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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Prognóstico de Pacientes por Trauma em Uti: Contribuição para a Prática Clínica do
                 Enfermeiro

                 Autores: MATHEUS DA CUNHA PARIS; Thais Aidar de Freitas Mathias; Maicon Henrique Lentsck. Instituição: Universidade Estadual do
                 Centro Oeste - UNICENTRO
                 Palavras-chave: UTI; Trauma; Índices Prognósticos
                 Introdução: Entre as ferramentas utilizadas para monitorar o atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), destacam-
                 se os índices prognósticos, de gravidade, que podem ser utilizados para definir prioridades na assistência, além de avaliar
                 a eficácia do tratamento. Objetivo: Identificar os índices de gravidade e de disfunção orgânica em pacientes internados por
                 trauma em UTI. Método: Estudo transversal, descritivo, delimitado a uma UTI geral do interior do Paraná entre 2013 e 2017. O
                 critério de inclusão foi ser vítima de trauma e os de exclusão foram: intoxicação exógena, queimaduras e ser menor de 18 anos.
                 A coleta dos dados foi por análise em prontuários. Os índices prognósticos selecionados foram o APACHE II, SOFA, SAPS II e
                 LODS e foram analisados segundo tipo de alta: óbito ou alta da UTI e idade do paciente. O cálculo dos índices prognósticos foi
                 feito pelo sistema online da Société Française d’Anesthésie et Réanimation (SFAR), e a análise estatística realizada com os testes
                 de comparação de médias teste t e ANOVA. Resultado: A pontuação média dos pacientes traumatizados que evoluíram a óbito
                 foi de 17,9 (±7,74) para o APACHE II e 41,9 (±15,81) para o SAPS II. Já os índices de disfunção orgânica foram de 5,7 (±3,04) para o
                 SOFA e 6,7 (±3,68) para o LODS 6,7. Essas médias foram estatisticamente diferentes (p<0,001), sendo sempre mais elevadas para
                 pacientes que morreram. Tanto o APACHE II (14,92±7,31) quanto o SAPS II (36,71±15,63) apresentaram médias mais elevadas para
                 pacientes com 60 anos e mais de idade, o que determinou, para esses índices, a diferença significativa entre as faixas etárias
                 (p=0,002 e p<0,001, respectivamente), indicando prognóstico de óbito maior para os pacientes mais velhos. Conclusão: Os
                 resultados sugerem que os índices de gravidade predizem a mortalidade em internações por trauma em UTI, com valores mais
                 elevados para a faixa etária mais velha. A utilização desses índices como rotina de avaliação do paciente traumatizado internado
                 em UTI torna-se importante para o cuidado dispensado pelo enfermeiro e por todos os membros da equipe de saúde para
                 definir prioridades na assistência e avaliar sua qualidade.



                 Projeto Consulta Puerperal de Enfermagem Promovendo o Aleitamento Materno


                 Autores: MARCIANA RODRIGUES CAVALCANTE PANASSOL; Suellen Vienscoski Skupien; Thaís Kruger; Ana Paula Xavier Ravelli;
                 Laryssa De Col Dalazoana Bayer. Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa

                 Palavras-chave: Aleitamento Materno; Enfermagem; Educação em Saúde
                 Introdução: O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção de saúde das
                 crianças em todo o mundo. A prática do aleitamento materno está relacionada a fatores de ordem física, psicológica e social,
                 sendo  reconhecida  a  influência  dos  profissionais  de  saúde  envolvidos  neste  processo.  O  enfermeiro  é  o  profissional  que
                 deve ser capaz de identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o diagnóstico e o tratamento
                 adequados. Ao perceber deficiências neste campo de atuação, foi criado o projeto Consulta Puerperal de Enfermagem, da
                 Universidade  Estadual  de  Ponta  Grossa,  o  qual  objetiva  realizar  educação  em  saúde  com  mulheres  no  período  pós-parto
                 mediato, abordando temas como aleitamento materno e cuidados com o recém-nascido. Objetivo: Analisar os problemas
                 mamários  associados  a  amamentação  que  acometem  as  puérperas  participantes  do  projeto  Consulta  Puerperal  de
                 Enfermagem. Método: Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Realizado em uma maternidade escola
                 de baixo risco na região dos Campos Gerais, Paraná. Participaram do estudo 124 puérperas, que estavam no segundo dia
                 do pós-parto, no puerpério mediato. A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro à dezembro do ano de 2015, por
                 meio de aplicação de questionário estruturado, contendo perfil sócio-demográfico e econômico; antecedentes ginecológicos
                 e obstétricos e fatores associados ao ciclo gravídico puerperal atual. O estudo foi aprovado sob parecer nº 1.055.927/2015 do
                 Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Resultado: Das participantes 52,50% das puérperas
                 eram multigestas, 87,09% realizaram aleitamento materno na gestação anterior, 72,58% não haviam realizado o preparado das
                 mamas para amamentação, 68,54% amamentaram por um período menor que seis meses na gestação anterior e 51,61% relatam
                 que o profissional enfermeiro as orientou durante o pré-natal quanto ao aleitamento materno. Ao exame físico das mamas e os
                 agravos encontrados, 4,83% tinham ingurgitamento, 11,29% presença de inflamação e 26% fissura na mama direita. Na mama
                 esquerda, 5,64% tinham ingurgitamento, 96,7% presença de inflamação e 22,58% fissura. Conclusão: Faz-se necessário orientar,
                 intervir, promover e estimular o aleitamento materno por meio da educação em saúde, pois o aconselhamento profissional vem
                 para reforçar a autoestima e confiança da mulher na capacidade de amamentar.



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