianto e outras fibras minerais e placas
                 pleurais (CID10 – C45, J61 e J92). Deste total, apenas três casos eram mesotelioma maligno. (BRASIL, 2016). Já no Sistema de
                 Informação de Mortalidade do DataSUS (SIM), em 2013 foram registradas 103 mortes por mesotelioma (C45) e 672 por neoplasia
                 maligna do coração, mediastino e pleura (C38).Objetivo: Analisar os óbitos dos trabalhadores expostos ao fibrocimento no
                 Paraná entre 1970 a 2015. Método: Pesquisa epidemiológica, retrospectiva, no qual foram analisados os dados advindos do
                 Sistema de Informação de Mortalidade por meio das declarações de óbitos no período de 1986 a 2017 e cruzou-se com os
                 dados referentes aos trabalhadores expostos ao amianto que foram cedidos pelo Ministério Público do Trabalho referentes a
                 Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A amostra foi composta por 1.271 registros de trabalhadores expostos ao amianto.
                 A coleta de dados ocorreu de setembro a dezembro de 2017. Os preceitos éticos foram respeitados sendo aprovado pelo
                 Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná/ Hospital do Trabalhador sob parecer nº 2.303.308.
                 Resultado: No perfil dos trabalhadores avaliados houve o predomínio do sexo masculino com 96,1%. A faixa etária com maior
                 frequência foi de 21 a 30 anos com 37,8% dos casos e a idade média dos trabalhadores eram 36 anos. O tempo de trabalho/
                 exposição  ao  amianto  com  maior  frequência  com  menor  de  1  ano  com  49,3%. A  ocupação  da  maioria  dos  trabalhadores
                 era auxiliar de produção com 62% Dos 1271 registros analisados, 21 trabalhadores haviam falecidos. E apenas 3 casos eram
                 neoplasias (neoplasia maligna do estômago/neoplasia maligna da laringe/ linfoma não-Hodgkin difuso).Conclusão: Devido ao
                 período de latência do adoecimento por exposição ao amianto nesta pesquisa não foi possível estabelecer relação dos casos
                 de neoplasia e a exposição. Ainda, faz-se necessário aprimorar o preenchimento das declarações de óbitos e também das
                 informações contidas na RAIS.


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