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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Perfil Citopatologico de Mulheres Atendidas em uma Unidade Estratégia Saúde da
                 Família do Sul do Brasil

                 Autores: MARÍLIA BUCCO; Maria Terumi Kami. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba

                 Palavras-chave: Colo de Útero; Alteração; Mulher;
                 Introdução: O Câncer do Colo do Útero (CCU) é a patologia mais comum nas mulheres em 45 países do mundo, e o causador
                 pelo óbito de mais mulheres que qualquer outra forma de câncer em 55 países (WHO, 2016). Segundo INCA (2015), no ano de 2016
                 a estimativa para novos casos de CCU para o Brasil foi de 16.340 casos, sendo 2.240 no Sul, 860 para o Estado do Paraná e 140
                 em Curitiba. No Brasil o Ministério da Saúde (MS) preconiza que os exames citopatológicos de rastreamento devem ser realizados
                 de 25 até os 64 anos de idade. Objetivo: Analisar exames citopatológicos realizados em mulheres atendidas em uma Unidade
                 Estratégia Saúde da Família de Curitiba Método: Estudo descritivo e quantitativo com análise em banco de dados do Sistema
                 de Informação do Câncer, composto por laudos citopatológicos realizados em 2017. Resultado: Dos 874 laudos citopatológicos
                 de colo de útero realizados, 143 (16,36%) exames apresentaram algum tipo de alteração. Destas alterações, quanto à análise
                 microbiológica dos exames citopatológicos foram observados que a colonização cérvico-vaginal se deu, principalmente, por
                 Gardnerella Vaginalis  (83,2%),  seguido  de  Candida  sp  (4,1%)  e Trichomonas  (1,39%).  Conforme  os  resultados  obtidos  das  nas
                 amostras, foram encontradas alterações epiteliais em 8 (5,59%) casos de Células Atípicas de origem indefinida (ASC-US), 3 (2,9%)
                 casos de Células Atípicas Escamosas de significado Indeterminado (ASC-H), 2 (1,4%) casos de Células Atípicas Escamosas de
                 significado Indeterminado Glandulares e 1 (0,69%) de Alto grau. Com relação à idade, estas alterações se concentraram nas
                 seguintes faixas etárias: 14 a 25 (16%), 26 a 37 (28%), 38 a 49 (29%) 50 a 60 (23%), de 61 a 65 (2%) e acima dos 65 anos (2%). Conclusão:
                 O estudo mostrou que as alterações no exame citopatológico são mais frequentes em mulheres na faixa etária de 38-49 anos,
                 seguida da faixa etária de 26-37. Na análise microbiológica, Gardenerella mais frequente e dentre as alterações celulares as
                 atipias de significado indeterminado. Muitas alterações celulares podem estar associadas ao HPV, excepcionalmente transmitida
                 por via sexual e que essas alterações desempenham importante papel no processo de evolução para o CCU. Conhecer este
                 perfil é de grande importância, pois demonstra a necessidade de um sistema de atividades de prevenção primária e de detecção
                 precoce dessas lesões, na tentativa de minimizar as taxas de mortalidade atribuídas a essa patologia em nossa região.




                 Perfil Clínico-epidemiológico e Evasão do Sistema: Avaliação de Pacientes com
                 Esquizofrenia Inseridos em Centros de Atenção Psicossocial


                 Autores: CAMILA RODRIGUES TATAR; Camila Poletto Viveiros; Renato Mitsunori Nisihara; Deivisson Vianna Dantas dos Santos.
                 Instituição: Faculdade Evangélica do Paraná

                 Palavras-chave: Esquizofrenia; Centro de atenção psicossocial; Perfil Epidemiológico
                 Introdução: Esquizofrenia determina alterações crônicas, com prevalência de 1% na população. Cerca de 30% dos pacientes
                 apresentarão  deterioração  profissional,  social  e  afetiva.  O  tratamento  é  individualizado  e  a  não-adesão  apresenta  taxas  que
                 chegam a 50%, implicando pior prognóstico, elevação de custos e risco de suicídio. Os CAPS devem garantir acesso integral
                 e resolutivo associado aos diferentes níveis de atenção. Objetivos: Avaliar o perfil clínico-epidemiológico e taxa de evasão de
                 pacientes  esquizofrênicos  inseridos  nos  CAPS  de  Curitiba.  Método:  Avaliação  quantitativa  descritiva  do  perfil  demográfico,
                 psicossocial e clínico de pacientes com esquizofrenia, a partir de análise de prontuários inseridos no sistema entre Janeiro-
                 Dezembro de 2016, sendo avaliado de cada paciente dados relativos a um ano de acompanhamento a partir do mês em que
                 foi  inserido  no  serviço.  Resultado: Foram  incluídos  no  estudo  112  prontuários.  O  transtorno  predominou  no  sexo  masculino,
                 com média de idade geral de 40,5 anos, sendo significativamente menor nos homens (36,5 anos) do que nas mulheres (49,2
                 anos). Prevaleceu na amostra baixa escolaridade, desempregados/aposentados, ausência de filhos e residência com a família.
                 A maior prevalência de diagnóstico está entre adultos jovens. Cerca de um quarto apresentava histórico familiar de transtornos
                 mentais. A maioria dos pacientes não relatou comorbidades, dentre aqueles que apresentaram, a mais frequente foi HAS. A
                 sintomatologia mais frequentes foi relacionada a sintomas psicóticos. O antipsicótico mais prescrito foi Haloperidol. Dentre os
                 pacientes que relataram efeitos colaterais, prevaleceu sedação. A taxa de evasão do serviço foi 15,2% e apenas um paciente
                 necessitou internamento em hospital psiquiátrico como desfecho após um ano. Entre os pacientes de evasão, o tempo médio
                 de permanência no serviço foi de 6 meses e mulheres evadiram mais do que homens. Prevaleceram pacientes de evasão com
                 meia idade. Dados psicossociais, sintomas, medicamentos e efeitos colaterais apresentaram semelhança com a amostra total.
                 Conclusão: Pesquisas para investigar fatores clínico-epidemiológicos relacionados à evasão de pacientes esquizofrênicos são
                 importantes para delineamento da população e desenvolvimento de matriz de acompanhamento adequada a manutenção dos
                 usuários no serviço.



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