Page 332 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Qualidade de Vida no Trabalho do Docente de Instituição Pública de Ensino Superior
do Paraná
Autores: DENISE MARIA VAZ ROMANO FRANÇA; Adriana Bender Moreira de Lacerda; Claudia Giglio de Oliveira Gonçalves; Pierangela
Nota Simões. Instituição: Universidade Estadual do Paraná e Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho; Trabalho docente; Ambiente de Trabalho; Doença Profissional
Introdução: As condições de trabalho de docentes em Instituições de Nível Superior têm sido reconhecidas como fatores de
estresse, o que pode determinar consequências negativas nos aspectos sociais, psicológicos e de saúde geral do professor.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida no trabalho dos docentes de Instituições de Ensino Público Superior no Paraná. Metodologia:
Foram avaliados 20 professores de uma Universidade Pública do Estado do Paraná com idades variando entre 30 e 62 anos, entre
2016 e 2018. Foi utilizado questionário TQWL-42. Resultado: A auto-avaliação mostrou que 65% dos entrevistados consideram
a sua qualidade de vida no trabalho satisfatória e muito satisfatória. Quanto à satisfação na dimensão biológica e fisiológica
50% apresentaram-se satisfeitos e 18% muito satisfeitos. Quanto aos aspectos psicológicos e comportamentais, um nível de
satisfação e muita satisfação foi descrito por 52,5% dos entrevistados. Com relação aos aspectos sociológicos e relacionais
51,2% mostraram-se satisfeitos e 7,5% muito satisfeitos. Nos aspectos econômico e político, 50% dos entrevistados apresentam-
se satisfeitos com seu salário, 45% satisfeitos com a sua jornada de trabalho e 30% e 35% respectivamente apresentaram-se
satisfeitos e muito satisfeitos com a segurança no emprego. Nas questões ambientais e organizacionais 40% disseram que as
condições de trabalho são muito pouco adequadas, 35% disseram estar insatisfeitos com as condições de trabalho e 15% muito
insatisfeitos. A dimensão ambiental, que diz respeito à temperatura, luminosidade, nível de ruído, foi a relatada como de maior
insatisfação no trabalho docente. Conclusão: Medidas podem ser adotadas para favorecer e incrementar o nível de satisfação
dos docentes em relação ao ambiente de trabalho. .
Raiva em Quirópteros no Município de Ponta Grossa
Autores: VILMARA APARECIDA SASSI; Karla Lizandra Chaló dos Santos; Leandro Monteiro Inglês; Carlos Eduardo Coradassi.
Instituição: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa
Palavras-chave: Morcegos; Diagnóstico; Educação em Saúde.
A Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) do município, dentre as ações trabalhadas, realiza a vigilância passiva da
raiva em morcegos, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (2012). Foi por intermédio dessa vigilância passiva que até
março de 2018, a CCZ realizou coletas de dezesseis quirópteros não hematófagos, nos bairros e região central do município.
Os morcegos foram encontrados por moradores e comerciantes em diferentes locais da cidade, em horários diurnos, alguns
animais foram encontrados mortos outros vivos, porém prostrados. As amostras foram encaminhadas para realização de
exames laboratoriais ao Laboratório Central do Paraná (LACEN/PR) que é referência. O diagnóstico foi realizado através da
Imunofluorescência Direta (IFD) e a confirmação do resultado foi através de Teste Inoculação em Camundongo. Das dezesseis
amostras encaminhadas, três foram positivas para raiva. Tais amostras foram coletadas na região central. Conforme o que
preconiza o Guia de Vigilância em Saúde (2017), foram realizadas orientações e entregues folders explicativos aos munícipes,
que residiam ou trabalhavam próximo aos locais onde foram encontrados os quirópteros positivos para raiva. Nenhuma ação
foi adotada para o controle dos quirópteros devido à inexistência de metodologia, pois no Brasil há legislação que assegura a
proteção aos morcegos, através da Lei de Proteção à Fauna e Lei de Crimes Ambientais Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
É evidente que está ocorrendo circulação do vírus da raiva em colônias de quirópteros na área urbana no município de Ponta
Grossa. O ocorrido reforça a necessidade de manutenção da vigilância passiva, a intensificação do monitoramento da circulação
viral da raiva em morcegos e o desenvolvimento de ações educativas junto à população, a fim de divulgar o conhecimento
sobre a doença. Todas as medidas citadas são importantes, pois visam o controle desta grave zoonose e se aplicadas de forma
adequada, principalmente, a manutenção do status de zona livre de raiva urbana e sem a ocorrência da doença em humanos.
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