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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Prevalência de Bacteremias em Hospital Universitário: um Estudo Retrospectivo de
2013 a 2017
Autores: GUILHERME GALERANI MOSSINI; Iara de Matos Lessa; Beatriz Hiromi Ishikawa; Bruno Buranelo Costa ; Daniela Dambroso
Altafini. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: bacteremias; hemocultura; prevalência
Introdução: Bacteremia é o termo utilizado para se referir à presença de bactérias na corrente sanguínea que podem ser
Gram-positivas (GP) e Gram-negativas (GN). Este processo infeccioso pode gerar complicações sistêmicas, levando à
sepse, caracterizada por uma disfunção orgânica, como resposta à infecção. Conhecer os principais agentes etiológicos das
bacteremias bem como sua prevalência em hospitais é de extrema importância, para que possam aplicar medidas preventivas e
direcionamento à terapêutica antimicrobiana empírica. Objetivos: Avaliar a prevalência de bacteremias por GN ou GP no período
de 2013 a 2017 em um Hospital Universitário, bem como determinar a espécie bacteriana mais prevalente nesse intervalo de
tempo. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo e transversal, realizado a partir de um banco de dados disponibilizado pelo
Laboratório de Análises Clínicas de um Hospital Universitário. Foram realizadas análises estatísticas com resultados de exames
laboratoriais referentes à pacientes com hemoculturas positivas entre 2013 e 2017, conforme infecções por bactérias GN e GP.
Os critérios para inclusão dos pacientes no estudo foram: positividade com identificação do mesmo micro-organismo com
relevância clínica em duas hemoculturas ou ainda hemocultura positiva para microrganismos de relevância clinica. Resultado:
Foram avaliadas 10.823 hemoculturas coletadas neste período, destas, 392 amostras positivas foram elegíveis no critério
estabelecido no estudo. A partir dos resultados positivos, foram identificadas 198 bactérias GN e 194 GP. Entre as bactérias GN
houve prevalência de Escherichia spp. (50,5%), seguida de Klebsiella spp. (19,7%) e Pseudomonas spp. (17,2%). Entre os isolados
GP, Staphylococcus spp. foi o de maior prevalência com 75,8%, seguido pelo Enterococccus spp. De modo geral o gênero
Staphylococcus sp foi o mais frequente, sendo 31,25% de 64 casos em 2013; 45,46% de 77 casos em 2014; 44,44% de 81 em 2015;
33,33% de 81 em 2016; e 34,83% de 89 no ano de 2017. Conclusão: Em nossa instituição a frequência de isolamento de bactérias
GN foi similar à de bactérias GP sendo Staphylococcus o gênero mais isolado no intervalo estudado. Estes dados podem auxiliar
o direcionamento da terapia antimicrobiana. Considerando que este gênero possui o homem como principal reservatório, é
necessária a aplicação de medidas profiláticas no cuidado ao paciente, a fim de reduzir a prevalência de bacteremias.
Prevalência de Doença de Alzheimer no Estado do Paraná em 2016
Autores: DAYANNA HARTMANN CAMBRUZZI MENDES; Emerson Carraro; Fábio Bordignon Lahud; Juliana Sartori Bonini. Instituição:
Instituto Federal do Paraná -IFPR e Universidade do Centro Oeste do Paraná -Unicentro
Palavras-chave: Demência; Doença de Alzheimer; Brasil; Prevalência
Introdução: No Brasil observa-se um aumento significativo da população idosa devido a transformação na demografia
decorrente do desenvolvimento do país. Estima-se que em 2040, quase um quarto do total de habitantes do país serão
idosos. Análogo à transição demográfica, ocorrem alterações no perfil de saúde da população com o predomínio das doenças
crônicas e suas complicações, que implicam em uma maior utilização dos serviços de saúde. A prevalência da Doença de
Alzheimer (DA) aumenta com a idade, duplicando a cada cinco anos após os 60 anos e o Brasil possui um número crescente
de casos de demência. No entanto, os dados epidemiológicos são escassos e os estudos sobre prevalência da DA no estado
do Paraná praticamente inexistentes. Objetivo: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa
cujo objetivo é estimar a prevalência da Doença de Alzheimer a partir da prescrição de anticolinesterásicos em usuários do
SUS no Paraná em 2016. Métodos: foram estudados os pacientes diagnosticados com DA, usuários do SUS, com idade maior
ou igual a 60 anos, que receberam medicamento para essa patologia através do Departamento de assistência farmacêutica
do Paraná em 2016. Os dados dos pacientes e medicamentos foram coletados do Sistema Informatizado de Gerenciamento e
Acompanhamento dos Medicamentos Excepcionais (SISMEDEX). Resultado: A amostra foi composta por 8995 pacientes com
DA, com média de idade de 79,89 ± 8,1. O sexo feminino representou 63,4% (n=5709) e o masculino 36,6% (n= 3286) da população
estudada. A prevalência geral de Alzheimer entre os idosos foi de 0,79%. Em mulheres a taxa de prevalência foi de 1,03% e
0,52% entre os homens. Em relação aos CIDs encontrados na amostra, 62% dos diagnósticos continham o CID 30.0 Doença
de Alzheimer de início precoce, 33% o CID 30.1, Doença de Alzheimer de início tardio e somente 5% o CID 30.8 outras formas
de doença de Alzheimer. Conclusão: Com o envelhecimento da população aumenta o número de casos de DA no Paraná. A
amostra revelou que, nem todos os doentes com DA, usuários do SUS utilizam anticolinesterásicos, pois a taxa de prevalência
está 9 vezes menor que a média da taxa nacional. Sugerindo que a DA no Paraná ainda está subdiagnosticada na maioria dos
municípios.
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