Page 330 - ANAIS_4º Congresso
P. 330
EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Prognóstico de Pacientes por Trauma em Uti: Contribuição para a Prática Clínica do
Enfermeiro
Autores: MATHEUS DA CUNHA PARIS; Thais Aidar de Freitas Mathias; Maicon Henrique Lentsck. Instituição: Universidade Estadual do
Centro Oeste - UNICENTRO
Palavras-chave: UTI; Trauma; Índices Prognósticos
Introdução: Entre as ferramentas utilizadas para monitorar o atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), destacam-
se os índices prognósticos, de gravidade, que podem ser utilizados para definir prioridades na assistência, além de avaliar
a eficácia do tratamento. Objetivo: Identificar os índices de gravidade e de disfunção orgânica em pacientes internados por
trauma em UTI. Método: Estudo transversal, descritivo, delimitado a uma UTI geral do interior do Paraná entre 2013 e 2017. O
critério de inclusão foi ser vítima de trauma e os de exclusão foram: intoxicação exógena, queimaduras e ser menor de 18 anos.
A coleta dos dados foi por análise em prontuários. Os índices prognósticos selecionados foram o APACHE II, SOFA, SAPS II e
LODS e foram analisados segundo tipo de alta: óbito ou alta da UTI e idade do paciente. O cálculo dos índices prognósticos foi
feito pelo sistema online da Société Française d’Anesthésie et Réanimation (SFAR), e a análise estatística realizada com os testes
de comparação de médias teste t e ANOVA. Resultado: A pontuação média dos pacientes traumatizados que evoluíram a óbito
foi de 17,9 (±7,74) para o APACHE II e 41,9 (±15,81) para o SAPS II. Já os índices de disfunção orgânica foram de 5,7 (±3,04) para o
SOFA e 6,7 (±3,68) para o LODS 6,7. Essas médias foram estatisticamente diferentes (p<0,001), sendo sempre mais elevadas para
pacientes que morreram. Tanto o APACHE II (14,92±7,31) quanto o SAPS II (36,71±15,63) apresentaram médias mais elevadas para
pacientes com 60 anos e mais de idade, o que determinou, para esses índices, a diferença significativa entre as faixas etárias
(p=0,002 e p<0,001, respectivamente), indicando prognóstico de óbito maior para os pacientes mais velhos. Conclusão: Os
resultados sugerem que os índices de gravidade predizem a mortalidade em internações por trauma em UTI, com valores mais
elevados para a faixa etária mais velha. A utilização desses índices como rotina de avaliação do paciente traumatizado internado
em UTI torna-se importante para o cuidado dispensado pelo enfermeiro e por todos os membros da equipe de saúde para
definir prioridades na assistência e avaliar sua qualidade.
Projeto Consulta Puerperal de Enfermagem Promovendo o Aleitamento Materno
Autores: MARCIANA RODRIGUES CAVALCANTE PANASSOL; Suellen Vienscoski Skupien; Thaís Kruger; Ana Paula Xavier Ravelli;
Laryssa De Col Dalazoana Bayer. Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Aleitamento Materno; Enfermagem; Educação em Saúde
Introdução: O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção de saúde das
crianças em todo o mundo. A prática do aleitamento materno está relacionada a fatores de ordem física, psicológica e social,
sendo reconhecida a influência dos profissionais de saúde envolvidos neste processo. O enfermeiro é o profissional que
deve ser capaz de identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o diagnóstico e o tratamento
adequados. Ao perceber deficiências neste campo de atuação, foi criado o projeto Consulta Puerperal de Enfermagem, da
Universidade Estadual de Ponta Grossa, o qual objetiva realizar educação em saúde com mulheres no período pós-parto
mediato, abordando temas como aleitamento materno e cuidados com o recém-nascido. Objetivo: Analisar os problemas
mamários associados a amamentação que acometem as puérperas participantes do projeto Consulta Puerperal de
Enfermagem. Método: Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Realizado em uma maternidade escola
de baixo risco na região dos Campos Gerais, Paraná. Participaram do estudo 124 puérperas, que estavam no segundo dia
do pós-parto, no puerpério mediato. A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro à dezembro do ano de 2015, por
meio de aplicação de questionário estruturado, contendo perfil sócio-demográfico e econômico; antecedentes ginecológicos
e obstétricos e fatores associados ao ciclo gravídico puerperal atual. O estudo foi aprovado sob parecer nº 1.055.927/2015 do
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Resultado: Das participantes 52,50% das puérperas
eram multigestas, 87,09% realizaram aleitamento materno na gestação anterior, 72,58% não haviam realizado o preparado das
mamas para amamentação, 68,54% amamentaram por um período menor que seis meses na gestação anterior e 51,61% relatam
que o profissional enfermeiro as orientou durante o pré-natal quanto ao aleitamento materno. Ao exame físico das mamas e os
agravos encontrados, 4,83% tinham ingurgitamento, 11,29% presença de inflamação e 26% fissura na mama direita. Na mama
esquerda, 5,64% tinham ingurgitamento, 96,7% presença de inflamação e 22,58% fissura. Conclusão: Faz-se necessário orientar,
intervir, promover e estimular o aleitamento materno por meio da educação em saúde, pois o aconselhamento profissional vem
para reforçar a autoestima e confiança da mulher na capacidade de amamentar.
330