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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Perfil Epidemiológico de Idosos com HIV/aids em um Município do Paraná
Autores: HELOIZA LARA PARIZOTTO; Danielle Cortez da Silva; Raphael de Souza Dias; Leandra Fagan; Flávia Meneguetti Pieri.
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Síndrome da Imunodeficiência Humana. Idoso. Epidemiologia
Introdução: Atualmente, no cenário mundial e no Brasil, registra-se um aumento do número de diagnósticos de HIV/aids em
idosos. Apesar do desempenho sexual dos idosos se beneficiar atualmente com os avanços científicos e tecnológicos, aumento
da expectativa de vida e melhorias na qualidade de vida, crescem também as preocupações com as infecções sexualmente
transmissíveis nessa faixa etária. Ao mesmo tempo, percebe-se a permanência de estereótipos e preconceitos vinculados ao
mito da assexualidade do idoso. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de HIV/aids em idosos notificados do
município de Londrina-Paraná. Método: Estudo transversal, cujos dados foram levantados das fichas do SINAN de idosos com
HIV/aids notificados no município de Londrina, Paraná, no período de 2007 a 2017. Os dados foram tabulados no programa
Statistical Package for the Social Sciences. As análises ocorreram por meio de frequências simples e relativas e medidas de
tendência central e dispersão. CAAE nº 50559815.6.0000.52.31. Resultado: Foram notificados no período 120 casos de HIV/aids
em idosos, dos quais 51 (42,5%) foram diagnosticados em unidades hospitalares de média e alta complexidade, e, 69 (57,5%)
em centro de referência para Infecções Sexualmente Transmissíveis. A idade destes pacientes variou de 60 a 82 anos, com
média de 65,48 anos. Desses, 92 (76,7%) pacientes, expressaram a contagem de LTCD+ menor que 350cel/mm3 no momento
do diagnóstico. Entres os casos, sobressaiu-se o sexo masculino (63,2%), a raça/cor branca (89,5%) e o tempo de escolaridade
de 1 a 4 anos de estudo (35,5%) consistindo que 8,8% declarou-se analfabeto. A maioria dos homens se declarou heterossexual
(79,01%); 13,5% homossexual e 6,17% bissexual. Dentre as mulheres, 94,87% se declararam heterossexuais. Ressalta-se que
54,9% dos casos notificados nos hospitais evoluíram para óbito por aids. Conclusão: Parece fundamental que tais discussões
sejam incluídas ao longo do processo de formação em saúde, tanto na graduação quanto nas ações de formação permanente
dos profissionais de saúde. A visão sobre a velhice e o envelhecimento, as temáticas da sexualidade e das práticas sexuais,
especialmente em idosos, seguem como desafios para a atuação em saúde e promoção da saúde da pessoa idosa.
Perfil Epidemiológico dos Acidentes com Animais Peçonhentos da 6ª Regional de
Saúde
Autores: MICHELE MARTHA WEBER LIMA; Marilvia Lili Berri; Marcia Riskowski Grolli; Ana Paula Moreira e Silva; Emanuel Marques da
Silva. Instituição: Secretaria Estadual de Saúde (SESA) do Paraná - 6ª Regional de Saúde
Palavras-chave: Saúde pública; vigilância; prevenção
Os acidentes com animais peçonhentos constituem um problema de Saúde Pública no Brasil. Estes indicadores são importantes
para desenvolver medidas de vigilância, podendo direcionar ações de prevenção e investigação de casos. O objetivo deste
trabalho é o levantamento de dados epidemiológicos dos municípios que abrangem a 6ª Regional de Saúde do Paraná, entre
os anos de 2015 a 2017. Os dados foram levantados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) e compilados
no Excel. O período de estudo apresentou 2850 acidentes por animais peçonhentos, atingindo mais homens 53% (n= 1510) que
mulheres 47% (n= 1340), com faixa etária entre 19 a 39 anos com 35% (n= 994) e de 40 a 59 anos com 28% (n= 789). A raça branca
foi a mais acometida totalizando 92% (n= 2635) dos casos, 51% (n= 1461) ocorreram em zona rural e 47% (n= 1326) em zona urbana.
Predominam os acidentes classificados como leves com 82% (n= 2363), apresentando apenas 1% (n= 31) de casos graves, porém
observa-se que os casos graves vêm aumentando nos últimos anos e a sorologia não foi utilizada em mais da metade desses
casos 51% (n= 16). A maioria dos atendimentos ocorreu em até uma hora após a picada 34% (n= 969), porém 22% (n= 648) deles
ocorram após 24 horas ou mais. Os membros mais acometidos foram os inferiores como mãos 24% (n= 688), pés 23% (n= 675)
e perna 21% (n=613), a cabeça apresentou apenas 7% (n= 208) dos casos, porém observou-se que as ocorrências de acidente
com a mesma vêm aumentando ao longo dos anos. Os acidentes em sua maioria são causados por aranha 79% (n= 2243), os
quais constituem 51% (n= 16) dos casos graves e duas mortes por Loxocelismo, seguem então os acidentes por serpentes
6,9% (n= 198), abelha 4,7% (n= 135), escorpião 4,4% (n= 124), lagarta 3,3% (n= 95) e 1,5% (n= 42) de outros animais peçonhentos.
Alguns municípios chamam atenção com casos de escorpionismo como Bituruna com 8,9% (n= 37) e em São Mateus do Sul
com 20% (n= 75), os casos de ataque por abelha se destacam em Paulo Frontin com 10% (n= 33) e em São Mateus do Sul com
9,8% (n= 52). Os acidentes por animais peçonhentos aumentaram nos últimos anos nesta região, demonstrando que devem ser
intensificadas as medidas de prevenção e orientação, sendo fundamental que se tomem medidas de vigilância em saúde para
diminuir a ocorrência desse tipo de agravo.
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